Para o recandidato à liderança
social-democrata, que falava em Bragança num encontro com militantes, o atual
Governo "não está a fazer aquilo que é preciso e que é devido",
observando que "em Portugal não vale a pena fazer" aquilo a que
chamou "a política da fanfarrice".
"Sai-nos muito cara a política a
política da fanfarrice (...) na educação sempre que se quis um sistema mais
facilitista e menos exigente, de andar a gastar dinheiro em coisas que não
ajudam ao crescimento do país, a ideia de que o que temos é de agradar e
distribuir dinheiro quando muitas vezes ficamos muitos anos a pagar esse
dinheiro sem que ele possa gerar um emprego sustentável e riqueza",
declarou num discurso dirigido à plateia.
Para Passos Coelho, "tudo o que pareça
indicar um regresso a esse modelo é andar para trás", ressalvando que
"não quer dizer que seja andar outra vez com um resgate, mas é andar para
trás, não é andar na direção certa".
O líder do PSD defendeu que Portugal
precisa crescer nos próximos anos e, se não há dinheiro, "não vale a pena
andar com uma candeia à procura de uma solução mágica".
A solução que defende é "atrair
investimento estrangeiro para Portugal", sublinhando que "devia haver
um consenso transversal a todos os partidos para poder desenvolver uma
estratégia nacional de captação de investimento externo".
Ainda assim, Passos Coelho não acredita que
esta estratégia seja possível no atual cenário político.
"Acham que há algum investimento
externo com dimensão que possa vir para um país cujo Governo depende de uma
visão comunista ou leninista ou trotskista ou outro 'ista' qualquer que esteja
instalada a governar?", questionou.
Passos prosseguiu interrogando a plateia
sobre se alguém sentiria confiança para dizer aos investidores externos:
"venham cá investir, não receiam nos próximos cinco, dez, 15 anos, ninguém
lhes vai nacionalizar as suas poupanças, ninguém vai nacionalizar os vossos investimentos,
ninguém vai sobrecarregar cada vez com mais impostos aquilo que trouxerem para
cá?"
"Acreditam que é possível convencer
alguém lá fora a vir investir num país que cada vez mais depende daquilo que
decide a CGTP ou o Comité Central do Partido Comunista ou o Bloco de Esquerda?
Eu não acredito e creio que a maior parte das pessoas também não",
concluiu.
Passos Coelho afirmou que "só há um
partido que tem uma vocação especial para garantir essas reformas e esse
partido é o PSD e é, por isso, que se recandidata a presidente do partido,
propondo-se concluir "aquilo que deixou a meio".
Fontes: Lusa/ Noticias ao minuto
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