Do fundo da igreja até ao altar-mor

Por: Costa Pereira Portugal, minha terra 

O Dia de Nossa Senhora das Candeias que se comemora a 2 de fevereiro, ou ainda de Nossa Senhora da Luz, Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora da Apresentação e Nossa Senhora da Purificação, a verdade é que são títulos atribuídos a Santa Maria, nossa Mãe celestial. E deles nos servimos para nesta ocasião associar a Nossa Senhora da Escada que na igreja de São Domingos, na baixa-alfacinha se venera. Desta igreja que é Monumento Nacional, importa destacar que além do corpo principal do templo tem a chamada casa-forte, por trás do altar, onde existe o túmulo de D. Afonso, filho de D. Afonso III. Numa passagem para a sacristia, com entrada para a Rua da Palma, encontram-se os túmulos do grande pregador dominicano Frei. Luís de Granada (m 1588) e do reformador da ordem Fr. João de Vasconcelos (m 16 52). 

 Baseado no que aconteceu e nos relata Gentil Marques, em Lendas de Portugal, do Circulo de Leitores, reza assim:“Estava ainda bem vivo na minha memória o alvoroço que a todos tocou naquela noite de 13 de Agosto de 1959. Aos meus ouvidos soavam as sereias de alarme dos carros de bombeiros que corriam pelas ruas da cidade a caminho de S. Domingos: a igreja estava a arder! Só dias depois lá entrei. Nua, escura, triste, desolada. E o cheiro a fumo e a madeira queimada pairava ainda, dramaticamente, no ar que respirávamos.  Saímos direitos à sacristia. E então alguém exclamou a meu lado: — Reparem! A imagem de Nossa Senhora da Escada está intacta! O fogo não lhe tocou! Era verdade. As chamas haviam respeitado até o vidro de protecção do pequeno nicho onde se encontrava a venerada imagem. Olhei-a num misto de veneração e surpresa. E nesse mesmo instante recordei a lenda que envolve tão milagrosa como singular Senhora, que o povo uma vez mais crismou segundo a sua devoção”. 

Ao que sei esta devoção teve origem no Brasil e consta que associada ao aldeamento de Barueri fundado por São José de Anchieta, disso havendo carta de sesmaria de 11 de Novembro de 1560.

Também hoje, dia 02 de Fevereiro lá fui eu, chamado pelo respeito a um amigo que já partiu e nesta igreja deu muito do seu labor apostólico, o Sr. António Rosado. Todos os meses no dia 02 de cada mês, a viúva, D. Joaquina Rosado, manda celebrar por alma do falecido, uma eucaristia. E eu, sempre que posso, assisto. Foi o caso neste dia 02 de Fevereiro no qual partilhei na Eucaristia das 10h00 e a qual foi iniciada com uma leitura alusiva à data e iniciada com procissão de velas desde o fundo da igreja até ao altar-mor.

Fonte, Wikipédia, Enciclopédia Livre.