quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Barroso da Fonte comemora 60 anos de escrita

 
O Dr. Barroso da Fonte, soubemo-lo pela voz de Jorge Lage no “Noticias de Mirandela”, comemorou a 24 de Janeiro passado 60 anos de escrita. Tudo o que possamos dizer deste transmontano de têmpera rija, nada acrescenta à sua obra majestosa de homem de cultura. A nossa homenagem passa pelo texto (de sua autoria) que se segue, publicado em 2011 na Colectânea de autores transmontanos, editada pela Exoterra: Trás-os-Montes e Alto Douro, Mosaico de Ciência e Cultura.

 

 
Barroso da Fonte
1 -  Casa de Bragança - 600 anos ao serviço de Portugal 

 

Pretendo neste breve ensaio historiográfico, sintetizar o relevante papel que os Portugueses de todos os tempos tiveram, na expansão do Império Português, por ocasião do Tratado de Tordesilhas, até aos nossos dias, época que pode tratar-se pela Diáspora da Lusofonia.
Sabemos todos que Portugal teve dentro de portas duas instituições políticas, cada qual a mais importante: a Monarquia que existiu entre 1096 e 1910, prosseguida, até hoje, pelos cem anos de República, muito atribulada; e  a Casa de Bragança, desde o casamento  de D. Afonso e de D. Brites, ele filho bastardo de D. João I e ela filha de Nuno Álvares Pereira e da Transmontana, D. Leonor Alvim.
Por outras palavras: em 1096 foi doado, como dote de casamento a D. Teresa pelo enlace com o conde D. Henriques, o Condado Portucalense que compreendia o espaço geográfico entre os Rios Minho e o Douro. Por morte do conde D. Henrique, (1112 ou 1114) seu filho procurou honrar a memória do avô Afonso VI de Leão que fizera a oferta desse reino e  que  seu pai, já havia alargado  para Sul, até Sintra. Quando D. Henriques morreu, o filho teria entre dois a três anos. A viúva, D. Teresa, geriu os destinos do Condado até 24 de Junho de 1128. Mas fê-lo contra a vontade do filho, porque ela se deixou seduzir por Fernando Peres de Trava, com quem chegou a casar e que, em vez de consolidar a emancipação desse novo Reino, preferia reintegrá-lo na Galiza. Essa traição provocou a Batalha de S. Mamede, que «foi a primeira Tarde Portuguesa», no dizer feliz de José Mattoso.
D. Teresa e o amante tiveram de refugiar-se na Galiza, enquanto  Afonso Henriques assumiu as rédeas do poder que consolidou até à sua morte, em 1185 e que seus sucessores dilataram até aos confins do hemisfério.
 Em 1401 deu-se um facto nacional de grande relevância para os Portugueses e, sobremodo para os Transmontanos que talvez nunca nele tenham reflectido. Foi o casamento de D. Afonso, filho bastardo de D. João I, com D. Brites, filha de Nuno Álvares Pereira e de sua mulher, a Transmontana, D. Leonor Alvim.
Leonor Alvim nascera no lugar da Reboreda, freguesia de Salto, concelho de Montalegre, por volta de 1350. Casou em primeiras núpcias, com Vasco Gonçalves Barroso, Alcaide do Castelo de Montalegre e Senhor das Terras de Barroso que ao tempo abrangiam os actuais concelhos de Montalegre e Boticas e os extintos de Ruivães e Couto de Dornelas e ainda parte do de Terras de Bouro. Foi tronco das Famílias com o apelido de Barroso. D. Leonor de Alvim ficou viúva, pouco tempo depois de casar, sem filhos e, de acordo com os cronistas, no estado de virgindade. Sabendo D. Álvaro Gonçalves Pereira, Prior do Crato, dessa ilustre Senhora que para além do mais, ficara muito rica, por via da herança do marido, tudo fez para a casar com  o filho Nuno, quando ele tinha cerca de 14 anos. Era ele o 11º filho dos 32 que o Pai veio a ter de três mulheres. O jovem Nuno pretendia seguir a carreira das armas. Mas a insistência do pai, não teve outro remédio, se não casar. Aconteceu o enlace em 1376.  