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- Diz Paulo Portas que o relacionamento com o Primeiro-ministro teria estado na
origem desta demissão. Que era muito centralizador. Como o foram, pelos vistos,
os de Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso e Santana Lopes!
Que
se deixe de tretas. Portas perdeu o respeito de todos. Os interesses do País
estão acima das questões pessoais. Portas continua a fazer politiquice. Não é
homem para a grande politica, ao contrário de Pedro Passos Coelho que tem
demonstrado estar preparado para o cargo.
Mas
esta questão com o CDS (ou seja, com os seus “lideres”) é antiga. Com Francisco
Sá Carneiro, foi o que foi, e com Pinto Balsemão também. Com Freitas do Amaral
a não concordar com o líder proposto pelo PSD!
Paulo Portas perdeu o respeito dos militantes do seu partido e, sobretudo, o respeito dos eleitores e dos portugueses. É uma vergonha o que fez.
2-
O Presidente da República vai ainda ouvir os “senadores”. Cuidado senhor
Presidente, cuidado! Muitos deles estão por trás desta crise, porque a
instigaram.
Lobo Xavier critica conduta de Portas
Lobo Xavier critica conduta de Portas
Lobo Xavier: “O CDS não pode
apresentar-se como vítima nem Paulo Portas porque são os causadores disto”
Romana Borja-Santos
Antigo dirigente do CDS-PP
fez duras críticas ao partido da coligação e responsabiliza Portas e Passos
Coelho por eventuais eleições antecipadas.
Lobo Xavier condena o silêncio de Paulo
Portas
Crise política
António Lobo Xavier, antigo
dirigente do CDS-PP, teceu duras críticas ao CDS-PP, dizendo que “é muito
difícil perceber que o partido das empresas, da iniciativa privada e da
economia esteja em silêncio, num silêncio vago numa crise destas, sem nenhuma
declaração política forte”. Por isso, Lobo Xavier entende que “o CDS não pode
apresentar-se como vítima, nem Paulo Portas pode apresenta-se como vítima,
porque são os causadores disto”.
Em declarações durante o
programa Quadratura do Círculo, na quinta-feira na SIC Notícias, Lobo Xavier
comentava a crise política que estalou na segunda-feira. Nesse dia o ministro
das Finanças apresentou a sua demissão e na terça-feira foi a vez do ministro
dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas – em parte por não concordar com a
escolha da secretária de Estado Maria Luís Albuquerque para suceder a Vítor
Gaspar na pasta das Finanças, justificando que isso representa uma manutenção no
caminho até agora seguido.
Numa análise muito dura para
Portas e o CDS, o antigo dirigente popular acrescentou também que “o mesmo
partido que a única solução que tem é pôr o seu presidente demitido do Governo
a negociar com o primeiro-ministro de quem ele diz não se poder ter confiança
nenhuma e de cuja competência ele duvida de forma absolutamente ostensiva é um
partido que não está preparado para uma solução como esta”.
O comentador afirma ainda
que ficou “espantado” por estar a ver todas as eventuais explicações sobre a
instabilidade governativa “nas palavras do primeiro-ministro”.
O tema das eventuais
eleições antecipadas foi introduzido no mesmo programa da SIC Notícias por
Pacheco Pereira que disse abertamente que quer legislativas mais cedo, culpando
Paulo Portas e Passos Coelho por esse cenário estar agora de forma mais certa
em cima da mesa. Uma opinião que foi corroborada por Lobo Xavier, que ainda que
não defenda esse caminho, também responsabiliza Portas e Passos por essa
possibilidade.
Antes de ser conhecida a
proposta de adiar o congresso do CDS, previsto para o fim-de-semana, Lobo
criticou a realização da reunião. "A realização do congresso é uma coisa
incompreensível, só compreensível num partido monolítico. O partido está em
silêncio neste momento, não existe nenhuma solução governativa, não se sabe
qual é o compromisso do partido com a estabilidade e com uma solução para o
país. Vai fazer um congresso para falar sobre o quê?”, questionou Lobo Xavier.
Já o socialista António
Costa, presidente da Câmara de Lisboa, comentou a actual crise referindo-se ao
Presidente da República para sublinhar que Cavaco Silva “não tem margem para
nada” e que apenas “fará o que os acontecimentos determinarem que faça”, por
considerar que se colocou numa posição em que não pode “gerir e controlar o que
quer que seja”. Costa defendeu também que sem uma “relação mínima de confiança”
entre Portas e Passos a coligação nunca poderá funcionar.
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