sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O Caso que envolve o Primeiro-ministro e a Tecnoforma




Quando Péricles tomou conta do Governo da Atenas no século V a.C., a Grécia vivia acossada pela Pérsia, a maior potência militar à época. Eleito para o cargo de estratego-autokrator (chefe dos dez estrategos da Constituição de Atenas), rodeou-se dos melhores, em todas as actividades humanas, transformando e marcando de tal modo a vida do seu tempo que o século em que viveu ficou conhecido como o século de Péricles. E de tal modo foi a sua influência que é, sobretudo, nesse século, que nasce a Europa cultural e politica tal como hoje a conhecemos.
Não deixou, contudo,  de ser sucessivamente caluniado pelos seus detractores. Chegou a ser suspeito (pelos seus detractores) de ter roubado o tesouro de Atenas que era guardado na Acrópole. Mesmo sob calúnia, o Povo deu-lhe sempre a sua confiança e Péricles governou Atenas durante 30 anos, tendo falecido vitima de uma epidemia de peste.
Fomos buscar Péricles a propósito do caso que tem envolvido o Primeiro-ministro, Dr. Pedro Passos Coelho.
O caso exigia prudência, mas em Portugal prefere-se a calúnia aos factos e assim sendo, a alcateia de comentadores tratou de se atirar enraivecida à “presa”. Nós, preferimos esperar pelo esclarecimento da “vitima”.
Quem hoje ouviu o debate na Assembleia, só não ficou esclarecido porque não quis. O que o Primeiro-ministro disse, chega e sobeja para perceber que se trata de uma tentativa de “assassinato político”.
Ao que parece, o Primeiro-ministro havia recebido (há dezoito anos!) uns dinheiros por serviços prestados. O caso foi denunciado por um anónimo. A Procuradoria arquivou o caso por se tratar de acontecimento de há 18 anos. Os “investigadores” de jornal em vez de clareza trouxeram confusão para os trabalhos que publicaram. Perante isto, o Primeiro-ministro apanhado de surpresa, e no meio de uma comunicação imperceptível, foi prudente, e no espaço de uma semana (período bastante razoável) esclareceu o caso.
Percebe agora o cidadão comum porque razão alguém dizia  acerca de um mês que se “esperasse por Setembro” e porque razão a actual direcção do Partido Socialista foi sujeita a golpe palaciano.
Para quem fez a antiga  4ª classe ficou esclarecido com as informações dadas pelo Primeiro-ministro, e faz ele muito bem não permitir o levantamento do sigilo bancário. É uma regra elementar, diremos mesmo, básica.
Imagine-se que o cidadão Pedro Passos Coelho tem, na sua conta bancária, dinheiros de herança. Alguém tem o direito de saber qual o tipo de herança!
Quanto ao falado inquérito parlamentar apenas demonstra que em Portugal há um certo tipo de gente (a quem Clara Ferreira Alves em artigo no Expresso designou com o nome de animal simpático) que é promovida sem “provas de mérito”. E no Parlamento há lá alguma.
Onde estão os inquéritos parlamentares de políticos que puseram em causa o Estado de Direito? Onde estão os  inquéritos parlamentares de ex-ministros condenados pela Justiça? Onde estão os  inquéritos parlamentares de ex Secretários de Estado condenados pela Justiça? Onde estão os  inquéritos parlamentares de Ex políticos (e magistrados) que “fugiram ao fisco” há 10, 15 ou 20 anos (relatados na imprensa)?
Pelo esclarecimento de hoje na Assembleia, o cidadão Pedro Passos Coelho, à época Deputado da Nação, cumpriu com os requisitos da Lei que vigorava. Essa é que é a questão.
Querer saber quanto recebeu, é o mesmo que perguntar a certos inquisidores quanto gastaram (nas suas funções de representantes do povo). Aos de hoje e aos de ontem.
Armando Palavras

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