Para residência escolheram uma Casa Brasonada que ela herdara do primeiro marido, no lugar de Pedraça, concelho de Cabeceiras de Basto, a uns dez quilómetros de distância de Reboreda. Aí nasceram três filhos ao casal, dos quais apenas vingou a filha Brites Alvim Pereira que em 1401 casou com D. Afonso, filho de D. João I. Com o dote que o pai do noivo ofertou e com a herança materna da noiva, resultou num património riquíssimo, em terras, rendas, títulos e privilégios que Nuno Álvares Pereira, mais próximo colaborador de D. João I, sonhou ver consubstanciado numa poderosa Instituição que viria a chamar-se «Casa de Bragança», em homenagem a um «Braganção» muito influente dos primórdios da nacionalidade.
Essa Casa chegou a ser tão rica como a Coroa. E algumas vezes lhe emprestou dinheiro como nestes tempos o FMI empresta aos países em crise.
Por volta de 1386 D. Leonor morre, é sepultada em Gaia e Nuno Álvares Pereira segue a carreira das armas com a qual sempre sonhou. Sua filha e genro fixaram residência em Chaves, naquela que ainda hoje é conhecida pela Casa de Bragança, onde está instalado o Museu de Arqueologia. Aí nasceram os 3 filhos do casal. Mas por volta de 1412 D. Brites morre de parto. O projecto de Nuno Álvares só foi concretizado em 1442, quando ele já tinha falecido (1431). Mas foi dele a ideia de criar essa poderosa Instituição que foi uma espécie de partido político alternativo à Monarquia, de forma a não chamar a si essa abastança.                                                                     
Afonso faleceu, em 1461, em Chaves. Mas ainda em vida do sogro, acompanhou este, o Pai e os irmãos (a Ínclita geração) à tomada de Ceuta, em 1415 e, vencedores, foi designado pelo Pai (D. João I), o Senhor dessa fortaleza no norte de África.
 No regresso volta a casar com D. Constança de Noronha. Desiste da construção do Palácio de Barcelos, uma vez que tinha herdado do sogro o título de 8º conde dessa vila e resolve construir esse Palácio alternativo em Guimarães, por ser essa a Terra do Rei (reportando-se ao Rei Conquistador D. Afonso Henriques). As obras começam em 1422 e a primeira sede oficial da Casa de Bragança passou a ser esse Palácio, junto ao Castelo da Fundação. Foi habitado entre 1438 e 1480, enquanto aí viveu a Santa Duquesa que tinha 16 anos, quando casou com D. Afonso que tinha 49. Com a morte desse conde e I duque de Bragança, o segundo e o terceiro (que haviam nascido em Chaves), fixaram residência em Vila Viçosa e nunca mais vieram ao norte.
Em 1640, após os 60 anos sob o jugo filipino espanhol, deu-se a restauração e foi a Casa de Bragança que passou a dar à Monarquia os reis, desde D. João IV ao regicídio na pessoa do Rei D. Carlos, em Lisboa, em 1 de Fevereiro de 1908. Em 5 de Outubro de 1910 é proclamada a República. Dia 14 de Outubro D. Manuel II é recebido em Inglaterra a Família Real, mas já destituída.
Com a queda da Monarquia em 1910, a República apoderou-se do património da Casa de Bragança, hoje representada por D. Duarte Nuno que não pode candidatar-se, como força política, quer à formação de Governo, quer às Presidenciais. Passou a existir a Causa Real que se bate – e muito bem – pela legalização como força política.

