Mais uma vez os
portugueses foram chamados a “escolher” os seus representantes para o
Parlamento Europeu. E como também ultimamente tem vindo a suceder mostraram uma
vez mais o seu desinteresse no ir votar. Sinal que os partidos estão a perder a
capacidade de mobilizar os simpatizantes e a corrupção a desacreditar a
confiança nos políticos. O tempo em que se dizia que “
o segredo de um bom
politico é prometer o que vai dar amanhã, e depois ao outro dia saber explicar
o motivo porque não deu” é chão que já deu uvas. Hoje as pessoas já não
vão em promessas que não sejam as de cariz religioso, e a prova disto tudo está
no que aconteceu no passado dia 25, em que apenas 34% do eleitorado português
votou, e mesmo esse com 4,41% em branco e nulos 3,06%. Não pode por isso
nenhuma força partidária ter o descaramento de cantar vitória, pode sim é pedir
desculpa aos 66, 1% que ficaram em casa por não acreditarem em quaisquer dessas
forças. Por isso devem todos baixar a bolinha e reflectir no que aconteceu, e
pode continuar acontecer e mesmo aumentar. O que é muito grave em democracia.
Dos tais….34%, ficou o PS, com 31,45%; a coligação PSD-CDS, com 27, 71%;
PCP-PEV, com 12,68%; o MPT, com 7,15% e o B.E., com 4,56%. As restantes forças
concorrentes não elegeram nenhum elemento, mas deixaram a sua mensagem que
certamente também foi mal transmitida. O partido do Governo, não foi muito
penalizado, como supunha, o que demonstra haver na maioria do eleitorado o
certo sentido de responsabilidade que nestes actos deve existir. As medidas de
austeridade com que todos temos sido afectados foram desculpadas pois não são
por certo fruto de um masoquismo governamental, mas o resultado do que foi até
não há muito uma politica de facilitismo a incitar o consumismo desregrado e
que agora ao chegar a hora da verdade, de pagar as favas, todos se queixam,
pois ninguém escapa. Mas como sempre, o mexilhão é quem mais sente. Vamos
esperar para ver, mas ninguém se admire se em 2015 o povo voltar a votar Passos
Coelho. Não é por mero acaso que António Costa, já pensa deixar Lisboa sem
presidente de Câmara, para substituir Seguro no PS. É que aqui ao lado, os
espanhóis, que estão na mesma situação que nós, os portugueses, não foram em
cantigas da esquerda ou direita e nas eleições de domingo votaram em quem está.
Este o receio de quem está espera de fazer ninho em São Bento
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