sexta-feira, 26 de julho de 2013

Os Swap e a Administração Pública


Esta história dos swap’s tem causas e elas estão na podridão que hoje percorre toda a Administração Pública portuguesa.

No tempo do Doutor Salazar não era funcionário público quem queria. Para o ser (desde o empregado de repartição, ao chefe), teria de obedecer a requisitos criteriosos, sendo escrutinado ao mais ínfimo pormenor (tendo até que fazer um juramento no inicio das funções!). Então ao nível dos quadros superiores, nem se fala. Basta dizer que a um nível muito abaixo do intermédio, não era qualquer um que lá punha os pés. Um Reitor de Liceu, por exemplo, era escolhido entre os melhores; além de ser um dos mais qualificados, o seu papel social e de cidadania era esmiuçado ao pormenor. Eticamente e moralmente não era individuo para prejudicar o Estado e muito menos os seus concidadãos.

 

A “Revolução dos Cravos” trouxe a anarquia para a Administração. Lugares que foram ocupados por uma miríade de gente incompetente, medíocre nos procedimentos e análise que se perpetuaram até aos dias de hoje. E gente colocada maioritariamente por determinados partidos politicos.


Houve um tempo, porém, neste espaço de tempo, em que a Administração funcionou lindamente. Ressalvando as excepções, qualquer cidadão dos 40 em diante se lembra como funcionavam os correios, as repartições de Finanças, as escolas, e por aí fora. Foi o tempo de Valente de Oliveira e o tempo de Cavaco Silva. Aliás, Valente de Oliveira fundou uma escola de excelência, onde se formaram quadros de excelência. Quem terminou com ela? Aqueles que mais tarde cometeram as maiores patifarias ao país e aos cidadãos. Colocando os mais medíocres nos lugares que deveriam ser ocupados pelos melhores.

Este intróito que deveria ser mais profundo vem a propósito do que afirmámos na primeira frase deste escrito. 
Que intuito leva uma oposição “podre” a reclamar responsabilidades à ministra Maria Luís Albuquerque? E que razões a não levam a chamar à colação os verdadeiros responsáveis?
O que deveria preocupar uma oposição decente e competente era as verdadeiras causas destes contratos. Quem os protagonizou? Quem tutelava o país e as empresas quando foram feitos?
Tudo o resto são balelas e distraimento.
Armando Palavras

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