2 - O Simbolismo desta poderosa Instituição

Não houve nos 883 anos após a Batalha de S. Mamede nenhuma Instituição política tão influente como a Casa de Bragança. E não tem havido, pelos tempos fora, muita gente a lembrar-se deste facto histórico.
Se ela não tivesse existido, possivelmente já teríamos voltado ao domínio Ibérico de onde viemos, mas que nenhum Português vivo, certamente gostaria que acontecesse. Em certos momentos de crise, muitos dizemos isso em tom de brincadeira. Mas por muito respeito que tenhamos pelos «nuestros hermanos», que sejam muito felizes.
Se trago este tema a debate é porque sou Transmontano e tenho nesta circunstância que a Terra me deu, um enorme orgulho.
Muitos de nós tivemos de procurar fora de portas a nossa sobrevivência. Uns por motivos profissionais, outros por via do casamento, a maior parte por razões escolares. A verdade é que quase nove séculos depois da fundação de Portugal, Trás-os-Montes continua a ser a Província mais distante do Terreiro do Paço. O distrito de Bragança continua a ser o único do país que não tem um palmo de auto-estrada. E, contudo, esse mesmo país, consolidou a sua História, com base nos bens materiais e humanos dos Transmontanos, como pode  deduzir-se pelo património que amealhou no tempo da sua expansão pelo mundo.
Esse património resultou do casamento de uma Transmontana das Terras de Barroso com o Senhor dessas Terras. Pertenceram-lhe desde os seus antepassados que foram, contemporâneos do nosso primeiro Rei. Nessa altura faziam-se fortunas em terras, títulos e prestígio. Era a nobreza. Ninguém ignora que Portugal nasceu do Portuscale, uma vila situada na foz do Rio Douro. Daí derivou o Porto, por volta de 868. Vímara Peres, ainda sob o domínio do Imperador de Leão e de Castela, venceu os mouros e foi-lhe  atribuído o título de conde. Ele transmitiu esse condado a Mumadona Dias, casada com Hermenegildo Gonçalves, conde de Tui. Fixou-se em Guimarães e com ela trouxe para aí a residência condal. Preparou Guimarães para quando nascesse o primogénito dos condes que advieram de D. Teresa, filha de Afonso V, de Leão e Castela. D. Teresa teria nascido por volta de 1090. Em 1096 o pai (era assim naquele tempo) casou-a com um nobre de Borgonha, D. Henrique. Como dote doou-lhes o Condado até ali galego, mas desde esse ano chamado Portucale.  A evolução semântica depressa o transformou em Portugal. Desse casamento nasceram três filhas e um filho. Só o varão poderia ser Rei. Não se conhece ao certo a data de nascimento deste filho. A tradição diz que seria por volta de 1111. Três anos depois morria o pai, D. Henrique. Entretanto, a viúva afeiçoou-se a Fernando Peres de Trava. E enquanto ela puxava para a reintegração do Condado Portucalense na Galiza, D. Afonso Henriques, educado pelo aio Egas Moniz, Senhor das Terras de Entre-Douro e Minho, mentaliza-o para reprimir a Mãe e o amante, ficando ele à frente dos destinos do Condado. Esse conflito deu-se em S. Mamede, em 24/6/1128. A Mãe veio a morrer em 1130. E, em 1131, Afonso Henriques, muda o Condado para Coimbra, prosseguindo a conquista, para sul com  perseguição aos muçulmanos. Morreu em 1185. Portugal teve sempre homens de fibra do Rei Conquistador. Um deles foi Nuno Álvares Pereira que casou com uma Transmontana das Terras de Barroso.

