Mário Adão Magalhães |
Rui Rio vai optar por uma forma persistente de desgastar António Costa, tendo com esse propósito escolhido a presidência parlamentar do seu Partido – o PPD / PSD.
Dá-lhe mais visibilidade e o forte apoio do seu núcleo duro dar-lhe-á confiança ou ânimo, com um certo populismo que mostra no Debate do Programa do Governo.
Sim. Vai fazê-lo bem assessorado, fará brilharetes e vai ganhar ou se quisermos recuperar a confiança dos críticos, coisa que recuperou, pouco, mas recuperou desde as Europeias em 26 de Maio. Não pelos resultados, mas por estratégias que as “direitas” têm – já tenho referido isso – bem conseguidas, que é unir-se ou silenciar-se, contrariamente às “esquerdas” e agora mesmo as “esquerdas desunidas”.
Desunidas, por enquanto.
Aquilo que poderia ser Rui Rio visitar o Parlamento e sair de cena, vai ter exactamente o efeito contrário. Os seus estrategas, a sua equipa e até os militantes, contagiando progressivamente os simpatizantes, e Costa – o primeiro, terá que se ater, nomeadamente com umas caneleirazinhas porque terá todo um PPD / PSD permanentemente a roer-lhe as respectivas canelas.
Digo-o sem ironia, e aquilo, sim, é eufemisticamente mas é a realidade. Outra realidade é que o PPD / PSD vai recuperar a simpatia – não sei se até a confiança de vários portugueses.
Rio deu sinal frontal ao vaticinar um mandato governativo incompleto. Parece-me muito pouco elegante. Pouco democrático, quiçá, pouco social-democrático, mas são efeitos de mau perdedor e sinal de coesão.
Na oportunidade voltamos com outras e mais opiniões.
Sem comentários:
Enviar um comentário