"Os fundos são a oportunidade que Portugal tem de
não ser a lanterna vermelha da zona euro"
Antigo primeiro-ministro e ex-Presidente da República
regressa à obra dos seus governos para defender que é preciso um projeto
social-democrata "coerente" que tire o país da cauda do
desenvolvimento.
17 Outubro 2020
Aníbal Cavaco Silva, antigo
primeiro-ministro e ex-Presidente da República.
© Leonardo Negrão/Global Imagens
Diz-se preocupado com o rumo de Portugal. Que,
assegura, "está em risco" de se tornar, dentro de poucos anos, a
lanterna vermelha dos países da zona euro, o mesmo que dizer o menos desenvolvido
entre 19 e a resvalar para a cauda dos 27. "Seria uma tristeza para mim,
que vivi os primeiros dez anos do país na União Europeia [UE]",
afirma Aníbal Cavaco Silva, numa altura em que lançou um novo livro -
"o último político" que escreverá -, Uma Experiência de
Social-Democracia Moderna, no qual revela a inspiração para as grandes
obras dos seus governos. E, sem tocar na governação atual, é taxativo: a
"bazuca" financeira, termo que também apadrinha, da UE para
responder à crise gerada pela pandemia, esses "fundos são a oportunidade
que Portugal tem" de sair da debilidade em que caiu "ao
longo dos últimos anos". E não se cansa de elogiar o trabalho
"notável" da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der
Leyen, para que tudo isto seja possível.
"Tenho alguma dificuldade em perceber porque é
que partidos políticos, políticos em geral, analistas, comentadores e boa parte
da comunicação social não estão seriamente preocupados com o risco
que Portugal corre de dentro de poucos anos poder ser o país menos
desenvolvido entre os 19 da zona euro. Só dois países estão neste momento atrás
de Portugal, é a Grécia e a Letónia", afirma o antigo primeiro-ministro e
líder do PSD.
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