O
artigo de Cristina Miranda, publicado a 29 de Setembro no blogue Blasfémias, levanta questões preocupantes sobre o estado de corrupção da Nação
Lusa.
Sabe-se,
por um estudo feito em 2015 que Portugal é um dos países mais corruptos do
mundo civilizado, ou seja, do mundo Ocidental (com alguns acréscimos de países asiáticos).
As instituições estatais estão amplamente corrompidas, e os cidadãos,
individualmente, estão manietados, perante as armadilhas “legais” que os não
deixam agir. Neste caso concreto, só o próprio Estado pode intervir com LEIS
adequadas para aniquilar a corrupção. E aqui, só o Presidente da República pode
mudar os esquemas montados pelos do costume.
A dado passo, Cristina Miranda afirmava: “Agora, para a nomeação de um novo juiz, foi um sorteio electrónico para
duas pessoas apenas, completamente viciado, onde só à quarta tentativa deixou
de dar “erro”.
É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas sim 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros” que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado e bem, nas malhas da justiça”.
É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas sim 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros” que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado e bem, nas malhas da justiça”.
Munidos da prudência necessária que se impõe neste tipo de denúncia,
deixámos a seguinte nota: “Sobre o Juiz
Ivo Rosa, não temos opinião formada. O que nos levou a publicar este escrito de
Cristina Miranda foi o comentário que a autora fez sobre o sorteio electrónico
(que sublinhámos a negrito e
a vermelho). Se isso é
verdade, é gravíssimo para o
sistema democrático e para o quotidiano no cidadão comum! Iremos averiguar a
veracidade da afirmação de Cristina Miranda, e se assim for, ainda esta semana
faremos um comentário com alguma profundidade sobre a questão”.
Guilherme
Leite gravou dias mais tarde um vídeo onde denunciava a questão levantada por
Cristina Miranda. Já eram dois. Mas nada em absoluto.
Ontem,
foi o próprio juiz Carlos Alexandre a levantar suspeitas de manipulação no
sorteio. Surgiram notícias
que estará sujeito a inquérito por isso, mas a associação dos magistrados, veio
já dizer que, perante as afirmações do juiz Carlos Alexandre, tem, forçosamente,
que se averiguar se o processo foi correcto!
Perante este
andamento de factos, já é possível fazer um curto comentário sobre a questão.
Os sorteios
para as magistraturas não são de hoje, são de ontem. Aliás, é ainda a melhor
forma de conduzir um processo com Justiça, desde que não seja manipulado. Na
Grécia Antiga utilizava-se este processo para eleger os magistrados de entre
todos os cidadãos – do rico ao pobre. Mas era com um saco que continha pedras pretas e brancas (ou pedaços de argila com o nome dos sorteados).
Não havia qualquer hipótese de manipular (melhor dizendo, corromper) o
processo. E utilizava-se para vários magistrados, não apenas para dois!
Mas melhor
do que nós, Aristóteles explica-o no seu livro Política, no Livro VI, no ponto
sete das regras da democracia: “ sortear as magistraturas ou na
totalidade, ou então só as que não exijam experiência ou habilitação; não
estipular qualquer nível de riqueza para se aceder às magistraturas, ou então
estipular um limiar muito baixo (…); atribuir a administração da justiça a
todos os cidadãos escolhidos de entre todos, discernindo as questões em litígio
ou a maioria delas, e entre essas as mais importantes e decisivas, como sejam,
por exemplo, as relacionadas com a fiscalização de contas públicas, com a
constituição”.
Tudo isto,
com ricos e pobres em pé de igualdade, em termos éticos e numéricos.
Se houve
manipulação no sorteio, a responsabilidade é de quem governa o país. E o
Presidente da República (com o apoio da sociedade civil) deve, quanto antes, actuar com firmeza para que as
instituições do Estada não sejam propriedade, não do Estado, mas de meia dúzia
de amigalhaços que definem os interesses comuns (gerais), em função do seu próprio
interesse, prejudicando cidadãos e comunidades! Em concreto a Nação!
Actualizado a 19/10/XVIII
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