26
de Julho – Dia Mundial dos Avós.
Idosos
são o grupo etário mais afetado pela catarata
Cirurgia
da catarata é a operação que mais satisfaz os doentes
Anualmente
realizam-se cerca de 90 mil cirurgias para tratar esta patologia em Portugal
Apesar
de nem todos os casos precisarem de tratamento cirúrgico, realizam-se em
Portugal, anualmente, cerca de 90 mil cirurgias para tratamento da catarata,
uma doença que se carateriza pela opacificação do cristalino, a lente natural
do olho, e está relacionada com o seu envelhecimento. Segundo a Sociedade
Portuguesa de Oftalmologia, são as cirurgias no corpo humano que maior
satisfação oferecem aos doentes.
Paulo
Torres, presidente da SPO, explica que a “a principal causa de aparecimento de
catarata é o próprio envelhecimento do cristalino, pelo que não é fácil
preveni-la. No entanto a exposição à radiação ultravioleta solar acelera o seu
aparecimento e por isso recomenda-se vivamente o uso de óculos com proteção
anti-UV, vulgo óculos de sol, principalmente nos indivíduos com exposições
solares prolongadas, quer por motivo profissional, quer por lazer”.
Mas
há mais fatores de risco. “Alguns medicamentos, nomeadamente os
corticosteróides, utilizados no tratamento de doenças inflamatórias oculares e
sistémicas, aceleram o seu aparecimento. Também doentes com alta miopia e
diabetes mellitus podem ter cataratas mais precocemente nas suas vidas”,
assegura o especialista.
O
tratamento da catarata é cirúrgico, como já foi referido. Segundo Paulo Torres,
“é uma cirurgia com resultados excelentes, em que se introduz uma lente
intraocular no lugar do cristalino. Esta lente artificial é feita de um
material inerte para o olho, o que permite que possa ficar durante toda a vida
da pessoa. As lentes intraoculares são escolhidas após exames biométricos e têm
as dioptrias necessárias a cada olho. Ou seja, podemos, em simultâneo, corrigir
erros refrativos pré-existentes como a miopia e a hipermetropia. Hoje dispomos
também de lentes intraoculares tóricas para correção do astigmatismo pré-operatório
e de lentes multifocais. Estas últimas permitem que doentes, previamente
selecionados, possam ter boas acuidades visuais de longe e perto sem o recurso
a óculos.”.
Os
sintomas da catarata passam pela diminuição progressiva da acuidade visual, sensação
de névoa, fotofobia, halos e dificuldade de visão em situações de luminosidade
excessiva ou de muito pouca luz, o que pode originar fadiga ocular na condução
e no trabalho com monitores. O diagnóstico é clínico, efetuado por um médico
oftalmologista em consultas de rotina.
O
presidente da SPO esclarece ainda que “quando o oftalmologista faz o
diagnóstico de catarata, não implica que a pessoa em causa seja, de imediato,
orientada para cirurgia. Como atrás foi mencionado, a catarata é a opacificação
do cristalino e, por conseguinte, pequenas opacificações que não diminuam a
qualidade da visão e nem prejudiquem a realização de tarefas pessoais e ou
profissionais, necessitam apenas de vigilância periódica, a partir do momento
em que o diagnóstico de catarata é efetuado. E, salvo raras exceções, a
cirurgia da catarata não é uma situação urgente”.
28
de Julho - Dia Mundial da Hepatite
Curar
a Hepatite C pouparia ao Estado 60 Milhões
Apenas
30% dos doentes são diagnosticados
No
dia em que se assinala a luta contra as hepatites, os especialistas alertam
para a necessidade de diagnosticar e tratar a hepatite C, uma doença que custa
mais de 70 milhões de euros por ano ao estado português, de acordo com um
estudo apresentado recentemente. Estima-se que existam no nosso país entre 100
a 150 mil portadores da doença, sendo que apenas 30% sabem que estão infectados
e destes, 30% a 40% são tratados.
De
acordo com o mesmo estudo, curar a doença pouparia cerca de 60 milhões de euros
por ano, dado que se evitariam os custos associados às complicações da doença,
nomeadamente cirrose hepática descompensada, cancro do fígado (carcinoma
hepatocelular) e por vezes necessidade de transplante hepático.
Neste
sentido, a Hepatite C é um importante problema de saúde pública: elevada
probabilidade de evolução para a cronicidade e risco de cirrose e cancro do
fígado. É uma doença que evolui quase sempre sem sintomas, o que explica que a
maioria dos casos não esteja diagnosticada.
Segundo
o Prof. Rui Tato Marinho, “há expressa carência de alocação eficiente de
recursos (económicos e humanos) no sentido de melhorar a taxa de diagnóstico e
a gestão eficiente das várias formas da doença incluindo o tratamento adequado,
evitando desta forma a sua evolução para estadios mais avançados e mais
onerosos.