3 - Portugal começou no Norte e não no sul

Quando se pretende diminuir os Transmontanos há a tendência de os tratar como uns «coitadinhos» que vivem lá para trás das fragas. Pensam esses sujeitos que Portugal nasceu em Lisboa e avançou para norte, perdendo qualidade à medida em que se aproximava da fronteira. Mesmo aqueles que fabricam as mentalidades, falam de Trás-os-Montes com uma linguagem a rondar a comiseração, a má sorte e  forjam uma espécie de favelas onde não há qualidade de vida. Puro engano. Essa gente nunca soube o que é a vida, desconhece a realidade social e esbraceja em poltronas de veludo que agradam aos olhos, mas tresandam no cheiro.
Esquece-se essa gente de que Portugal se autonomizou a partir da Galiza, por força de uma herança imperial que foi legitimada nos campos de batalha, sempre que os intrusos, tentavam recuperá-la por  traição. Começou por ser o espaço geográfico, compreendido entre os Rios Minho e o Douro. Depois, alargou-se ao Mondego, mais tarde ao Tejo e a Lisboa. Só décadas depois se chegou ao Algarve que deu mais nas vistas por ser mais cómodo receber as águas na foz do que abrir os regos e limpar as margens ao longo do seu percurso.
Não é na fronteira norte que Portugal acaba. Pelo contrário foi nesta fronteira nortenha que começou e todos os dias recomeça, para o bem e para o mal.
Foi no Norte, com o património natural e humano que cresceu e se desenvolveu, hoje como em 1128, em 1143, em 1179, em 1385, em 1415, como em 1640.
Foi entre 1376 e 1420 que alguns dos mais nobres generais Portugueses fixaram ou fizeram das Terras de Entre-Douro e Minho, o seu quartel-general. Nuno Álvares Pereira que recentemente foi elevado aos altares, pelo seu desprendimento material, foi um desses bravos militares que nunca conheceram o fel da derrota. Consigo no comando venceram tudo o que havia para vencer, incluindo as Praças do norte de África, nomeadamente: Ceuta, Tânger, Arzila e Fez. Ainda hoje cheira à presença física desta Raça Lusitana que por ali abriu as Portas de África e da Índia, mais tarde, do Brasil e da Califónia.

4 -  Recordar Trás-os-Montes nos 900 de Afonso Henriques

De acordo com a tradição, Afonso Henriques nasceu em Guimarães em 25 de Julho de 1111. Não havendo provas documentais tem de fazer fé esse argumento que não tem carácter científico mas que prevalece, como critério mais válido até provas em contrário.
 Infelizmente há por aí uns quantos «mamadores» profissionais que aprendem uma coisa, ganham estatuto e prestígio em nome dessa aprendizagem baseada na tradição. Mas, depois da pança a abarrotar de fanfarronice, criam grupinhos de pressão, atiram o barro à parede para ver se pega e, sem consistência, tentam construir muros de barro que cai à primeira ventania.
Foi o que sucedeu em 2009, com a celebração antecipada dos 900 anos do nascimento de Afonso Henriques.
 Não têm sido os Transmontanos a afrontar a historiografia Portuguesa. Muitos dela se orgulham e a preservam como única forma de a honrarem e servirem. Em todas as frentes do bom combate. Seja na política, na cultura, no desporto; na vida militar, religiosa ou académica, seja no associativismo, no empresariado, no amor às origens.
Esses exemplos colhem-se no espírito de solidariedade que as Casas Regionais explicam e de que temos alguns elementos  bem expressivos.
                                                                                                                                  
