Páscoa
da Ressurreição do Senhor
Mais um Tríduo Pascal
aconteceu e na aldeia do saudoso oleiro ti Luís Santo, o vim uma vez mais
passar. Recordo este nome, porque a ele se deve o relançamento desta arte, que
teve no médico Dr. Rui Paiva de Carvalho e Torres Marques os principais dinamizadores.
Ainda me lembro de quando se passava em Monte Redondo, na EN 109, no frontal do
atual café-restaurante São Cristóvão, vizinho da Farmácia Higiene, constar
estes versos: “Português ou estrangeiro/Que vais em corrida louca/Não passes
sem ver primeiro/ Estas louças da Bajouca”. E sinto-me muito honrado por ter
tido dois destes senhores, por meus amigos pessoais, tanto o Dr. Paiva de
Carvalho, como o oleiro ti Luís Santo.
Mas vamos ao Tríduo:
Começou na Quinta-feira Santa, com a cerimónia do Lava-pés e da instituição da
sagrada Eucaristia. Tudo se dá à volta do Última Ceia, sinal que marca o início
do sacramento eucarístico, e depois o lava-pés sinal de verdadeira humildade de
Jesus, que lavou os pés aos discípulos, para que eles fizessem o mesmo aos seus
semelhantes. Teve início ás 20h30.
Vem depois a Sexta-feira
Santa, ou Sexta-feira da Paixão do Senhor. Jesus é preso, julgado, crucificado
e morre por nós na Cruz. Por isso a Cruz é o sinal dos Cristãos. As leituras,
neste dia, andam todas à volta da Cruz e por isso Jesus abandona o Sacrário e
Se refugia para um canto do templo, como que a pedir para que O procuremos.
Finalmente surge o Sábado
Santo e dá-se o ato de sepultar o corpo de Jesus Cristo, que tem duas figuras
principais José de Arimateia e Nicodemos. Aqueles que nunca andaram nas grandes
manifestações publicas com Jesus, mas que na hora em que parte desses o
abandonaram, lá estavam eles presentes para servirem e darem a cara. É neste
dia que se renova com o fogo a Luz da Fé, acende o círio pascal e benze a água
batismal. As cerimónias começaram às 22h00 e terminaram com a Ressurreição do
Senhor, já perto da meia-noite, e com um chazinho no adro.
Vem
aí o Mês de Maria
Não faz sentido que um
santuário mariano do nível de Nossa Senhora da Graça, se mantenha encerrado a
partir das 17h00, e também ao domingo como foi o caso do dia de Páscoa, deste
ano. Noticiou alguém no Facebook, que na tarde desse dia subiu ao Monte Farinha
um autocarro com deficientes que pretendia Senhora, e deram com o nariz na
porta.
Tudo deixaria de ser
menos lamentável não fora o drama de um jovem deficiente ter desatado a chorar
porque queria ver Nossa Senhora da Graça, e não pode ver. Não. Assim não pode
ser, senhor Padre João Paulo. Tem que manter a tradição, e o senhor Bispo de
Vila Real, D. Amândio Tomaz, por quem rezo todos os dias, não pode ficar
indiferente ao que se passa de anormal na sua diocese. Vem aí o Mês de Maria
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