Ontem o editorial do jornal Público prenda-nos com uma pérola. Com o titulo “O momento Trump de
Passos Coelho”, inicia assim: “O líder do PSD só pensa na reeleição. E mostra
que não tenciona dar o mínimo de espaço ao Governo”.
E vai por aí adiante, procurando ferir o carácter
do ex primeiro-ministro. Do PSD e dos sociais-democratas estende-se ao comprido
com baboseiras. Desconhecer o passado histórico recente tem desculpa, mas
desconhecer o recentíssimo é ignorância pura ou fanatismo ideológico.
Porque razão o líder do PSD não procuraria ser
reeleito se ganhou eleições, sendo arredado do poder com a farsa a que todos
assistimos? Porque razão o líder do PSD não procuraria ser reeleito se depois
de governar o país de forma tão austera, ganhou as eleições a quatro de
Outubro? Porque razão o líder do PSD
não procuraria ser reeleito, ganhando eleições, depois de livrar o país de uma
bancarrota a escasso mês? E porque razão o não faria se, num mês já deu a mão a este "governo" por três vezes? Da última vez teria dado origem à sua queda!
Uma coisa, em democracia, é ter-se opinião, outra
coisa é, a partir de um meio com audiência, manipular os mais fracos!
No editorial do Público, depois de quatro de
Outubro, não vimos nada escrito sobre a farsa de Costa e dos seus sócios. Não
vimos nada escrito sobre o funcionamento de uma democracia fundamentada em
princípios básicos eleitorais. Não vimos nenhuma explicação sobre as funções de
um parlamento. Não vimos nenhum esclarecimento (se é que existe) sobre o
comportamento ético - politico de Costa e dos seus sócios. Não vimos nenhuma
referência aos pensadores fundamentais da origem da democracia, ou aos seus
sucessores da época moderna. Mas vimos hoje este disparate sobre Passos Coelho. Armando Palavras
Actualizado a 4 de Fevereiro
Actualizado a 4 de Fevereiro
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