Pereceu Diogo Freitas
do Amaral. O mundo já o sabe.
Só que quem pereceu é
um homem escorreito, formado e muito informado, um político vertical – não me
refiro a vertical de direito. Não. Mas de alto-a-baixo. Recto, polido.
Freitas do Amaral era
uma das reservas nacionais, assim dum escol que nos últimos anos nos vão
deixando, mas não estão a ser repostas na mesma proporção e começa a ser
preocupante.
Diogo Freitas do
Amaral é um homem (que nunca morre) daqueles para quem é faccioso ou
fundamentalista – para quem determinado tipo de carácter tem que ser património
da Esquerda ou da Direita, não colhe.
Se por aí fôssemos
teríamos que dizer que o CDS tem/teve dois homens que são/eram algo que
qualquer português deveria respeitar, orgulhar-se. São/eram eles Diogo Freitas
do Amaral e Adriano Moreira.
Mas prefiro vê-los
como portugueses.
Freitas do Amaral
continua a ser património que – numa espécie de senadores – como Adriano
Moreira – Portugal devia aproveitar mais, colher deles, ouvindo-os. Lendo-os.
Diogo Freitas do
Amaral tem fortes ligações a Felgueiras. Mas não é, nem teria que ser por isso,
que o aprecio.
Recordo em 1976 um
comício em Felgueiras – para quem conhece a cidade, a tribuna estava frente à
Câmara, mas voltada para o jardim – e lembro até que uma garrafa com água caíu
pelo meio das plantas ao lago naquele jardim.
Foi distribuído um
livro com o programa político de que recordo precisões, mas peço me dispensem
pormenores, para além do grafismo que era verde – um verde “deslaradinho” que
guardei até há cerca de um ano.
(A prosa é limitada
porque o director do BOM DIA, que também é felgueirense, me estimulou a
escrever esta meia dúzia de letras, porque hoje estou impróprio).
Termino dizendo que
há dois ou três dias me passou pelos olhos algo que escrevi sobre ele. Com toda
a certeza só pode dizer que é(ra) uma reserva portuguesa tal como Adriano
Moreira, que sendo menos novo, felizmente, ainda vive, mas, e na linha do que
venho dizendo, sub-aproveitado.
A Deus Freitas do
Amaral. Uma postura fidalga, no conceito da época, hoje figura de classe.
Sem comentários:
Enviar um comentário