29 Setembro, 2018
Há meses foi-me dito em mensagem privada, que o
Juiz Carlos Alexandre e a Procuradora Joana Marques Vidal iriam ser afastados
dos processos que envolvem Sócrates e outros. Nessa altura, como o faço sempre,
coloquei em dúvida essa possibilidade pela importância que estes processos têm
e que, ao mudar de mãos, sem justificação plausível, iria destruir por completo
a credibilidade da justiça portuguesa aos olhos da sociedade nacional e
internacional. Ontem, ficamos a saber que afinal havia mesmo um plano e a
última peça do xadrez foi jogada para xeque-mate! Tiro o chapéu!
O afastamento de Joana Marques Vidal foi por
culpa do Presidente da República que jamais imaginaria ver colocar os
interesses da Nação no caixote do lixo ao aliar-se a Costa nesta decisão.
Agora, para a nomeação de um novo juiz, foi um sorteio electrónico para duas
pessoas apenas, completamente viciado, onde só à quarta tentativa deixou de dar
“erro”.
É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas sim 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros” que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado e bem, nas malhas da justiça.
É claro que o português comum e pouco informado não deu pela pirataria. Não sabe que basta colocar um algoritmo que rejeite o nome que não se pretende, sinalizando-o como “erro”, para assegurar o resultado pretendido. Não entende que não foram erros mas sim 4 tentativas para obter o que desejavam. O que eles não previram foi que por TRÊS VEZES o computador escolhesse o nome de Carlos Alexandre e por isso houve uma sucessão escandalosa de “erros” que não o foram e com os quais ficaram desmascarados. Este programa informático devia ser imediatamente investigado sem demoras! Ficou clarinho a movimentação tentacular que já vem de trás para safar o peixe graúdo entalado e bem, nas malhas da justiça.
Que nos espera então esta nomeação de um juiz
que por ironia tem o apelido “rosa”? Bem, não é preciso pesquisar muito para
saber. Este senhor já vem com um largo currículo de “safanços” de suspeitos de
corrupção. Pois é. Conhecido por não gostar de apoiar as teses incriminatórias
do MP sobretudo quando dizem respeito a caça grossa, Ivo Rosa ilibou 18 dos
arguidos da “Operação Zeus”, processo relacionado com a corrupção nas messes da
Força Aérea. No caso EDP retirou a Manuel Pinho o estatuto de arguido mesmo com
todas as evidências e suspeitas impedindo ainda que a PJ fizesse buscas nas
suas casas e ainda tivesse acesso às suas contas e movimentos bancários, por
entender não haver indícios mínimos de corrupção sem no entanto permitir a
investigação esmiuçada para tirar as dúvidas. Ainda no caso das rendas da EDP,
foi este mesmo juiz que impediu também o acesso às contas bancárias de António
Mexia e Manso Neto, o que levou procuradores a pedir o seu afastamento do
processo acusando-o de parcialidade. Mas não ficamos por aqui: Ivo Rosa num
processo em que a TAP era suspeita de lavar dinheiro de figuras da elite
angolana, decidiu não levar nenhum dos suspeitos a julgamento destruindo todo
um trabalho de investigação do DCIAP. Mas calma, ainda há mais: este juiz, no
caso do Gangue do Multibanco, um grupo de violentos criminosos responsáveis por
mais de 100 assaltos e outros crimes graves, libertou 11 dos 12 membros.
Valeu-nos o recurso do MP para um tribunal superior que reverteu por completo
esta decisão e onde todos os arguidos acabaram por ser condenados a duras
penas.
Por isso os advogados de Sócrates batem palmas!
Por isso figuras do PS estão em êxtase! O juiz que mais safou gente ficou com o
Processo Marquês. Dúvidas?
Eu não, não tenho depois do que vi ontem. Só
certezas. A certeza que vamos regredir aos tempos de Pinto Monteiro e Cândida
Almeida, que não viam corrupção em Portugal só “bons rapazes”.
Nota de Tempo Caminhado:
Sobre o Juiz Ivo Rosa, não temos opinião formada. O que nos levou a publicar este escrito de Cristina Miranda foi o comentário que a autora fez sobre o sorteio electrónico (que sublinhámos a negrito e a vermelho). Se isso é verdade, é gravíssimo para o sistema democrático e para o quotidiano no cidadão comum! Iremos averiguar a veracidade da afirmação de Cristina Miranda, e se assim for, ainda esta semana faremos um comentário com alguma profundidade sobre a questão.
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