Estrangeiros criam mundo à parte
na Rio+20
Durante dez dias, o Rio de
Janeiro será um pequeno mundo à parte, no qual há estrangeiros vestidos com
seus trajes típicos, falando os mais diferentes
idiomas e mantendo seus hábitos culturais. É a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Só para a cobertura de
imprensa, 3 mil jornalistas estão credenciados para o evento. No pavilhão da
alimentação no Riocentro, local destinado às discussões políticas, os
estrangeiros se reúnem e elogiam a forma como são tratados pelos brasileiros.
A delegação do Sri Lanka, com 13
pessoas, costuma se reunir na hora das refeições. Segundo os jornalistas, é uma
maneira para manter os assuntos em dia e trocar impressões. Nilanthi
Sugathadasa, do Sri Lanka, disse estar otimista em relação às negociações na
Rio+20. Também elogiou as belezas naturais do Rio. “A cidade é linda e estão
nos dando um ótimo suporte. Está muito bom”, disse ela.
O norte-americano Peter Haztewood
lembrou que as negociações ainda estão “só no começo”, mas que é possível
manter o otimismo sobre os avanços que serão alcançados. Segundo ele, o ponto
alto dos debates se refere à economia verde. Ao ser perguntado sobre as
impressões a respeito do Brasil e do Rio de Janeiro, o norte-americano abriu um
sorriso e disse: “Eu amo o Rio. Eu amo o Brasil”.
O jornalista de Fiji (na Oceania)
Alfred Ralifo disse que no caso do seu país o debate mais importante se refere
à preservação dos oceanos e da proteção da biodiversidade em alto-mar. Segundo
ele, sua expectativa é que o tema tenha destaque no documento final, a ser
firmado pelos chefes de Estado e de Governo, no dia 22. Modernamente vestido e
articulado, Ralifo foi categórico ao falar do Brasil e do Rio. “É lindo. Amo o
Rio e amo o Brasil”, disse ele.
As africanas de Gana Sabina
Meusah e Nana-Fofu Randall disseram ter uma impressão positiva sobre o Brasil a
partir da recepção no aeroporto, quando ouviram samba e bossa nova. Ambas
lembraram que as negociações na Rio+20 estão apenas no começo, mas que esperam
avanços principalmente para os países da África. “Agora temos voz. Aqui somos
ouvidos”, disse Meusah. “Para mim, o mais importante é a inclusão social, a
preocupação com o futuro das crianças”, acrescentou Randall.
De "Jornal do Norte" para "Tempo Caminhado"
Sem comentários:
Enviar um comentário