Temos
todos na memória o que se passou em 2005. Pedro Santana Lopes depois de
substituir Durão Barroso (como estava na Constituição), sem razões aparentes e
justificadas, foi demitido. Aceitou a demissão com dignidade suprema, tendo
sido enxovalhado, principalmente por alguns companheiros do partido.
O
que aconteceu a seguir? A tralha socrática agarra o “poleiro”. E a seguir? O
bando socrático tomou conta do país, patrulhando-o à sua vontade. E a seguir? Levaram o país à bancarrota!
Ora
são exactamente os mesmos que provocaram as eleições de 2005 que pedem agora
eleições antecipadas. Porquê? Porque pela primeira vez lhes foram aos bolsos! E
é este tipo de gente que tem andado a brincar com o país que tem voz. Nas
rádios, nos jornais, nas televisões e por aí fora.
É
bom que o povo português tenha em atenção o seguinte:
a irresponsabilidade do dr. Portas, provocou de prejuízo ao país, num
dia (!), mais de dois mil milhões. Que os portugueses andarão 5 anos para os
recuperar! Imaginem agora o que era provocar eleições antecipadas.
O
primeiro-ministro Passos Coelho sabia bem o que acarretaria a sua demissão. E
por essa razão não se demitiu das suas responsabilidades. Pôs o país à frente
do umbigo. E espera-se que o Presidente da República continue a pensar pela sua
cabeça, e não pela cabeça dos que nos querem atirar para a barbárie. Estamos
certos que o fará.
“Em
Maio de 2011 entrámos numa fase de protectorado e aquilo que eu acho que é o
dever de qualquer pessoa, de direita, de centro ou de esquerda, é procurar
fazer o que está ao seu alcance para que o protectorado termine e nós
recuperemos a nossa liberdade de decisão. Neste sentido, em Junho de 2014,
quando a troika sair, não acabam os constrangimentos mas acaba o protectorado.
Isso é muito importante do ponto de vista da nossa liberdade de decisão. É
muito difícil, como toda a gente sabe, fazer consolidação orçamental e
conciliar isso com crescimento económico”.
Revista
Exame, p. 30
“A
orgânica, essa, é uma competência do primeiro-ministro, está estabelecida”.
Exame,
p.34
“Eu
não quero a troika cá para lá de Junho de 2014. Começarmos agora com um segundo
resgate tornaria muito difícil viver em Portugal para lá de 2020”
Exame,
p. 35
Comentário
Então
este cavalheiro, que faz estas afirmações antes da viagem ao México, passados
quinze dias faz a patifaria que fez aos portugueses? Num dia deu um prejuízo ao
país (mais de dois mil milhões) que vamos levar cinco anos a recuperá-lo.
Se
fosse obrigado a repô-lo do seu bolso, para a próxima não pensaria duas vezes.
Pensaria muitas mais.
E
os que provocaram a crise de 2004/5, perante isto pedem eleições antecipadas?
Está
tudo louco. Valha-nos a lucidez do Primeiro-ministro e do Presidente da
República.
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