quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

O «Mês das Almas» ou «Mês das Bruxas»


JORGE LAGE

 Novembro é conhecido pelo «Mês dos Mortos», «Mês das Almas» e, também, pelo «Mês das Bruxas». Desde o séc. IV que a Igreja Síria tinha um dia para festejar «Todos os Mártires» e, passados três séculos, o Papa Bonifácio IV, dedicou-o a «Todos os Santos». Mais tarde foi fixado o dia 1 de Novembro. Costumava iniciar-se com uma festa vespertina, a 31 de Outubro, que em inglês se diz «All Hallow’s Eve» (ou seja «Vigília de Todos os Santos») evoluindo para «All Hallowed Eve», «All Hallow Een» e, por fim, «Halloween», como se diz hoje. A noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro começou a ser celebrada por grupos não cristãos, dando-lhe o sentido de bruxaria. No seu seguimento era preciso recordar todos os que já partiram e a Igreja justapôs a 2 de Novembro o «Dia dos Fiéis Defuntos» ou das «Almas do Purgatório». Quanto aos «Dias das Bruxas, que para além da noite de 31 de Outubro para 1 de Novembro, celebra-se todas as sextas-feiras que caem num dia 13. A grande aposta dos dias 13 às sextas-feiras são celebrados de uma forma especial em Vilar de Perdizes – Montalegre e são uma forma de promover uma localidade desertificada e o impacto destes dias tem impacto até nas reservas hoteleiras em Chaves e na região. As celebrações são fruto dos Congressos de Medicina Popular de Vilar de Perdizes, obra do ilustre etnólogo, Padre Lourenço Fontes, a quem a região Trasmontana muito deve e teimam os senhores de Lisboa em não reconhecer publicamente o seu grande mérito.

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