O Tribunal Judicial de
Aveiro despachou esta segunda-feira os procedimentos finais relativos a Armando
Vara e a outros arguidos do processo Face Oculta de forma a que possam cumprir
penas de prisão. No caso do antigo ministro socialista, a juíza Marta de
Carvalho deu-lhe um prazo de três dias para que possa apresentar-se voluntariamente
na prisão para dar início à execução da pena, de acordo com informações
avançadas ao Expresso pelo juiz-presidente da comarca.
Armando Vara foi
condenado a cinco anos de prisão efetiva em 2014 por três crimes de tráfico de
influência, em benefício de Manuel Godinho, um industrial da sucata de Ovar. O
tribunal deu como provado que Vara intercedeu a favor de Godinho a troco de 25
mil euros em dinheiro e presentes no valor de sete mil euros. A sentença
decidida pela primeira instância em Aveiro foi depois confirmada pelo Tribunal
da Relação do Porto em 2017.
O tribunal ordenou
também esta segunda-feira que fossem emitidos mandados de execução de pena
contra outros dois arguidos, enquanto um quarto arguido, Manuel Gomes, viu
ser-lhe atribuída uma decisão favorável de redução de pena, pelo facto de um
crimes a que foi condenado ter já prescrito.
Vara foi secretário de
Estado entre 1995 e 1999 e ministro entre 1999 e 2000, no primeiro e no segundo
governo de António Guterres. Mais tarde foi nomeado administrador da Caixa
Geral de Depósitos, o banco público, quando José Sócrates era
primeiro-ministro, e à época dos factos pelos quais foi condenado no processo
Face Oculta era vice-presidente do Millennium BCP.
Notícia atualizada às
14h55
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