Há quatro anos, em 2012, a propósito deste
saudoso e ilustre amigo, escrevi: "Faz um ano, no dia 08 de Fevereiro, que
faleceu em Lisboa, onde residia, o Dr. Primo Casal Pelayo, que foi professor,
director e proprietário do Externato Latino Coelho, na freguesia de Santa Maria
de Belém. Natural de Fajozes, Vila do Conde, foi no colégio de São José, da
família Pelayo, que iniciou a sua notável carreira de formador e educador de
várias gerações que ainda hoje recordam com saudade o Colégio dos Pelayos, da
rainha do Ave. Em Lisboa muitos foram, e são, também, os que ficaram gratos ao
Dr. Primo Pelayo e ao colégio de que foi dono, gestor e professor exímio, na
Rua da Junqueira.
Sempre que posso costumo visitar a campa
onde, no Cemitério de Benfica, repousam os seus restos mortais; mormente na
data do falecimento. Este ano faz cinco anos que deixou o mundo dos vivos, as
autarquias que até com os mortos fazem
dinheiro, não sei o que a de Lisboa vai fazer da sua ossada. Que ao
menos avise os familiares ou a Junta de Freguesia de Fajozes, antes de atirar
com ela para a vala comum. São ossos de um insigne vila-condense, e autor da
Ermida do Monte Farinha, a quem também muito deve Mondim de Basto.
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