quinta-feira, 25 de abril de 2019

Da Páscoa ao mês de Maria

 Por: Costa Pereira Portugal, minha terra  


Páscoa da Ressurreição do Senhor

Mais um Tríduo Pascal aconteceu e na aldeia do saudoso oleiro ti Luís Santo, o vim uma vez mais passar. Recordo este nome, porque a ele se deve o relançamento desta arte, que teve no médico Dr. Rui Paiva de Carvalho e Torres Marques os principais dinamizadores. Ainda me lembro de quando se passava em Monte Redondo, na EN 109, no frontal do atual café-restaurante São Cristóvão, vizinho da Farmácia Higiene, constar estes versos: “Português ou estrangeiro/Que vais em corrida louca/Não passes sem ver primeiro/ Estas louças da Bajouca”. E sinto-me muito honrado por ter tido dois destes senhores, por meus amigos pessoais, tanto o Dr. Paiva de Carvalho, como o oleiro ti Luís Santo.
Mas vamos ao Tríduo: Começou na Quinta-feira Santa, com a cerimónia do Lava-pés e da instituição da sagrada Eucaristia. Tudo se dá à volta do Última Ceia, sinal que marca o início do sacramento eucarístico, e depois o lava-pés sinal de verdadeira humildade de Jesus, que lavou os pés aos discípulos, para que eles fizessem o mesmo aos seus semelhantes. Teve início ás 20h30.
Vem depois a Sexta-feira Santa, ou Sexta-feira da Paixão do Senhor. Jesus é preso, julgado, crucificado e morre por nós na Cruz. Por isso a Cruz é o sinal dos Cristãos. As leituras, neste dia, andam todas à volta da Cruz e por isso Jesus abandona o Sacrário e Se refugia para um canto do templo, como que a pedir para que O procuremos.
Finalmente surge o Sábado Santo e dá-se o ato de sepultar o corpo de Jesus Cristo, que tem duas figuras principais José de Arimateia e Nicodemos. Aqueles que nunca andaram nas grandes manifestações publicas com Jesus, mas que na hora em que parte desses o abandonaram, lá estavam eles presentes para servirem e darem a cara. É neste dia que se renova com o fogo a Luz da Fé, acende o círio pascal e benze a água batismal. As cerimónias começaram às 22h00 e terminaram com a Ressurreição do Senhor, já perto da meia-noite, e com um chazinho no adro.

 
Vem aí o Mês de Maria


Não faz sentido que um santuário mariano do nível de Nossa Senhora da Graça, se mantenha encerrado a partir das 17h00, e também ao domingo como foi o caso do dia de Páscoa, deste ano. Noticiou alguém no Facebook, que na tarde desse dia subiu ao Monte Farinha um autocarro com deficientes que pretendia Senhora, e deram com o nariz na porta.
Tudo deixaria de ser menos lamentável não fora o drama de um jovem deficiente ter desatado a chorar porque queria ver Nossa Senhora da Graça, e não pode ver. Não. Assim não pode ser, senhor Padre João Paulo. Tem que manter a tradição, e o senhor Bispo de Vila Real, D. Amândio Tomaz, por quem rezo todos os dias, não pode ficar indiferente ao que se passa de anormal na sua diocese. Vem aí o Mês de Maria



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