É
importante esclarecer que, essa foi uma decisão histórica, rumo à independência
de Portugal, que ocorreria, cerca de 3 anos mais tarde, no dia 24 de Junho de
1128, no rescaldo da vitória, na Batalha de S. Mamede, contra sua mãe e
respetivos partidários galegos.
Quando,
em 1143, ali celebrou o convénio com o primo Afonso VII de Castela e Leão, já
possuía essa exigência legal, para que a sua vitória na Batalha de S. Mamede
confirmasse o nascimento de Portugal.
Um
grupo de Vimaranenses, independente do poder político, discordando de que a
câmara não comemorasse os 900 anos do nascimento de D. Afonso Henriques em 25
de Julho de 2011 e o antecipasse para 2009, passou a celebrar anualmente, entre
2011 e 2019, o aniversário do Primeiro Rei, lutando para anular a imposição
política de 1109 como data oficial do nascimento.
Aquele grupo foi engrossando desde a celebração, em 2011, dos 9 séculos do nascimento do rei Fundador. Com a mudança política, a autarquia mudou, não de partido, mas de pessoas. E o movimento inicial acabou por obter personalidade jurídica, em Fevereiro de 2019. Os associados teimaram e, após alguns desânimos naturais, fruto da insípida adesão ideológica, mormente no apoio financeiro, a direção da Grã Ordem tem sabido superar essa falha e o trabalho está à vista.
No
adro da Sé de Zamora já impera, em granito de S. Torcato, uma escultura de D.
Afonso Henriques, enquanto jovem, trabalhada e ofertada por um artista
Vimaranense.
Fruto
dessa dinâmica, nos dias 16 e 17 deste mês, a Grã Ordem Afonsina (GOA) promoveu
a realização de dois concertos com o coro zamorano Capella Ocelum Durii:
um, dia 16, na Sé do Porto; outro no dia 17, na Sé Catedral de Braga,
assinalando os 100 anos do Seminário de Nª Srª da Conceição. O Arcebispo de Braga,
D. José Cordeiro, participou, na tarde do último Domingo, neste concerto. Ambas
as Sés estiveram repletas de público que, graciosamente, assistiu aos
concertos.
O
Coro Capella Ocelum Durii, fundado em Zamora em 2017, é composto por 12
cantores, destacando-se, pela especialização em polifonia, de vozes graves, uma
tradição que tem vindo a perder espaço, face aos coros mistos. Originalmente
criado para celebrações em honra da Beata Erundina Colino, mártir da Guerra
Civil Espanhola, tornou-se um grupo permanente, em 2024, sob a direção de
Monsenhor Pablo Colino.
É o
despertar de uma grande jornada para celebrar as datas históricas mais
simbólicas entre Portugal e a vizinha Espanha.
Barroso
da Fonte