Era abril e estive lá é um livro de memórias, que integra dezenas de
documentos e fotografias, relacionadas com os acontecimentos relativos àquelas
datas. Entre muitos outros factos, o livro relata a participação do autor na
libertação dos presos políticos do Forte de Caxias. Durante o golpe de 25 de
Abril, 25 de Novembro e nos anos subsequentes.
Cronista, colaborador de vários jornais e revistas, em 1996 publicou o
seu primeiro livro, a que deu o título de "Crónicas com Canela, Sal e
Pimenta", uma colectânea das suas muitas crónicas versando temas
políticos. "Maldito Minério” foi a sua primeira novela. Escreveu em livro
uma grande reportagem sobre o Kosovo.
Em 17 de Dezembro de 2009 apresentou no Arquivo Municipal de Vila Real o
livro “Maldita Justiça”. A apresentação contou com a presença do então
Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, e de um juiz desembargador da
Relação de Coimbra, Artur Dias. Depois de um interregno de seis anos, publicou
em 2015 um novo livro com inspiração no seu neto e, desde então, vários outros.
Obras publicadas: Crónicas com Canela, Sal e Pimenta (1996), Maldito Minério (1999);
Kosovo e a Estratégia Errática de Portugal (2001); Assim se Moldava o
Barro (2003); No Laró (2004); Maldita Justiça (2009); A
Romãzeira Chorosa (2015); Porque Acredito (2016); Francisco e o
Pardalito (2016); Da Minha Janela Vejo... (2019); Quase Fábulas (2019);
VENI, VIDI… XX Anos de Intervenção Política e Social (2020); Este
Advogado Não Existe (2021); Pacheco, o africano (2021); Migalhas (2022).
Este mais recente livro de Caseiro Marques vai ser apresentado no Arquivo
Distrital de Vila Real, no dia 19 de Abril (sexta-feira), pelas 21.30 horas.
Caseiro Marques foi co-fundador do Jornal Notícias de Vila Real e acaba
de ser reeleito Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Academia de Letras de
Trás-os-Montes. Vão participar na apresentação desta obra notáveis
personalidades da política e da cultura, nomeadamente: o Embaixador Francisco
Seixas da Costa e o Engº Victor Louro.
Finalmente os oficiais milicianos que foram testemunhas insuspeitas,
desses treze anos de guerra, começam a dizer a verdade. Neste meio século, cada
capitão insubordinado contou a sua verdade. Houve três categorias: os
discordantes dos milicianos, os oficiais superiores que aspiravam
(legitimamente) a oficiais generais e viram as suas promoções interrompidas e
extintas e aqueles que nem acabaram os seus cursos e optaram pela adaptação
mais cómoda. Das promoções administrativas e antecipadas praticamente ninguém
soube. De condecorações só agora começa a falar-se, como esta: «Marcelo Rebelo de Sousa condecorou todos os membros da
Junta de Salvação Nacional, que, além de António de Spínola e Francisco da
Costa Gomes, incluía o almirante Rosa Coutinho, o general Jaime Silvério
Marques, Carlos Galvão de Melo, Diogo Neto. Todas estas personalidades foram
condecoradas a 6 de julho, com um grau inferior: o de Grande Oficial da Ordem
da Liberdade». Os burros de carga e carne para canhão, que foram toda a
soldadesca e os verdadeiros filhos do povo e que os muros do Monumento Nacional
aos Combatentes mencionam, como mortos, nem tujem nem mujem, como diz o povo.
Parabéns Caseiro Marques.
Barroso da Fonte
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