quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Saúde no Verão





Orientações alimentares para quem sofre de insuficiência renal

Médicos alertam: marisco, conservas e sal em excesso proibidos para insuficientes renais
A época do verão é uma altura em que as pessoas têm mais tendência para os excessos como a alimentação desequilibrada que se leva para a praia, o consumo excessivo de gelados e marisco e os churrascos compostos por carne ou peixe repleta de sal. É por isso que a Sociedade Portuguesa de Nefrologia (SPN) alerta os doentes com insuficiência renal crónica para a necessidade de terem cuidado com a alimentação, e também cautela para não correrem riscos de desnutrição.
“A tendência de maior consumo de sal pode afectar a saúde do sistema cardiovascular e consequentemente do rim. A escolha da dieta por parte do médico é sempre feita de uma forma individualizada, pois uma boa alimentação é fundamental para reduzir as complicações no doente renal e melhorar a sua qualidade de vida”, refere Fernando Nolasco, presidente da SPN.
A perda da funcionalidade dos rins faz também com que o potássio se acumule no sangue. “Quando os níveis ficam muito altos, o doente tende a sentir debilidade muscular, tremores e fadiga e pode correr risco de vida”, alerta o nefrologista. Uma alimentação saudável e regrada é parte fundamental do plano de tratamento dos doentes com insuficiência renal crónica, além da terapia farmacológica e dos tratamentos convencionais (diálise, hemodiálise e transplante renal).
Em Portugal, estima-se que 800 mil pessoas sofram de doença renal crónica. A progressão da doença é muitas vezes silenciosa, o que leva o doente a recorrer ao médico tardiamente, já sem qualquer possibilidade de recuperação.
Todos os anos surgem mais de 2 mil novos casos de doentes em falência renal. Em Portugal existem actualmente 16 mil doentes em tratamento substitutivo da função renal (cerca de 2/3 em diálise e 1/3 já transplantados), e cerca 2 mil aguardam em lista de espera a possibilidade de um transplante renal.

Recomendações da SPN para o verão:

·                     Comer lentamente, mastigando bem;

·                     Procurar estabelecer horários regulares para as refeições, comendo todos os dias à mesma hora.

·                     É importante que se pese os alimentos para conhecer a quantidade que se pode ingerir.

·                     É aconselhável a prática diária de exercício físico, de acordo com as suas possibilidades.

·                     Para além disso, alguns alimentos devem ser proibidos na sua alimentação de um de um doente em tratamento: queijo salgado e rico em potássio e fósforo; produtos de charcutaria (presunto, carnes salgadas e fumadas); conservas ou concentrados de carne e peixe; peixe salgado ou fumado, mariscos e crustáceos; sopas instantâneas, purés instantâneos, pratos comercializados; cacau, chocolate e gelados, não abusar dos chamados açúcares simples como o açúcar, caramelo, mel, compotas; gorduras salgadas como a manteiga salgada, banha e toucinho.

·                     Relativamente ao consumo de sal, tente tirar o saleiro da mesa; substitua o sal por condimentos e ervas como a salsa, alecrim, orégãos, e outros; leia o rótulo dos alimentos para verificar a quantidade de sódio porque alguns alimentos processados concentram tanto sódio que uma única porção tem uma quantidade superior à recomendada para a ingestão diária.
Com a simples alteração dos hábitos de vida, é possível minimizar um conjunto de complicações associadas à patologia. 


Associação Portuguesa de Psoríase aconselha exposição solar moderada
Doentes com psoríase temem ir à praia por vergonha
“Apesar da exposição solar induzir melhorias na psoríase, muitos doentes inibem se de ir à praia para não sofrerem com o preconceito de mostrar a sua doença às outras pessoas, que a confundem erradamente, com uma doença contagiosa”, alerta Vitor Baião, presidente da PSO Portugal.
E acrescenta: “É importante saber que o sol traz algumas melhorias nas lesões na pele e pode mesmo ajudar na regressão da doença. Por isso, os doentes de psoríase devem ir à praia, sem esquecer os horários adequados e aplicar um hidratante corporal depois da exposição solar”.

PSO Portugal – Associação Portuguesa de Psoríase – recomenda:

  • O sol é bom para a psoríase porque ajuda a pele a cicatrizar e a reduzir a inflamação. Uma curta exposição diária ao sol, evitando as queimaduras solares, é suficiente para fazer desaparecer as placas. Por isso tenha cuidado quando vai para o sol: proteja a sua pele, evite a exposição ao sol entre as 10h00 e as 15h00, expondo-se ao sol por períodos graduais. Não se esqueça que os raios do sol passam através do vidro, nuvens, água e da roupa fina, sendo reflectidos pela água e pela areia. 
  • Apesar do sol poder ser bom para a pele psoriática, as pessoas com psoríase devem proteger-se contra os efeitos nefastos dos raios UVA e UVB. Encontram-se disponíveis protectores solares formulados para pele atópica, que hidratam a pele e protegem-na do sol, o que é essencial na psoríase. É uma boa ideia procurar um protector solar à prova de água.
  • A roupa que esteja demasiado apertada pode irritar a pele e tende a agravar os sintomas. Aproveite o tempo quente para usar roupas leves, largas e confortáveis que irão fazê-lo sentir-se mais relaxado e confiante. Escolha fibras naturais e macias como o algodão para todas as suas roupas, incluindo a roupa interior.
Não se esqueça daqueles acessórios tão úteis: um chapéu ao seu tamanho e um par de óculos escuros.
  • As pessoas com psoríase podem gozar os prazeres do verão como o nadar, mas devem tomar algumas precauções: aplicar um hidratante antes, limitar o tempo que está na água e tomar um duche para se livrar de qualquer cloro, químicos ou sal que possam irritar a pele sensível. Apesar de dever evitar nadar quando as suas lesões estão gotejantes, a água do mar tem muitas vezes um efeito benéfico na psoríase. Muitas pessoas dizem que tomar banho no mar ajuda a desfazerem-se das escamas e também a relaxarem.
A psoríase é uma doença auto-imune que se manifesta no maior órgão – a pele, não sendo contagiosa é crónica e pode surgir em qualquer idade. O seu aspecto, extensão, evolução e gravidade são variáveis, caracterizando-se pelo aparecimento de lesões vermelhas, espessas e descamativas, que afectam sobretudo os cotovelos, joelhos, região lombar, couro cabeludo e unhas. Cerca de 10 por cento dos doentes acabam por desenvolver artrite psoriática. Em Portugal esta doença afecta mais de 250 mil pessoas e cerca de 125 milhões em todo o mundo.

De "Jornal do Norte" para "Tempo caminhado"

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