sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Angola e seus zeladores

 Angola e seus zeladores
Por: Costa Pereira
1
Amanhã há que levantar cedo pois o adeus aos encantos angolanos acaba. Depois em Angola o dia faz-se cedo, mas também a tarde anoitece mais depressa. Além disso de noite todos os gatos são pardos, e não só mas também porque sabendo que uma avaria na estrada e em locais isolados e sem oficinas, nem comunicações não é caso para estar muito à vontade.
2
Dai que consumido o farnel e tomada uma "banhoca" há que deixar Cabo Ledo e por esta picada subir a barreira, até ao morro, de volta à estrada de Luanda a Lobito e Benguela.
3
No sentido inverso deste táxi "candongueiro" que vai para Sul em direcção a Benguela, vamos nós retomar de novo o troço de 120km já nosso conhecido, mas agora sem fotografar a paisagem para com atenção ver se enxergo algum exemplar dos muitos que habitam no Parque de Kissama. Se me viram a mim, devo dizer que não vi nenhum desses animais selvagens... Em compensação, no percurso, se não visitei, vi uma placa a indicar para o famosa igreja de NªSª da Muxima. Valeu a pena, o silêncio!
4
Nem ao menos ao deixei a Província do Bengo para, atravessando a ponte da portagem, entrar na de Luanda, um dos muitos jacarés que dizem haver na Foz do Kwanza se dignou mostrar-se-me. Foi para me não assustarem.
5
Mas se não observei fauna selvagem, pude, depois de passar pela zona do Miradouro da Lua, do Mussulo, do Morro dos Veados e do Museu da Escravatura, ver perto e à volta de Benfica espetáculos como este, a envergonharem a lha do Mussulo que lá ao longe com a sua língua de areia com cerca de 40km de comprimento vem a terra firme "tocar" a costa.
6
Entretanto faz-se noite e com esta o fim de uma jornada inesquecível que em Sexta-feira Santa de 2009 tive a felicidade viver em terras africanas de Angola. Luanda dista ainda uns 15 ou 20km, mas devido ao infernal transito da cidade e bairros periféricos o bastante para demorar 2 ou mais horas a chegar à baixa.
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Com cerca de 260km percorridos (ida e volta) por terras a sul de Luanda, regressamos cerca das 19h00 aos aposentos que nesta passagem pela capital de Angola de volta a Portugal generosamente nos acolheu. Agora que a viagem foi direta, os cerca de120km que separam Cabo Ledo de Luanda até nem demoram muito a fazer apenas umas de 2h30. Nada mau. E pronto! Há que descansar pois amanhã é outro dia, e para a frente é que é Lisboa.
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 O adeus a Luanda, algures na antiga Av. Guilhermino Capelo.
Sábado de Pascoa, dia 11, manhã cedo foi levantar e partir para o Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, para depois de satisfeitas as demoradas formalidades de embarque apanhar o avião da TAP que por cima do Golfo da Guine e do deserto marroquino, atravessando o mar mediterrânico entrou em Portugal para na Portela aterrar por volta das 15h00. Foi o regresso, com saudades de uma maravilhosa Angola e seus zeladores.
Fim
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 Pequeninos, mas foram vários os comentários, a este post:
Olá! Guardou as melhores fotos para o fim. Pensei que já tinham acabado as reportagens de Angola , no post anterior. Belos panoramas: tanto o mar e as praias, como o céu e os crepúsculos.
Parabéns!”.
   Um outro :  “É como nas Bodas de Canaã , o melhor vinho ficou para o fim. Gostou? Ainda bem. Obrigado pelo comentário”.- E outro: “Que lindas fotos, interessante Blogue Gostei mesmo!”. – E ainda um : “Viva a terra
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Para os leitores de Tempo Caminhado, que numa série de posts publicada, graças à amizade do Prof. Doutor Armando Palavras, deixei em síntese, fica o fruto das impressões que recolhi à volta de um passeio que dei por terras de Angola, e do que pude observar durante cerca de um mês em contacto com pessoas e tradições que me eram alheias e enriqueceram a minha leve e modesta bagagem cultural. Que tenham apreciado.
Costa Pereira





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