sábado, 12 de janeiro de 2019

Nada irá ser igual – ainda bem para Portugal



Ontem Luís Montenegro lançou um desafio a Rui Rio. Mas só ouvindo as razões do mesmo se poderia elaborar um comentário decente. A prudência aconselhou a esperar pela resposta de Rui Rio. E esta veio 24H depois. No tempo certo.
Montenegro pediu eleições directas, Rio respondeu com o Conselho Nacional Extraordinário. Não se refugiou em processos administrativos. À moção de censura de Montenegro, respondeu com uma moção de confiança. Está certo.
Se Montenegro apresentou sobejas razões para pedir as diretas, Rio apresentou sobejas razões para apresentar, não o repto, mas sim, neste caso,  o desafio.
Vejamos.
Montenegro tem razões de sobra para espicaçar a direcção dos Sociais Democratas. Num ano de mandato Rio não conseguiu construir uma oposição consistente à governança das esquerdas quando os motivos eram às resmas. Porque razão Rio não denunciou com veemência a hegemonia cultural Gramsciana, marxista e maoista, construída ao longo destes três anos?
Porque razão Rio não denunciou com veemência as aldrabices da governança de esquerda? Que aldrabices, perguntarão alguns. As que todos conhecemos, e são às resmas! Querem um exemplo de bradar aos céus? Aqui vai. As aldrabonas do BLOCO e os socialistas de Costa, acusaram Passos Coelho e o seu governo de estar a dar cabo do SNS. Contudo, pelo relatório recente do Tribunal Constitucional, esse governo (a que chamaram diabólico), que tinha às costas uma BANCARROTA originada pela corrupção socialista, gastou mais que esta actual governança de esquerda 1, 7 mil milhões!
Ângelo Correia, Pinto Balsemão, entre outros, podem dizer o que disserem. Têm poder para o dizerem, mas podem não ter razão para o fazerem. Ou será que já foram influenciados pela deriva Gramsciana, maoista e marxista? Não nos parece, mas…
O conteúdo do discurso de Montenegro não é patético com Pinto Balsemão afirma. É, para quem analisa estas coisas com seriedade, um conteúdo extremamente rico em termos políticos. Desde logo quando coloca duas questões essenciais para a sobrevivência das civilizações (nem sequer dizemos sociedades!): a corrupção na classe política e na Administração Pública! E tanto a Ângelo como a Francisco nunca se viram afirmações pessoais sobre estas questões!
Quanto aos comentadores pagos por Costa que foram assessores de Sócrates e são Gramscianos, podem dizer as barbaridades que quiserem. Ou seja, podem dizer as asneiras que quiserem. Esta situação, por muito que eles queiram, não vai enfraquecer o PSD, vai fortalecê-lo. 
Montenegro fez muito bem em tomar a iniciativa. O Partido e, sobretudo o País, estavam a precisar de alguém com esta coragem.
Por outro lado, Rui Rio tem toda a legitimidade para resistir e ir à luta. Foi a eleições quando Montenegro não foi e poderia ter ido. E respondeu com a mesma coragem. Mas não pode acusar Montenegro, como acusou, de liderar um golpe palaciano!
A legitimidade é de ambos. Em nome da liberdade defendida pelos clássicos como John Stuart Mill (Da Liberdade de pensamento e de Expressão).
Uma coisa foi o que Costa fez a Seguro, outra, bem diferente, é esta. Por essa razão o PSD é bem diferente do PS! Costa tentou defender um grupo de gente corrupta, Montenegro procura clarificar aquilo que implica essa defesa.
Rui Rio citou Sá Carneiro, mas Montenegro actuou como o malogrado líder Social democrata. E se Rui Rio quer ganhar o País tem de abandonar essa atitude de paz podre política!


Nota de rodapé:

Onde estava a cabeça de Manuela Ferreira Leite quando fez a afirmação que fez sobre o PSD? Que gostaria de ver o PSD um partido pequeno do que vê-lo rotulado de partido de direita!
Não há dúvida que esta gente já deriva para a hegemonia cultural Gramsciana, maoista e marxista.
Onde está o conceito de liberdade desta gente? Nos cifrões?


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