A
hepatite C é passível de cura em cerca de 70% dos casos.
Um
programa nacional de prevenção e diagnóstico na área das doenças hepáticas
incluindo a hepatite C é assim premente, e este problema deve ser reconhecido
nas várias vertentes da sociedade portuguesa: população geral, profissionais de
saúde e decisores políticos”.
A
mesma investigação conclui que do total de mortes por cirrose hepática e
carcinoma hepatocelular em Portugal, 20% e 50%, respetivamente, sejam devidas
ao vírus da Hepatite C (VHC). Paralelamente, estes estadios, cirrose hepática
descompensada, carcinoma hepatocelular e necessidade de transplante hepático,
são os que envolvem maiores custos associados ao consumo de recursos em saúde,
11.000 € e 17.000 €/doente/ano, respetivamente.
No
caso de necessidade de transplante de fígado o custo supera os 100 mil euros
por doente.
Sobre
a Hepatite C:
O
vírus da hepatite C encontra-se na corrente sanguínea e transmite-se
essencialmente através do sangue contaminado e mais raramente por via sexual.
Depois de entrar no organismo humano viaja até ao fígado, local onde
desencadeia um processo inflamatório inicial a que se chama hepatite aguda e,
muito frequentemente, em mais de metade dos casos, esta inflamação perpetua-se evoluindo para a
forma de hepatite crónica.
A
infeção aguda pelo vírus da hepatite C habitualmente não origina sintomas e,
por essa razão, raramente é diagnosticada. A maior parte das pessoas com
infeção crónica não se recorda de nenhum episódio agudo de icterícia ou de
doença hepática. Algumas pessoas desenvolvem sintomas inespecíficos na altura
da infeção mas não os associam à doença hepática. Embora a infeção aguda, que
acontece quando o vírus entra no organismo, não seja, geralmente, acompanhada
de doença clinicamente evidente, existe uma elevada probabilidade de que este
agente permaneça e se replique no fígado conduzindo a uma lesão progressiva
deste órgão que poderá, nalguns casos, levar à cirrose hepática e cancro do
fígado.
Alimentos
podem atenuar os sintomas da psoríase
No
período de Verão, há maior tendência para fazer refeições fora de casa e
alterar a dieta habitual. A alimentação é fundamental para manter uma vida
saudável e nos doentes com psoríase esta regra não é exceção. Não existe uma
dieta específica para a psoríase, mas existem alimentos que podem ajudar a controlar
a inflamação da pele.
“Os
doentes com psoríase devem optar por alimentos como fruta e vegetais, que são
boas fontes de fibra e de minerais, principalmente bróculos, cenoura e papaia.
O pescado é sempre aconselhado, dando preferência aos ricos em ácidos gordos
polinsaturados – ómega 3 -, como cavala, salmão, atum, sardinha ou arenque. Já
as carnes vermelhas e enchidos podem provocar maior irritação da pele, tal como
os alimentos muito condimentados com pimenta ou outras especiarias, por
exemplo. Da dieta devem constar mais alimentos cozidos, em detrimento dos
refugados”, explica Paulo Pereira, médico dermatologista.
Durante
o Verão, época em que se fazem refeições mais leves, pode optar por saladas com
ingredientes frescos, mas devidamente lavados e acondicionados para não perderem
as qualidades naturais.
A
água e os sumos podem ser consumidos sem preocupação, em especial os sumos de
fruta naturais, que permitem reforçar o sistema imunitário, ajudam a combater o
stress oxidativo e previnem a obesidade e os acidentes cardiovasculares.
As
bebidas alcoólicas devem ser evitadas, pois aumentam o prurido e tornam o
organismo mais resistente aos tratamentos devido à interação com os
medicamentos.
A
psoríase tende a ser mais grave e mais resistente aos tratamentos nos doentes
com excesso de peso. O excesso de peso nas zonas das dobras cutâneas, como as
axilas, virilhas e por baixo dos seios, podem aumentar o risco de infeções
fúngicas e bacterianas. Por isso, o exercício físico também é aconselhado.
“É
da máxima importância combater o excesso de peso e a síndrome metabólica, e
além de contribuir para um estilo de vida mais saudável, as atividades físicas
ajudam a reduzir o stress, que muitas vezes desencadeia crises de psoríase”,
alerta.
A
psoríase é uma doença autoimune que se manifesta no nosso maior órgão – a pele,
não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspeto,
extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo
aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afetam sobretudo
os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Em Portugal esta
doença afeta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.
A
PSOPortugal, entidade com oito anos de existência, constituída em 2005, tem
vindo a defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar
e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que
são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase.
De Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"
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