sexta-feira, 5 de julho de 2013

Paulo Portas perde o respeito dos portugueses - Lobo Xavier critica a sua conduta


1 - Diz Paulo Portas que o relacionamento com o Primeiro-ministro teria estado na origem desta demissão. Que era muito centralizador. Como o foram, pelos vistos, os de Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso e Santana Lopes!
Que se deixe de tretas. Portas perdeu o respeito de todos. Os interesses do País estão acima das questões pessoais. Portas continua a fazer politiquice. Não é homem para a grande politica, ao contrário de Pedro Passos Coelho que tem demonstrado estar preparado para o cargo.
Mas esta questão com o CDS (ou seja, com os seus “lideres”) é antiga. Com Francisco Sá Carneiro, foi o que foi, e com Pinto Balsemão também. Com Freitas do Amaral a não concordar com o líder proposto pelo PSD!
Paulo Portas perdeu o respeito dos militantes do seu partido e, sobretudo, o respeito dos eleitores e dos portugueses. É uma vergonha o que fez.

 
2- O Presidente da República vai ainda ouvir os “senadores”. Cuidado senhor Presidente, cuidado! Muitos deles estão por trás desta crise, porque a instigaram.





Lobo Xavier critica conduta de Portas

Lobo Xavier: “O CDS não pode apresentar-se como vítima nem Paulo Portas porque são os causadores disto”
 Romana Borja-Santos  
Antigo dirigente do CDS-PP fez duras críticas ao partido da coligação e responsabiliza Portas e Passos Coelho por eventuais eleições antecipadas.
 Lobo Xavier condena o silêncio de Paulo Portas

Crise política

António Lobo Xavier, antigo dirigente do CDS-PP, teceu duras críticas ao CDS-PP, dizendo que “é muito difícil perceber que o partido das empresas, da iniciativa privada e da economia esteja em silêncio, num silêncio vago numa crise destas, sem nenhuma declaração política forte”. Por isso, Lobo Xavier entende que “o CDS não pode apresentar-se como vítima, nem Paulo Portas pode apresenta-se como vítima, porque são os causadores disto”.
Em declarações durante o programa Quadratura do Círculo, na quinta-feira na SIC Notícias, Lobo Xavier comentava a crise política que estalou na segunda-feira. Nesse dia o ministro das Finanças apresentou a sua demissão e na terça-feira foi a vez do ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas – em parte por não concordar com a escolha da secretária de Estado Maria Luís Albuquerque para suceder a Vítor Gaspar na pasta das Finanças, justificando que isso representa uma manutenção no caminho até agora seguido.
Numa análise muito dura para Portas e o CDS, o antigo dirigente popular acrescentou também que “o mesmo partido que a única solução que tem é pôr o seu presidente demitido do Governo a negociar com o primeiro-ministro de quem ele diz não se poder ter confiança nenhuma e de cuja competência ele duvida de forma absolutamente ostensiva é um partido que não está preparado para uma solução como esta”.
O comentador afirma ainda que ficou “espantado” por estar a ver todas as eventuais explicações sobre a instabilidade governativa “nas palavras do primeiro-ministro”.

O tema das eventuais eleições antecipadas foi introduzido no mesmo programa da SIC Notícias por Pacheco Pereira que disse abertamente que quer legislativas mais cedo, culpando Paulo Portas e Passos Coelho por esse cenário estar agora de forma mais certa em cima da mesa. Uma opinião que foi corroborada por Lobo Xavier, que ainda que não defenda esse caminho, também responsabiliza Portas e Passos por essa possibilidade.
Antes de ser conhecida a proposta de adiar o congresso do CDS, previsto para o fim-de-semana, Lobo criticou a realização da reunião. "A realização do congresso é uma coisa incompreensível, só compreensível num partido monolítico. O partido está em silêncio neste momento, não existe nenhuma solução governativa, não se sabe qual é o compromisso do partido com a estabilidade e com uma solução para o país. Vai fazer um congresso para falar sobre o quê?”, questionou Lobo Xavier.
Já o socialista António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, comentou a actual crise referindo-se ao Presidente da República para sublinhar que Cavaco Silva “não tem margem para nada” e que apenas “fará o que os acontecimentos determinarem que faça”, por considerar que se colocou numa posição em que não pode “gerir e controlar o que quer que seja”. Costa defendeu também que sem uma “relação mínima de confiança” entre Portas e Passos a coligação nunca poderá funcionar.


 

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