5 - Casas Transmontanas faróis de cultura e de amor às origens

É certo e sabido, quase como ditado popular, que os Transmontanos, nasçam onde nascerem e cheguem onde a necessidade e a aventura os leve, dão sinais de vida e criam laços de fraternidade que a distância amadurece e conserva, mais do que qualquer outro povo. A lei da vida ensinou-nos que a «necessidade cria o órgão». E que as pessoas mais simples, mais sérias e mais solidárias são aquelas que nascem rodeadas de fragilidades sociais, porque não estranham pela vida fora, os  males que lhes surjam pela frente. Se venceram, desde o berço, essas contrariedades; se tarde e mal conheceram os luxos e exuberâncias da cidade; se calejaram as mãos em criança e adormeceram com o estômago vazio, quando precisavam de crescer, têm sobre os outros a quem nada faltou, uma enorme vantagem: nada os assusta porque chegaram à vida adulta com uma experiência que constitui o seu melhor dote.
 Não é de estranhar que nos confins de qualquer continente, no matagal do Amazonas ou nos sítios mais recônditos do planeta, quando menos se espere, apareça um Transmontano que se fez à vida. Não partiu por medo, por roubo ou por crime de sangue. Talvez tenha partido em busca do pão que não teve e lhe fazia falta para ser homem sério, honesto, competente e solidário.
Foram esses que chegaram ao Brasil e construíram impérios; chegaram a Macau e ergueram liceus e catedrais; chegaram a Angola e Moçambique e impuseram a sua cultura.  A Diáspora emigratória é riquíssima em exemplos desses que temos um pouco pela Europa, pelas Américas, pela África e até pela Ásia.
 No pequeno rectângulo Ibérico somos poucos e até o espaço mal chega para cobrir o esqueleto de todos. Mas no espaço virtual da Lusofonia esses poucos continuam a dar exemplos de altruísmo, de nobreza telúrica, de solidariedade genuína.

6 - Os  Ilustres Transmontanos e Alto durienses

Em 1998 apareceu, sem grandes alaridos editoriais, o I volume do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto durienses, obra destinada a demonstrar que esta Província, sempre foi a mais distante do Terreiro do Paço, a primeira a cumprir os seus deveres cívicos e a última a receber os direitos sociais. Ainda hoje continua a ser apenas motivo de manchete nos mass media, (televisões, rádios e jornais) quando há crimes, catástrofes ou bruxarias e afins. A expressão Trás-os-Montes, para muitos, significa, pejorativamente, «lá para trás dos montes», como se não se tratasse de uma região igual às outras. Ainda hoje se chega mais depressa à Madeira, aos Açores ou a Marrocos, do que a Trás-os-Montes, porque só no século XXI começou a ter uns palmos de auto-estrada, sendo que o distrito de Bragança nem isso tem.
A desertificação é hoje uma realidade indesmentível, porque ao fenómeno emigratório dos fins da segunda República, seguiu-se a extinção dos serviços públicos essenciais, a extinção da linha férrea, o encerramento de centenas de escolas rurais, e  tudo isso, apressou a fuga dos mais válidos braços, tanto mais que as políticas comunitárias, «mataram» a agro-pecuária, tradicional tábua de salvação dos seus filhos mais pujantes.
Se pelo chão dessa Província não houve o respeito e o tratamento devidos, não é menos verdade que alguns daqueles que aí nasceram, se «viram gregos» para chegarem «à cidade», de onde os urbanos nunca saíram, antes aí beneficiaram de todas as comodidades sociais para se fazerem ao mundo. Tão diferenciada origem poderia ressentir-se no acesso aos cargos públicos, científicos, académicos e técnicos. Sinal de que os Transmontanos e Durienses não só estavam preparados para as exigências do mercado sócio-profissional, como, em igualdade de circunstâncias, muitas vezes foram tão bons ou melhores do que eles, foi pretexto para elaborar não só aquele I volume como mais dois que se lhe seguiram (em 2001, o II volume; e, em 2003, o III). Não poderemos dizer que foi uma obra exemplar. Mas foi uma obra pioneira  na metodologia, nos critérios e nos objectivos. Se o I volume foi obra  de uma só pessoa, os dois seguintes já tiveram a colaboração de outros ilustres transmontanos que constam nas fichas técnicas e que assinaram, muitas das «entradas» neles inseridas.
Daí que seja intenção do autor reeditar, até fins de 2011 esse primeiro volume, corrigido, actualizado e aumentado. Por isso se faz o convite, por este meio, para que todos aqueles que nele constam, querendo, nos façam chegar, em suporte informático, as suas, (ou de familiares e amigos) «entradas», devidamente actualizadas e redigidas na 3ª pessoa. Como a obra é a preto e branco e nem sempre as fotos resultam, sendo de fraca qualidade, é preferível não as incluir.
Entretanto é nossa intenção fazer o mesmo relativamente aos dois seguintes volumes, embora mais tarde. Como o 2º volume teve apenas 416 páginas, pretendemos incluir nele, várias novas «entradas» que nos sejam remetidas, pelos próprios ou por terceiras pessoas. Pretende-se uniformidade na redacção dos textos biográficos. Excluir adjectivos, comentários, intimidades. Só valem os factos objectivos, sem censuras ou elogios. Quem não conhecer as características da obra poderá consultá-la através do site  www.dodouropress.pt .
A área geográfica e administrativa delimitada a este trabalho sãos os 12 actuais concelhos do distrito de Bragança e os 14 do distrito de Vila Real. Toda a correspondência relacionada com este tema deve chegar-nos pelo e-mail: rgv@mail.pt, em pen, dvd, cd, disquete, ou por correio tradicional: Apartado 108- 4801-910 Guimarães, tel/fax: 253.412319, com a identificação completa do remetente, tel/telm e também com o endereço electrónico, de modo a tirar qualquer dúvida. Este convite destina-se a quantos já nos fizeram chegar as suas biografias, depois de publicados os 3 referidos volumes. É que muitas vieram manuscritas ou dactilografadas, em tipos de máquinas que o scanner não reconhece. E, nos dias de hoje, essas conversões, tornam-se onerosas e difíceis de informatizar. Temos de reagir à crise de identidade, a partir da coesão, da força de vontade e do orgulho telúrico. Nisto os Transmontanos e Alto durienses sempre foram os primeiros.
                                                                        Barroso da Fonte – barrosodafonte@mail.pt

