segunda-feira, 29 de novembro de 2021

A propósito de duas garrafas: uma alentejana e outra duriense

Raramente reproduzimos um comentário no corpo principal do blogue. Fizemo-lo umas três ou quatro vezes nestes 11 anos de Tempo Caminhado. Este, de Jorge Golias, a propósito de um texto de Jorge Lage (https://tempocaminhado.blogspot.com/2021/11/um-alentejano-generoso-notas-de-rodape.html), bem merece que assim seja.


1 comentário:

  1. Venho aqui chamado por esta bela crónica do meu amigo Jorge Lage feita com uma simples peça vinícola oferecida por um amigo ocasional, num acto de bondade pura, mas também de amor por um objecto que não tinha preço: uma garrafa de tinto de Convento da Vila com 21 anos. 

  2. E o Jorge, num gesto de inteligência emocional, a colocou na sua secretária para que lhe sirva de talismã nas suas lavouras de escrita. E fez bem porque até a mim já me inspirou esta resposta, trazendo também aqui a história de uma garrafa de vinho que me foi oferecida pelo primo Artur Sales Major quando casei em 1967. A garrafa é de vinho de Favaios 1960, título este inscrito numa nota de 5 cts de Mirandela. Pois hoje fui à descoberta da garrafa, está aqui também na minha secretária, espreitei o conteúdo, esperando ver turvação e espantado mirei um líquido transparente, limpo, e a pedir que o bebam. Um dia será, mas com testemunhas e bem próximo que se faz tarde. Assim, pegando em coisas simples como estas que nos inspiram seguimos a corrente da modernidade que se propõe partir do efémero (o vinho que se bebe e desaparece) para chegar a algo mais perene (como estas escritas que ficam ai para que se degustem quando se entender). Bem haja então o senhor Bolas, que nos juntou nesta escritas simples e boas de ler.
    Jorge Sales Golias

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