A data coincidiu com o dia de reflexão para as eleições legislativas que decorrem no domingo, 06 de Outubro, e levou a organização do desfile a estar mais atenta a cartazes e palavras de ordem que pudessem ser ditos e exibidos durante o percurso, mas não mais do que isso, até porque, como frisaram os dirigentes sindicais, as manifestações de professores não são habitualmente palco de campanha eleitoral ou apelo directo ao voto em candidatos.
A concentração foi marcada para as 14:30, no Marquês de Pombal, de onde os professores seguiram até ao Rossio, descendo a Avenida da Liberdade e passando pelos Restauradores.
No final não houve discursos, apenas breves saudações aos professores dirigidas, nomeadamente, pelos dois secretários-gerais das duas federações de professores, Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE).
Sob o lema do rejuvenescimento e valorização da profissão docente, os sindicatos aproveitaram o momento para marcar algumas das suas principais reivindicações que farão parte do caderno reivindicativo a apresentar ao próximo Governo, como um regime especial de aposentação, a revisão dos horários de trabalho, o combate à precariedade ou a recuperação integral do tempo de serviço congelado, um tema que as estruturas sindicais não dão por encerrado, apesar da votação de maio no parlamento, que negou a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias exigidos pelos professores.
A manifestação foi convocada não só pelas duas federações de professores, mas também por outros oito sindicatos mais pequenos.
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