Humberto Cerqwueira - Presidente da Cãmara Municipal |
Em Mondim de Basto é tradição, na
Solenidade do Corpo de Deus, a população ornamentar as principais ruas da Vila
com passadeiras de flores, particularmente aquelas por onde passa a procissão
com o Santíssimo Sacramento.
Pelo terceiro ano consecutivo, os
funcionários da autarquia aliaram-se a estes festejos e decoraram a rua da
Praça do Município com motivos do quotidiano e da fé, preparando um cenário digno
da visita.
As ruas da Vila adquiriram um
aspeto diferente, o que atraiu muitos visitantes a Mondim de Basto.
Para o Presidente da Câmara, Humberto Cerqueira, tratou-se de um
gesto de entreajuda que pretende ver repetido em iniciativas futuras, “queremos
preservar esta tradição e, por isso, colaborámos com a população na
ornamentação das ruas”.
Presidente da Câmara envolve população na luta contra encerramento do tribunal
Humberto Cerqwueira - Presidente da Cãmara Municipal |
Na sequência das últimas notícias
que apontam para o encerramento do Tribunal de Mondim de Basto, o Presidente da
Câmara, Humberto Cerqueira, reuniu no passado dia 5 de junho com diferentes
forças ativas do concelho: Vereadores, Presidentes de Junta, Membros da
Assembleia Municipal, líderes das Comissões Políticas locais, Advogados e
representante da Ordem dos Advogados no concelho, Solicitadores, funcionários
do Tribunal e Núcleo Empresarial.
Nesta sessão, o Presidente da
autarquia deu conta dos contactos e das ações que tem desenvolvido no sentido
de fazer valer os interesses da população Mondinense, nomeadamente, a
deslocação a Lisboa e ao Ministério da Justiça para manifestar o seu
descontentamento face à decisão de encerramento do Tribunal de Mondim de Basto,
bem como a sua participação nas diferentes iniciativas de protesto contra a
mesma medida.
Foram também analisadas as
consequências do anunciado encerramento para as pessoas e a economia local.
Como referiu Humberto Cerqueira
na sua intervenção, “quando o comércio local passa por imensas dificuldades,
quando assistimos à saída de pessoas para o estrangeiro, quando os níveis de
desemprego são preocupantes, o Governo encerra serviços públicos”.
No futuro, os Mondinenses terão
de se deslocar dezenas de quilómetros até Vila Real ou Chaves, por estradas
sinuosas e sem uma rede de transportes públicos. Humberto Cerqueira explicou
que “se o Tribunal encerrar uma pessoa para se deslocar a Chaves para um
julgamento terá de pagar 75 euros de táxi, mais 15 euros por cada hora de
espera. Um reformado com 200 euros de reforma mensal terá de deixar de comer ou
de tomar os medicamentos para ter acesso à justiça. O acesso à justiça é um
direito constitucional! São
números que, quem fez esta reforma a partir do Terreiro do Paço, desconhece.
Temos de lembrar isto à Sra. Ministra da Justiça. Na idade média, o povoamento
do interior do país teve como pilar fundamental o acesso à justiça por parte
das populações, hoje o governo resolve o problema do despovoamento encerrando
serviços públicos e negando aos cidadãos o acesso a direitos fundamentais”.
Nesta sessão todos os
intervenientes foram unânimes em reconhecer que o encerramento do tribunal é
prejudicial ao concelho e que a população deve demostrar esse descontentamento.
De "Jornal do Norte"
para "Tempo Caminhado"
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