É claro que quando dizemos que António
Costa insiste num “golpe de Estado”, o dizemos no sentido figurado. Sabemos
muito bem o que diz a Constituição sobre a formação dos governos, mas também sabemos
que apesar das suas revisões anteriores, continua imperfeita. Assim não fosse e
no seu preâmbulo há muito que o “caminho do socialismo” que impõe a todos os
cidadãos, seria ideia do passado.
Por ser imperfeita é que os governos
eleitos ao longo de 40 anos, juntamente com a oposição, foram adaptando essas
imperfeições através da prática. E o que sempre aconteceu (digam o que
disserem, porque os factos é que contam), governou sempre o partido que saiu
vencedor das eleições. Fosse com maioria, fosse com minoria.
Ora quem ganhou as eleições de quatro de
Outubro foi a Coligação de “direita” liderada por Pedro Passos Coelho. E é
nesse sentido que afirmamos que Costa insiste num “golpe de Estado”. Aliás, à
semelhança do que Franco (com as devidas distâncias que são muitas) fez com a
esquerda espanhola quando esta havia vencido as eleições.
Quanto ao momento histórico de a esquerda
portuguesa estar em maioria no Parlamento, não passa de uma falácia. Primeiro
porque são várias esquerdas, segundo porque sempre que o partido socialista
venceu eleições, as esquerdas estiveram sempre em maioria no parlamento. Porque
razão nessas alturas o PS precisou dos partidos que hoje compõem a Coligação
para lhe sustentarem o governo, e nunca se aliou às outras esquerdas?
Já em relação ao facto de em vários países europeus se fazerem coligações onde quem governa não é necessariamente o partido que governa, como no caso da Dinamarca, a coisa não é como esses cavalheiros argumentam, porque apenas tocam naquilo que lhes interessa. A Dinamarca, a Suécia ou a Noruega são países ricos. Não se pode, de um momento para o outro, aplicar a solução de um país rico a um país pobre. No nosso caso, paupérrimo!
Existem questões demais sobre o momento político actual que não vamos neste escrito aprofundar. Ficarão para mais tarde, quando a poeira pousar. Por um lado, seria bom que o país tivesse a experiência da governação das esquerdas. Para se provar que os seus princípios programáticos estão desajustados à realidade actual. Por outro, conforme está montada a politica europeia (não quer dizer que concordemos com ela) actual, o país levaria uma machadada da qual se não endireitava [ note-se o que aconteceu ontem com os mercados, pelo simples facto de ter acontecido uma reunião com Costa e Catarina].
Já em relação ao facto de em vários países europeus se fazerem coligações onde quem governa não é necessariamente o partido que governa, como no caso da Dinamarca, a coisa não é como esses cavalheiros argumentam, porque apenas tocam naquilo que lhes interessa. A Dinamarca, a Suécia ou a Noruega são países ricos. Não se pode, de um momento para o outro, aplicar a solução de um país rico a um país pobre. No nosso caso, paupérrimo!
Existem questões demais sobre o momento político actual que não vamos neste escrito aprofundar. Ficarão para mais tarde, quando a poeira pousar. Por um lado, seria bom que o país tivesse a experiência da governação das esquerdas. Para se provar que os seus princípios programáticos estão desajustados à realidade actual. Por outro, conforme está montada a politica europeia (não quer dizer que concordemos com ela) actual, o país levaria uma machadada da qual se não endireitava [ note-se o que aconteceu ontem com os mercados, pelo simples facto de ter acontecido uma reunião com Costa e Catarina].
Uma
coisa é certa, a Coligação, nesta questão, actuou bem. E que assim continue.
Sem abrir o bico deixando a Catarina e o Costa esbracejar.
É
que Portugal não é apenas Lisboa, onde uma casta burguesa vive fabricando estratégias e tácticas, fundamentadas na invidia e no prejuízo dos seus concidadãos. A maioria dos portugueses não vai
entender o “golpe de Estado”. Porque é constituída por uma casta popular que às tácticas e estratégias prefere o pão na mesa e uma vida decente para os seus.
O Norte não vai ficar quieto.
Armando
Palavras
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