SINOPSE - Wook
Os ministros e secretários de Estado em Portugal
ganham menos de 6.000 euros mensais. Mas depois de saírem do Governo, muitos
passam para empresas tuteladas pelo Estado onde os salários duplicam,
triplicam, quadruplicam... Essa transferência milionária dos políticos para a
esfera empresarial é legal face a um quadro legislativo permissivo. Mas será
eticamente correcta? A passagem pelo Governo, em demasiados casos, não será
apenas um trampolim para a riqueza? Como os Políticos Enriquecem em Portugal
dá-nos a conhecer uma amostra representativa. Desde 1995, os rendimentos da
classe podem ser consultados no Tribunal Constitucional, e há casos em que os
aumentos rondaram os 3.000 por cento - o que equivale a, por exemplo, ganhar
cerca de 22.000 € anuais antes de entrar no Governo e perto de 700.000 € anuais
depois de sair. Num trabalho de enorme rigor, António Sérgio Azenha dá-nos a
conhecer o percurso de 15 casos emblemáticos. Com todos os factos, números,
percursos profissionais - que afinal parecem ser apenas um, tal a perturbante
semelhança entre eles.
TRABALHAR PARA
O ESTADO: SIM OU NÃO?
Raquel Oliveira Repolho | 10-03-2013
Comprei este livro porque me interesso por política ecnómica e o ordenado
dos políticos e dos que estão com ela relacionados sempre foi um mistério que
gostaria de ver desvendado. Para quem partilha a opinião de que nas empresas
com capital público (independentemente da percentagem) os salários não deveriam
de ultrapassar o do Presidente da República descobrir que o Presidente da Galp
recebe mais de 70 mil euros mensalmente é assustador pois deixa-me a pensar até
que ponto nos podemos fiar dos planos de autoridade quando existem empresas a
receber capitais públicos para pagar ordenados destes. Outro facto que achei
interessante é que todos os membros que integraram algum dos governos entre
1995 e 2010 e que atualmente têm ou tiveram um cargo numa empresa pública ou
mista passou pela Caixa Geral de Depósitos, mas o que é faz um Ex-Ministro do
Desporto e Juventude num Departamento da CGD se não tem qualquer formação na
área financeira? Com este livro é possível perceber como é que ser funcionário
público pode ser não o melhor emprego do mundo mas pelo menos dos mais
rentáveis e já agora com é que se ajuda a criar um buraco orçamental
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