15
por cento dos casos de psoríase surgem na infância
Dia Mundial da
Psoríase celebra-se a 29 de Outubro sob o tema “Psoríase, um desafio de saúde
global”
A
Associação Portuguesa de Psoríase alerta que, embora de forma menos frequente,
a psoríase pode manifestar-se de diferentes formas em crianças
o mais cedo possível devendo, tal como os aconselhamentos médicos sobre os
cuidados da pele, ser escrupulosamente seguidos.
A psoríase infantil, que se assemelha à
psoríase nos adultos e pode causar comichão em 30 por cento dos casos,
manifesta-se em duas formas: lesões persistentes nos cotovelos, joelhos e couro
cabeludo ou pequenas placas vermelhas que cobrem o corpo e que desaparecem
durante várias semanas.
Paulo Ferreira, médico dermatologista colaborador com a
PSOPortugal alerta que “a psoríase surge na infância em 15 por cento dos casos
e, destes, um em cada três casos surge antes dos 20 anos”. O especialista acrescenta
ainda que “é uma dermatose crónica não contagiosa que resulta de uma
predisposição genética específica. Pode ser desencadeada por factores
ambientais que podem ser externos (como a mudança de estação ou a fricção da
roupa na pele) ou internos (como as doenças infecciosas, o stress emocional e
determinados medicamentos)”.
Segundo Vitor
Baião, Presidente da PSOPortugal “A psoríase é uma doença que pode causar danos
emocionais graves em qualquer doente, mas principalmente nas crianças que
frequentemente, e por causa das lesões visíveis, são alvo de comentários cruéis
por parte de colegas de escola e outras pessoas menos informadas”. E acrescenta
“no caso da psoríase infantil o apoio da família é fundamental”.
Recomendações da PSOPortugal:
- Encoraje a sua criança com psoríase a praticar
desporto, tendo apenas o cuidado de que a mesma parte do corpo não seja
repetidamente sujeita a lesões.
- Não proíba a criança de praticar natação.
Aplique vaselina nas áreas irritadas e seque cuidadosamente a pele, sem esfregar.
- A dieta equilibrada é fundamental para que o
sistema imunitário da criança seja ideal por forma a não agravar a doença.
- Certifique-se que a criança não é exposta ao
fumo de cigarro e que ela própria não se torna fumadora.
- Procure envolver as crianças e os seus melhores
amigos em discussões com os professores, ajudando-as de um ponto de vista
social a aprender a ignorar os comentários.
- O stress psicológico pode ter impacto na condição da doença. Se a psoríase piorar considere a hipótese de recorrer a um psicólogo logo numa fase inicial.
Sobre
a psoríase
A
psoríase é uma doença auto-imune que se manifesta no nosso maior órgão – a
pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu
aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo
aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam
sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca
de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em
Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em
todo o mundo.
Sobre
a PSOPortugal
A
PSOPortugal, entidade com seis anos de existência, constituída em 2005, tem
vindo a defender, apoiar e dar voz aos doentes de psoríase. E também a alertar
e sensibilizar a sociedade para a discriminação social e profissional de que
são alvo os cerca de 250 mil portugueses que sofrem de psoríase.
Insuficientes renais têm três vezes mais probabilidades
de
ter doenças cardiovasculares
Setembro de 2012 – No mês em que se comemora o Dia Mundial do Coração
importa sublinhar a interligação do coração e dos rins e apresentar algumas
dicas que vão proteger e aumentar a longevidade destes dois órgãos vitais para
a vida humana.
Fernando
Nolasco, Presidente da Sociedade Portuguesa “Os rins e o coração estão
interligados ao ponto de qualquer estilo de vida que aumente o risco de doença
cardíaca, aumenta também o risco de doença renal. As pessoas com insuficiência
renal têm três vezes mais probabilidade de ter doenças do coração e,
adicionalmente, a pressão arterial elevada provoca tantos dados nos rins como
no coração”. O especialista sublinha ainda que “Quanto mais avançada for a
falência dos rins, maior é a probabilidade de haver também doença
cardiovascular e o doente renal apresenta dez vezes mais probabilidade de
morrer por enfarte do miocárdio”.
Para
proteger o coração e os rins, a Sociedade Portuguesa de Nefrologia recomenda:
- Ande a pé, pelo menos 1 hora
por dia, cinco vezes por semana, durante 30 minutos.
- A natação ou apenas o andar
dentro de água ajudam ao bom desempenho cardíaco.
- Não utilize o elevador, prefira
sempre a escada.
- Beba bastantes líquidos. Esta prática vai protege-lo dos cálculos renais, da desidratação e das infecções ao nível da bexiga.
Em Portugal,
estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da
doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico
tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.
Todos os anos
surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal
existem actualmente 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal
(cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em
lista de espera a possibilidade de um transplante renal.
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