Cerca de 600 escolas afectadas pela Covid 19

Os dados, como se previu neste espaço, estão aí. Gostaríamos de nos ter enganado, mas infelizmente o tempo deu-nos razão. Os números da última semana e desta são assustadores. Houve quem, a devido tempo, anunciasse estes dados com base científica. E houve gente culta que alertou para isso.

O matemático Carlos Antunes indicou a verdadeira razão desta subida: o contacto social que coincidiu com a abertura das escolas. Estas abriram a 16 de Setembro e a subida dos números verifica-se a partir de 23 de Setembro.

Contudo o Ministro da Educação e o dr. Costa insistiram na asneira. E não insistiram na asneira por acaso. Insistiram unicamente por questões ideológicas, às quais se acrescentaram as económicas.

Tanto o dr. Costa como o Doutor Brandão são filhos de uma cultura socrática e lurdesca, da qual infelizmente o ensino ainda se não livrou. Uma cultura gramsciana, cujo objectivo não é a defesa dos cidadãos, neste caso dos professores, alunos e funcionários, mas da experiência social iniciada em 1917. Relatar neste escrito as experiências educativas soviéticas, onde estiveram empenhados homens como Gorki, Pavlov, ou a esposa de Lenine, daria “pano para mangas”. Foi o próprio dr. Costa e o Ministro da Educação que o disseram. Está escrito e documentado, em artigos dos jornaleiros portugueses que saíram a público há cerca de quatro meses. Era necessário, disseram, que se avançasse com a imunidade de grupo! Infelizmente para estes lunáticos gente que sabe da coisa informou que essa imunidade de grupo só resultaria com a descoberta da vacina! Mas mesmo assim insistiram na asneira abrindo a todo o custo as escolas. E abri-las como se estivéssemos a 10 de Março passado. Obrigando os professores a comparecerem a todo o custo, e obrigados a dar aulas como se estivessem em 2008 – “Tudo ao molho e fé em Deus!”. Quando a coisa poderia ter sido resolvida com alguma decência e sensatez, ou seja, com sabedoria.

A vermelho os concelhos onde
 existem escolas atacadas
pela COVID 19

Mesmo assim, com os dados na mesa, o Doutor Brandão insiste na asneira (até um dia, que esperamos breve, mas que não fique impune!). No jornal Sol de 30 de Novembro vinha isto: “Ministro diz que "escolas não são focos privilegiados de propagação" e insiste nas aulas presenciais”.

Insiste nas aulas presenciais por vários motivos, incluindo o que se disse acima sobre a ideologia soviética. Quanto a insistir na asneira de que as “escolas não são focos privilegiados de propagação”, deve ouvir o matemático Carlos Antunes e quem percebe da coisa.

O que é certo, é que o levantamento da Fenprof destruiu por completo a teoria do Doutor Brandão. Quando a DGS dizia que nas escolas havia 49 surtos, já a Fenprof apresentava 400 estabelecimentos de ensino afectados pela Covid 19.

Ninguém dizia nada; o silêncio era total, e os jornaleiros pagos para isso, entretinham o pagode com o sr. Trump e o sr. Joe.

Lista atualizada às 17 horas de 5 de novembro com 593 estabelecimentos

Tanto o ministro da educação, como o dr. Costa irão insistir na asneira em relação às escolas, mas a realidade vai tramá-los. E os quatro pontos que apontámos seriam suficientes para travar esta escalada assustadora.

Matosinhos, Murça, Vila Viçosa, Beja e outros pontos do país (que ainda estão no segredo xuxa), já tomaram as posições que estes cavalheiros deveriam ter tomado há muito. Para lá terá que caminhar o país escolar: para o ensino misto.