Esta
história dos swap’s tem causas e elas estão na podridão que hoje percorre toda
a Administração Pública portuguesa.
No
tempo do Doutor Salazar não era funcionário público quem queria. Para o ser
(desde o empregado de repartição, ao chefe), teria de obedecer a requisitos
criteriosos, sendo escrutinado ao mais ínfimo pormenor (tendo até que fazer um
juramento no inicio das funções!). Então ao nível dos quadros superiores, nem
se fala. Basta dizer que a um nível muito abaixo do intermédio, não era
qualquer um que lá punha os pés. Um Reitor de Liceu, por exemplo, era escolhido
entre os melhores; além de ser um dos mais qualificados, o seu papel social e
de cidadania era esmiuçado ao pormenor. Eticamente e moralmente não era individuo
para prejudicar o Estado e muito menos os seus concidadãos.
A
“Revolução dos Cravos” trouxe a anarquia para a Administração. Lugares que
foram ocupados por uma miríade de gente incompetente, medíocre nos
procedimentos e análise que se perpetuaram até aos dias de hoje. E gente
colocada maioritariamente por determinados partidos politicos.
Houve
um tempo, porém, neste espaço de tempo, em que a Administração funcionou
lindamente. Ressalvando as excepções, qualquer cidadão dos 40 em diante se
lembra como funcionavam os correios, as repartições de Finanças, as escolas, e
por aí fora. Foi o tempo de Valente de Oliveira e o tempo de Cavaco Silva.
Aliás, Valente de Oliveira fundou uma escola de excelência, onde se formaram
quadros de excelência. Quem terminou com ela? Aqueles que mais tarde cometeram
as maiores patifarias ao país e aos cidadãos. Colocando os mais medíocres nos
lugares que deveriam ser ocupados pelos melhores.
Este
intróito que deveria ser mais profundo vem a propósito do que afirmámos na primeira
frase deste escrito.
Que intuito leva uma oposição “podre” a reclamar responsabilidades à ministra Maria Luís Albuquerque? E que razões a não levam a chamar à colação os verdadeiros responsáveis?
Que intuito leva uma oposição “podre” a reclamar responsabilidades à ministra Maria Luís Albuquerque? E que razões a não levam a chamar à colação os verdadeiros responsáveis?
O
que deveria preocupar uma oposição decente e competente era as verdadeiras
causas destes contratos. Quem os protagonizou? Quem tutelava o país e as
empresas quando foram feitos?
Tudo
o resto são balelas e distraimento.
Armando
Palavras
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