domingo, 5 de julho de 2020

Antologia de poesia grega, traduzida pelo Professor Frederico Lourenço

Acabámos de adquirir a Antologia de poesia grega, traduzida pelo Professor Frederico Lourenço. É uma reedição do livro publicado pela Cotovia em 2006, agora melhorado e bilingue pela Quetzal.
Frederico Lourenço incluiu, “à guisa de prelúdio”, passagens de Hesíodo, poeta que se presume contemporâneo de Homero. De Teócrito, autor nascido em Siracusa, um dos mais célebres do período helenístico.
A nova edição tem mais um “idílio” relativamente à de 2006. Foram ainda inseridos “fragmentos” de Calímaco, bibliotecário de Alexandria, poeta que morreu aos 70 anos, no Egipto, onde viveu as suas duas últimas décadas.
“Frederico Lourenço afirma que estes “fragmentos” são “de primeira importância”, e sublinha a sua influência na poesia produzida, mais tarde, em Roma”.
O Professor alerta para a importância de se introduzir o Grego e o Latim no Ensino Secundário porque, neste campo, estamos mesmo na cauda da Europa, a deslizar para o outro lado do Mediterrâneo…
Além da beleza deste século de ouro da poesia grega, satisfaz-nos, especialmente, os fragmentos de rara beleza de Safo, dificilmente de encontrar em traduções como esta.


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BIOGRAFIA
Ensaísta, tradutor, ficcionista e poeta, Frederico Lourenço nasceu em Lisboa, em 1963, e é atualmente professor associado com agregação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e membro do Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da mesma instituição. Foi docente, entre 1989 e 2009, da Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Línguas e Literaturas Clássicas (1988) e se doutorou em Literatura Grega (1999) com uma tese sobre Eurípides, orientada por Victor Jabouille (Lisboa) e James Diggle (Cambridge). Publicou artigos sobre Filologia Grega nas mais prestigiadas revistas internacionais (Classical Quarterly e Journal of Hellenic Studies) e traduziu a Ilíada e a Odisseia de Homero, bem como um volume de poesia grega, tragédias de Sófocles e de Eurípides, e peças de Goethe, Schiller e Arthur Schnitzler. No domínio da ficção, é autor de Pode Um Desejo Imenso (2002). Na poesia, é autor de Santo Asinha e Outros Poemas e de Clara Suspeita de Luz. Publicou ensaios como O Livro Aberto: Leituras da Bíblia, Grécia Revisitada, Estética da Dança Clássica e Novos Ensaios Helénicos e Alemães (Prémio PEN Clube de Ensaio 2008). Recebeu ainda os prémios PEN Clube Primeira Obra (2002), Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (2003), Grande Prémio de Tradução (2003), Prémio Europa David Mourão-Ferreira (2006). Em 2016 iniciou na Quetzal a publicação dos seis volumes da sua tradução da Bíblia – que lhe valeu o Prémio Pessoa.

1 comentário:

  1. O que é ter sorte! Tanto prémio e tão bom... É o que se chamará "ver-se Grego" para chegar a estes prémios todos. Ainda dizem que Portugal não é generoso e reconhecido aos seus...
    Gostava tanto de saber grego para entender. E latim. Mas quase ninguém sabe...

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