sábado, 14 de julho de 2018

Se o Governo ceder, não é aos professores, mas às orientações do Tribunal Constitucional



Camilo Lourenço escreveu ontem um artigo no jornal Negócios, que intitulou “O Governo vai ceder aos professores”.
De uma forma geral, Camilo Lourenço faz uma apreciação correcta sobre a situação. Por exemplo, quando refere a nomeação da Comissão Técnica, o mês de Setembro e a tentativa de “influenciar as dotações do OE 2019”. Também é assertivo na tentativa de manipulação do governo ao avançar com a despesa de 600 milhões, ao tentar colocar a sociedade contra os professores (aliás, prática iniciada pelo governo sinistro de José Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues). Aponta ainda o dedo à questão eleitoral com certa verdade. Em quase tudo o que diz acerta. Não acerta em 10% do artigo, porque não conhece a questão a fundo. O governo se ceder, cederá às orientações do Tribunal Constitucional e não aos sindicatos e aos professores.
É claro que num país que geograficamente se situa na Europa, mas em termos de decência democrática está ao nível do Burkina Fasso ou do Zimbabué, aquilo que deve ser transitório, passa a definitivo, e as recomendações do Tribunal Constitucional passam a poeira em dia de vento.
Num país decente há muito que o Tribunal Constitucional tinha obrigado o sr. Costa, a dona Catarina e o sr. Jerónimo a cumprirem com as suas orientações.
Uma coisa é certa, é tão legitima esta retribuição justa dos cerca de 10 anos de serviço aos professores, como o vencimento de Camilo Lourenço, pago também ele pelos contribuintes.    Armando Palavras
Actualizado a 16 de Julho de XVIII

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