quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O Norte foi excluído pelo governo do Plano Nacional de Investimentos

BARROSO da FONTE

Nuno Vaz é o Presidente da Câmara de Chaves, eleito pelo PS. Na última edição do semanário da cidade, afirma que «na passada sexta-feira, dia 11, foi entregue pelo Governo à Assembleia da República o Plano Nacional de Investimento (PNI) 2030 que prevê aplicar cerca de 22 mil milhões de euros em projetos nas áreas da mobilidade e transparência, energia e ambiente. Contudo o Alto Tâmega ficou de fora».
Esta injustiça, esta pouca vergonha, esta lata do governo de António Costa, merece que eu: como Barrosão, como Transmontano e como jornalista, mande o  dr. António Costa e o seu governo às urtigas, porque foi aqui que Portugal começou, é, ainda, aqui que existe a fronteira norte, é aqui que se poupa e se trabalha para mandar os dinheiros dos nossos impostos para Lisboa e é aqui que ainda existem os argumentos mais autênticos, mais  vergonhosos e mais  humilhantes da condição de ser Português.
Já se tinha visto que António Costa não chegou ao poder com os votos dos eleitores do Alto Tâmega: primeiro porque  António José Seguro teve mais votos para a eleição do seu partido; depois porque António Costa perdeu as eleições a favor de Passos Coelho; e terceiro porque António Costa se vingou em apenas nomear 2 secretários de Estado para os seus dois governo. Pior: na remodelação trocou um Brigantino por outro Bragançano. E Trás-os-Montes ficou só com dos dois que tinha.  Eu sei que o Dr. António Costa andou por aqui de braço dado, com José Sócrates e Armando Vara. Duvido que tenha andado de braço dado com Duarte Lima e com Isaltino de Morais. Mas estes quatro fizeram-me mudar de tom nos elogios à honestidade Transmontana.  Isaltino já pagou o crime que cometeu. E, a justiça que merecia, foi-lhe devolvida nas últimas autárquicas, ganhando as eleições de maneira paradoxal. O Armando Vara e o Sócrates na sua companhia governamental, deixaram o país na Bancarrota. 
Ainda hoje se soube que a Caixa Geral acabou de dar um prejuízo abismal. Na mesma altura leio no JN de 15 de Janeiro que «começa a 28 de Janeiro a instrução de um dos mais importantes processos da história da democracia portuguesa. José Sócrates está acusado de, entre 2006 e 2009, ter acumulado uma fortuna de mais de 24 milhões de euros, provenientes de luvas do Grupo Lena, BES e Vale do Lobo, relativos a alegados atos praticados enquanto governante»
Espera-se que o Juiz Ivo não mande destruir, como fizeram Noronha do Nascimento e Pinto Monteiro, as escutas e outros documentos que mandaram destruir. É que na noite em que escrevo esta nota de leitura, ouço na RTP que o meritíssimo juiz Madeirense já mandou testemunhos referentes aosprocesso de Vara, para o cesto dos papéis.
Mas volto ao desprezo a que o dr. Costa e o seu governo acabam de votar às populações do Alto Tâmega, nomeadamente aos concelhos de Boticas, Chaves, Montalegre e Valpaços. 
São as verdadeiras Terras do Demo que continuam a não ter um palmo de auto-estrada. E são também as mais fiéis ao Salazarismo, porque a EN 103, que parte de Ofir, Braga e serve os concelhos de Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Montalegre, Boticas, Chaves e Vinhais, tem o mesmo traçado, o mesmo tipo de piso, as mesmas curvas do tempo da Salazar, de Marcelo e de Américo Tomás. O seu ministro das obras públicas, Pedro Marques, veio visitar o camarada de Vinhais e prometeu-lhe que iria dar ordens para concluir o projeto da (mesma) 103. Não consigo perceber como iria ultimar o troço de Vinhais, deixando a chupar no dedo, o camarada de Montalegre que teve de contrair um empréstimo de três milhões para reparar as curvas e o piso do troço da municipal entre Vilar de Perdizes e Soutelinho da Raia. 
Era uma forma airosa de libertar a moral desse autarca que não honrou a imagem do seu antecessor, nem se livrará do labéu de que está há 30 anos na Câmara e nunca conseguiu realizar, com dinheiros públicos, o monstro desse troço, começado no tempo de Vítor Branco. Pedro Marques é o papagaio do atual governo. Eu que não tenho filiação partidária seria capaz de votar num partido que construísse, pelo menos, esse troço de Montalegre a Chaves, desde que modernizasse os 98 kms da EN 103, de Chaves a Montalegre, Boticas.
O PNI é um plano para dez anos. Daqui até lá, o antigo «Condado Portucalense» de que nasceu Portugal, é o espaço da região Norte, que «ficará de fora». Quem o afirmou foi Nuno Vaz em quem acredito que possa liderar um movimento contestatário. Estarei lá, como estive 65 anos de jornalista a lutar pela mesma causa.

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