Sinclética Soares Santos Torres, a primeira deputada preta portuguesa

Foi, de forma trauliteira, avançado por adeptos daquele grupelho a que dão o nome de “Livre”, que Joacine Katar Moreira seria a primeira preta (perdão, eles que sabem pouco de semântica, dizem “negra”) a ocupar um lugar no Parlamento Português.

Esquecem-se que a 24 de Abril de 1974, existiam quatro mulheres (deputadas) na Assembleia Nacional: Custódia Lopes, Maria de Lourdes Filomena Figueiredo de Albuquerque, Maria Ester Guerne Garcia de Lemos e Sinclética Soares Santos Torres, deputada por Angola, entre 1965 e 1974, a quem se deve muita da atenção à questão da droga naquele território. Esta deputada (que era preta), defendia que se devia distinguir a toxicomania, enquanto “problema do mundo civilizado” dos consumos tradicionais efectuados pelas populações nativas. Morreu em Luanda em 2009.

Mas Sinclética não estava sozinha na representação dos afro-descendentes que participaram activamente em governos do Estado Novo. Alguns exemplos:

Martinho Nobre de Melo - Ministro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador de Portugal no Brasil;

Joffre Pereira Van Dunen - Deputado na Assembleia Nacional;

António Burity da Silva - Deputado na Assembleia Nacional.

É bom, portanto, repor certas verdades que esses grupúsculos e seitas totalitárias andaram ano após ano a esconder com as aldrabices do costume! Ao que parece o Estado Novo era mais aberto à igualdade de género e raça do que este Estadinho “Democrático” e CORRUPTO!