quinta-feira, 4 de outubro de 2012

CETELEM analisa despesas excessivas com telemóveis em Portugal - Sociedade de Nefrologia lança estudo sobre gravidez


Observador Cetelem analisa tendências de consumo da classe média
Despesas com telemóvel: excessivas e pesam muito no orçamento dos portugueses

Quase metade dos consumidores portugueses considera a fatura das despesas com telemóvel muito elevada. A classe alta é a mais insatisfeita, 49% considera os gastos com as telecomunicações móveis demasiado altos, seguindo-se a classe mais baixa (47%) e, em último a classe média (44%). Esta análise é apresentada no Barómetro Europeu 2012 do Observador Cetelem.
Apesar de considerarem a fatura demasiado elevada, os consumidores portugueses são dos que menos gastam em telemóveis por mês na Europa Ocidental. Um indivíduo da classe média portuguesa gasta cerca de 31,70 euros por mês. Apenas os alemães têm um gasto médio mensal inferior: 31,50 euros/mês. Valores muito abaixo da média dos europeus ocidentais: 40,97 euros/mês. Neste campo, os franceses pertencentes à classe média surgem como os que têm a despesa mais elevada: 48,8 euros/mês.
«Atualmente, a conectividade é mais do que uma simples ferramenta ou um gadget. As despesas elevadas de telefone significam, na maioria dos casos, a presença de um ou de vários smartphones no mesmo lar, mais do que telemóveis clássicos. Aliás, o ato de possuir um smartphone é um sinal muito visível de pertença a uma classe social, encontrando-se ao mesmo nível das roupas de marca numa época recente», afirma Diogo Lopes Pereira, diretor de Marketing do Cetelem.

 
Ficha Técnica
Para as análises e previsões deste estudo foram inquiridas amostras representativas das populações nacionais (18 anos e superior) de doze países: Alemanha, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido, Rússia e Eslováquia – mais de 6.500 Europeus inquiridos a partir de amostras com pelo menos 500 indivíduos por país. Os inquéritos foram realizados em parceria com o gabinete de estudos e consultoria BIPE, com base num inquérito barométrico conduzido no terreno em Novembro/Dezembro de 2011, pela TNS Sofres.
A coerência entre a definição das classes médias dos diferentes países manteve-se através de uma aproximação à realidade, permitindo comparações internacionais. Para tal, utilizou-se uma classificação económica habitual, em função de décimos de rendimentos: para o Observador Cetelem, a classe média corresponde às famílias pertencentes aos quintos dos rendimentos Q2, Q3 e Q4, constituindo 60% da população, situando-se entre os 20% mais pobres e os 20% mais ricos.
Para mais informações: www.cetelem.ptwww.oobservador.pt



Sociedade Portuguesa de Nefrologia alerta
Gravidez na IRC é possível mas pode agravar a disfunção renal

Outubro de 2012 – A gravidez em mulheres com insuficiência renal crónica não é frequente, mas é possível. A ocorrência de múltiplas alterações hormonais tanto nas mulheres como nos homens com doença renal crónica conduzem a uma redução da fertilidade. No caso da mulher isto pode manifestar-se na irregularidade dos ciclos menstruais e até mesmo na ausência de ovulação.
Apesar da fertilidade diminuir à medida que agrava a disfunção renal, a mulher com insuficiência renal pode engravidar, sendo no entanto muito importante que conheça os riscos envolvidos para poder decidir de forma consciente o seu planeamento.
Fernando Nolasco, Presidente da Sociedade Portuguesa de Nefrologia, sublinha que “Numa doente com insuficiência renal a gravidez é de risco mas é possível e, mediante cumprimento perfeito das orientações dos especialistas envolvidos, pode mesmo vir a ter sucesso”. No entanto o especialista acrescenta que “Enquanto na população geral a incidência de preeclâmpsia é de 6 a 8%, na insuficiente renal esta patologia é mais grave e precoce, até 50%, implicando um grande risco de prematuridade.
Quando uma mulher com insuficiência renal decide planear uma gravidez, deve ter em conta que esta pode agravar a função renal e a tensão arterial, e que alguns medicamentos que toma, nomeadamente anti hipertensores, terão que ser substituídos por outros, pelo risco que representam para o feto, nomeadamente de malformações fetais.
Uma dieta saudável é fundamental em qualquer tipo de gestação mas na mulher com insuficiência renal o controle dietético é ainda mais essencial nos seus aspectos energéticos, proteicos e, principalmente, na quantidade de sódio, cálcio e potássio ingerida. Deve, por outro lado, evitar-se o consumo de sal para controlar a tensão arterial e a excessiva retenção de líquidos que é comum nestas doentes.
O mais importante quando uma mulher com insuficiência renal quer engravidar, e para o sucesso dessa gravidez, é a consulta, atempada e em conjunto, com o nefrologista, o obstetra e o nutricionista. As consultas devem ocorrem em intervalo reduzido, para constante avaliação da função renal, da tensão arterial, do peso e do desenvolvimento fetal.
Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.
Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"

Sem comentários:

Enviar um comentário

Moedas francesas homenageiam Luís de Camões nos 500 anos do seu nascimento

  Enquanto o dr. Costa andou preocupado com outras moedas ou outros dinheiros de gabinetes, a França resolveu homenagear o épico português! ...