sábado, 13 de abril de 2024

Caseiro Marques: Era Abril e estive lá

 

António Francisco Caseiro Marques é natural de Carapito, freguesia do concelho de Aguiar da Beira. Nasceu em 1951 e licenciou-se em Direito, na Universidade Clássica de Lisboa, após um período em que prestou serviço no 21º CFORN, da classe de Fuzileiros, servindo a Marinha durante onze anos e atingindo o posto de Primeiro-Tenente. Terminou a sua carreira militar em 1983, depois de prestar serviço durante três anos, na Chefia do Serviço de Justiça no Estado-Maior da Armada.

Era abril e estive lá é um livro de memórias, que integra dezenas de documentos e fotografias, relacionadas com os acontecimentos relativos àquelas datas. Entre muitos outros factos, o livro relata a participação do autor na libertação dos presos políticos do Forte de Caxias. Durante o golpe de 25 de Abril, 25 de Novembro e nos anos subsequentes.

Cronista, colaborador de vários jornais e revistas, em 1996 publicou o seu primeiro livro, a que deu o título de "Crónicas com Canela, Sal e Pimenta", uma colectânea das suas muitas crónicas versando temas políticos. "Maldito Minério” foi a sua primeira novela. Escreveu em livro uma grande reportagem sobre o Kosovo.

Em 17 de Dezembro de 2009 apresentou no Arquivo Municipal de Vila Real o livro “Maldita Justiça”. A apresentação contou com a presença do então Bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, e de um juiz desembargador da Relação de Coimbra, Artur Dias. Depois de um interregno de seis anos, publicou em 2015 um novo livro com inspiração no seu neto e, desde então, vários outros.

Obras publicadas: Crónicas com Canela, Sal e Pimenta (1996), Maldito Minério (1999); Kosovo e a Estratégia Errática de Portugal (2001); Assim se Moldava o Barro (2003); No Laró (2004); Maldita Justiça (2009); A Romãzeira Chorosa (2015); Porque Acredito (2016); Francisco e o Pardalito (2016); Da Minha Janela Vejo... (2019); Quase Fábulas (2019); VENI, VIDI… XX Anos de Intervenção Política e Social (2020); Este Advogado Não Existe (2021); Pacheco, o africano (2021); Migalhas (2022).

Este mais recente livro de Caseiro Marques vai ser apresentado no Arquivo Distrital de Vila Real, no dia 19 de Abril (sexta-feira), pelas 21.30 horas.

Caseiro Marques foi co-fundador do Jornal Notícias de Vila Real e acaba de ser reeleito Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Academia de Letras de Trás-os-Montes. Vão participar na apresentação desta obra notáveis personalidades da política e da cultura, nomeadamente: o Embaixador Francisco Seixas da Costa e o Engº Victor Louro.

Finalmente os oficiais milicianos que foram testemunhas insuspeitas, desses treze anos de guerra, começam a dizer a verdade. Neste meio século, cada capitão insubordinado contou a sua verdade. Houve três categorias: os discordantes dos milicianos, os oficiais superiores que aspiravam (legitimamente) a oficiais generais e viram as suas promoções interrompidas e extintas e aqueles que nem acabaram os seus cursos e optaram pela adaptação mais cómoda. Das promoções administrativas e antecipadas praticamente ninguém soube. De condecorações só agora começa a falar-se, como esta: «Marcelo Rebelo de Sousa condecorou todos os membros da Junta de Salvação Nacional, que, além de António de Spínola e Francisco da Costa Gomes, incluía o almirante Rosa Coutinho, o general Jaime Silvério Marques, Carlos Galvão de Melo, Diogo Neto. Todas estas personalidades foram condecoradas a 6 de julho, com um grau inferior: o de Grande Oficial da Ordem da Liberdade». Os burros de carga e carne para canhão, que foram toda a soldadesca e os verdadeiros filhos do povo e que os muros do Monumento Nacional aos Combatentes mencionam, como mortos, nem tujem nem mujem, como diz o povo.

Parabéns Caseiro Marques.

Barroso da Fonte



Sem comentários:

Enviar um comentário