 
                                                                   Síntese biográfica

Barroso da Fonte, João- nasceu em Codeçoso (Montalegre), em 1939. De 1952 a 30/6/1962 Seminário de Vila Real.1962-1964- Fiscal da Hica. 1964-1967- Oficial Ranger em Angola. 1968-1975  lecciona em Chaves onde funda Centro de Emprego do IEFP. 1975 transfere-se para a Inspecção do Trabalho em Guimarães. 1977-1982  faz licenciatura na Fac. Filosofia de Braga. 1982-1985. Director da Delegação do Porto da DGCS. 1986-1990: Vereador a tempo inteiro com Cultura, Desporto e Turismo na Câmara M. de Guimarães. Desde 1990 a Agosto  de 1995. Director do Paço dos Duques de Bragança, (em Guimarães) e do Castelo da Fundação. Nessa data aposenta-se. Em 16-12-1997, defende Mestrado na Universidade do Minho, onde prosseguiu o Doutoramento até 2005, ano em que publica a tese:  Alfredo Pimenta: da praxis Libertária à doutrinação Nacionalista. Leccionou (1998-2005) no Ensino Superior.
Autor de 8 livros de poemas. Cerca de 40 em prosa, nomeadamente: 3 vols do Dicionário dos mais ilustres Transmontanos. Jornalista desde 24/3/1953. Director do Trimensário de artes e letras: Poetas e Trovadores. Fundador e director da Editora Cidade Berço.  Fundador da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro do Porto, Associação Nacional Combatentes do Ultramar, Gabinete de imprensa de Guimarães, autor da ideia da construção do Monumento aos Combatentes, em Lisboa e co-fundador do Movimento 10 de Junho.

 


4 comentários:

  1. BOM DIA, AQUI FALA JOAQUIM LUIS SIMOES DE BARROS, FILHO DE ANTÓNIO SIMOES DE BARROS NETO DE AMILCAR SIMOES DE BARROS.

    VENHO RESPEITOSAMENTE PEDIR-VOS AJUDA SOBRE O PARADEIRO DAS RESTANTES FAMÍLIAS EM PORTUGAL, DESCEDENTE DE AMILCAR SIMOES DE BARROS O EX LAVRADOR E CAMPONES, NO BONGO- HUAMBO(ANGOLA).

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