O jornal Público deu-lhe título, e todos o seguiram
como cordeirinhos. Na verdade, segundo o Relatório da Democracia de 2018, Portugal não
é o 10º país mais democrático do mundo. Esse projecto Variedade da Democracia,
elaborado pela universidade de Gotemburgo, colocou a Nação Valente no top 10
das melhores democracias do mundo, no que toca ao índice das democracias
liberais. E neste tópico é avaliado não só a democracia formal mas também os
direitos e liberdades da população. Segundo o relatório, Portugal (neste tópico) surge atrás
da Noruega – que lidera a lista –, da Suécia, Estónia, Suíça, Dinamarca, Costa
Rica, Finlândia, Austrália e Nova Zelândia.
Já no que toca aos indicadores eleitorais, de
liberdades e igualdades sociais, Portugal desce um lugar, ficando na 11.ª
posição. E quanto à participação politica, desce para 38º lugar da tabela.
Apenas se dão estes dois exemplos para demonstrar como
a informação, em Portugal, é manipulada aos cidadãos. E numa verdadeira
democracia, nestes (e noutros) casos, a informação deve ser rigorosa.
Temos dúvidas sobre os dados avançados por este estudo, no que respeita a Portugal, quando se verifica
que países como a Alemanha, França, Estados Unidos e Inglaterra, em certos tópicos
ficam atrás de Portugal. Por outro lado, os tópicos analisados são gerais, não
são específicos.
Onde está o tópico sobre corrupção? E sobre temas
fundamentais como o assédio
moral, onde o agressor “Exerce violência psicológica extrema, sistemática e recorrente, durante um tempo prolongado, para destruir as redes de comunicação da vítima, a sua reputação e perturbar o seu trabalho.”?
Apesar de tudo, mesmo com estas dúvidas, há lugar para
uma certa esperança …
Pode consultar o relatório aqui.
Manipular, formando opinião pública, a partir daí, é lamentável, se for verdade.
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