João Manuel Rocha
28/01/2013
- 14:54 (Público online)
Descida
das águas do Limpopo causa alívio em Gaza, mas teme-se agravamento da situação
na bacia do Zambeze.
Aspecto
de Chókwè, quando as águas subiram na semana passada USSENE MAMUDO/AFP .
Subiu
para 68 o número de mortos nas cheias em Moçambique – 39 na província de Gaza –
mas há pessoas desaparecidas, segundo o balanço feito esta segunda-feira pelo
Instituto Nacional de Gestão de Calamidades. O número inclui o total de vítimas
desde o início das chuvas, em Outubro.
Citada
pela RDP África, a porta-voz do instituto, Rita Almeida, confirmou uma “ligeira
tendência de redução” do nível das águas nas bacias hidrográficas e um abaixamento
das águas do rio Limpopo. Mas, disse à AFP, pode haver novas inundações na
bacia do Zambeze. “A previsão é de mais chuva na província da Zambézia e no
Norte de Sofala.”
Rita
Almeida quantificou em 112 mil o número de desalojados, mas a porta-voz das
Nações Unidas em Maputo, Patricia Nakell, divulgou também, esta segunda-feira,
números mais elevados: 150 mil, só na província de Gaza.
O
Limpopo, que na semana passada transbordou, causando graves inundações em Gaza,
principalmente na cidade de Chókwè, totalmente invadida pela água, e em Guijá,
voltou ao leito, ainda que a Patricia Nakell considere a situação “volátil”. A
capital provincial, Xai-Xai, cujo alagamento se temia, sofreu inundações nas
suas zonas mais baixas, no sábado. Dezenas de milhares de pessoas da província
tiveram de procurar refúgio em campos de acolhimento e em lugares mais
elevados.
O
problema mais urgente na região é a escassez de alimentos e de água potável,
bem como a necessidade de prevenir doenças. No posto de saúde de Guijá, perto
de Chókwè, foram, segundo informação recolhida no local pela AFP, tratados 70
casos de diarreia. A ajuda humanitária e sanitária não tinha até esta
segunda-feira chegado a lugares que ficaram isolados.
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