quinta-feira, 12 de julho de 2012

VILA REAL - Lançamento de "Memórias de Céu e Inferno" de A. Passos Coelho


Memórias de Céu e Inferno

Esta história passa-se no tempo em que foi inventada a esferográfica

Sinopse

A trama genialmente urdida nesta história, desenvolve-se em torno do destino do seu protagonista.
Entregue ainda de peito, por sua mãe que definhava da doença, a uma sua tia, Silvestre passa na pequena aldeia da Peneda, localizada entre o Marão e o Alvão, uma infância de brutal pobreza.
As condições de miséria da família, descritas de forma sublimada nos primeiros dois capítulos, forçam os tios, passados oito anos, a entregá-lo, depois de uma despedida confrangedora, a um casal de Lamego (o sr. Xando e a D. Guida), na condição de o tratarem como se fosse filho.
Como, de facto, sucedeu. Da pobreza total, Silvestre passa a ter uma vida requintada em que nada lhe falta, onde tudo era novidade. Da postura na mesa, dos comeres, da roupa, etc.
Companheiro de Cesarinho, o filho paraplégico do casal, o pequeno Silvestre vive no Paraíso durante cinco anos. Com a morte de D. Guida, retorna ao Inferno. E por imposição da irmã viúva do sr. Xando que vive em Sesimbra e para lá quer levar o irmão e o sobrinho (na companhia da criada, Balbina), é, de novo, votado a outro destino.
Entregue a um casal de Chaves, vê-se de novo “sem eira nem beira”. Chorando compulsivamente junto da alma dilacerada do sr. Xando que o leva à Régua, segue no comboio para Chaves, onde o destino lhe coloca uma senhora de Tabuaço, dona da Quinta da Formiga, a D. Laurinda, com quem dialoga até Vidago.
Em Chaves é recebido pelo sr. Augusto, um comerciante respeitado na região, pela esposa, D. Céu, e pela criada, a Piedade. Tinha treze anos.
O sr. Augusto inicia-o no mester do negócio da “Casa Nóvoas”, uma casa de ferragens. Aí tem como colegas o velho Guilherme e o Artur.
No ano seguinte cria uma grande amizade com Celso, filho do dono do café mais importante da cidade, que lhe aconselha certas leituras e o inicia nos prazeres carnais, levando-o ao “Catequero”, onde conhece Flora.
Cinco anos passados, envolve-se amorosamente com D. Céu, por iniciativa dela. Durante algum tempo vivem uma paixão escondida, com encontros fortuitos e troca de cartas.
O sr. Augusto despede-o. Terá sabido do caso? É uma interrogação que fica no ar. Celso emprega-o no café. Mais tarde o sr. Augusto, promove-o a sócio gerente da firma. Atacado pela doença, o comerciante suicida-se.
Como terminará a história? Descubra o leitor adquirindo o livro.
Armando Palavras


Amónio Passos Coelho nasceu em Valnogueiras (Vila Real) em 1926. Formou-se em Medicina na Universidade de Lisboa. Estagiou no caramulo (1954). Em 1960 obtém a especialidade em Pneumotisiologia. Em 1970 exerce funções em Angola, onde é encarregado de organizar a luta antituberculosa. Em 1973 é nomeado Director do Hospital-Sanatório de Luanda e é responsável pelo curso de Tisiologia na Faculdade de Medicina de Luanda.
Regressado a Portugal desenvolveu a actividade em Vila Real, onde desempenhou numerosos cargos. Paralelamente desenvolveu uma considerável actividade literária, publicando vários livros de contos como Gente da Minha Terra e Histórias Selvagens. Além de poesia, dedicou-se ao romance: Caramulo (reeditado em 2006), Zélia (2008) e Angola, Amor Impossível (2011).



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