quarta-feira, 11 de julho de 2018

Nossa Senhora da Piedade



Nossa Senhora da Piedade

Peregrinação à Senhora da Piedade:
Oração tradicional pelas vocações.
Ali sentiu Champagnat a necessidade
De segredar a Maria intensas orações,
Lembrando o Evangelho: ao Senhor da messe
Pedi operários; seja essa a vossa prece. (1)

De La Valla à mais simples das capelas,
Caminhamos em passo lento e recolhido.
Depois, já dentro, é o acender das velas.
E um a um vamos segredando nosso pedido.
É simples o significado desta vela, desta luz:
Venham muitos jovens, a seguir Jesus. (2)

Como Champagnat podemos exclamar:
Sem vocações é a tua obra se apaga.
Pequenos barco que segue no alto mar,
Mas que parece, aos poucos, naufraga.
Vem, Maria, Boa Mãe, em nosso socorro.
É a ti que eu venho, é a ti que eu corro. (3)

Em vez de uma vela, acendo ate duas,
Pensando, concretamente, em alguns irmãos.
Com a sua luz, tua luz, nossa pobreza atenuas.
Vem, oh Mãe querida, e dá-nos tuas mãos,
Para construir o futuro desta tua linda obra.
Vem depressa que o tempo já não nos sobra! (4)

As velas são nomes queridos ali colocados
Para que cresçam sob a tua proteção de mãe.
A messe é grande e em tantos novos lados
Não esquecemos a coragem da missão também.
Vale bem a pena ir rezar ali, diante da Senhora
E dizer-lhe: “Manda vocações! Esta é a tua hora!”. (5)


Teófilo Minga
Ariccia, 9 de julho de 2018

1)      Uma pequenina peregrinação, quase um passeio, que os grupos que fazem a peregrinação a La Valla, lugar primeiro da Fundação do Instituto Marisa, em 2 de janeiro de 1817. Fica a menos de um quilómetro tanto da Igreja de La Valla, como da Casa onde o P. Champagnat fundou a Congregação dos Irmãos Marista. É uma capelinha, hoje desativada em relação ao culto e na altura do P. Champagnat, sensivelmente fora da aldeia, o que não acontece hoje. Hoje há casas ao longo da estrada, desde o centro da aldeia até à capelinha. É dedicada à Senhora da Piedade.
Ali veio o P. Champagnat na grade crise de vocações de 1824 confiar a Maria a sua obra. Faltavam vocações: era a obra de Maria que se apagava.
2)      Como dizia, todos os grupos maristas que peregrinam por estas terras de origem maristas, ali vã rezar por vocações. Sempre foram. E hoje, quando as vocações não abundam, mais sentido faz essa peregrinação e essa oração. Acompanhando muitos grupos já rezei ali muitas vezes pelas vocações. Em geral é uma oração muito simples: Ou se recita a oração do Padre Champagnat pelas vocações e/ou ao acender de uma vela rezamos elas vocações em geral, ou por alguns irmãos jovens ou aspirante em formação, de um modo particular.
3)      A falta de vocações, em muitos da história das Congregações, é um momento de ansiedade e o movimento natural é ir pedir vocações ao Senhor, por intermédio de Maria. Foi o que fez Champagnat, é o que fazem muitos maristas de hoje, é o que fazem os membros de todas as Congregações. E também muito se aconselha o Povo de Deus a pedir ao Senhor que mande Vocações para a sua messe. No fudo é um mandato do Evangelho, recordado já na primeira estrofe. “Pedi ao Senhor da messe que mande operários para a sua messe” (cf. Mt 9, 38).
4)      Esta peregrinação, de 21 a 30 de junho, passou na Capela da Senhora da Piedade, no dia?????,. Sendo uma peregrinação de FORMADORES atuais a oração centrou-se muito, mas não completamente, nos formandos atuais das nossas casas. Eu acendi duas velas (o dobro dos outros!) porque quis rezar pelos 4 jovens Irmãos de Portugal, um grande presente de Deus para a Províncias de Compostela e para todo o Instituto: Irmão Jaime, Irmão Fabião, Irmão Rui e Irmão José Luís.
5)      Estrofe que fala concretamente da missão. E, estar presente em todos os lados, não deixa de ser um eco da famosa frase de Champagnat: “Todas as dioceses do mundo entram nas nossas vistas”. Programas ultimamente desenvolvidos na Congregação como AD GENTES e LAVALLA 200>, querem levar a presença da Congregação, mais além das fronteiras tradicionais das províncias clássicas. E assim tem acontecido com novas comunidades fundadas por esses novos programas. Esta resposta marista às intuições do tempo presente, e também um modo de responder e de obedecer a o apelo do Papa Francisco que muito tem insistido numa “Igreja em saída”. Uma Igreja que é capaz de abandonar as suas zonas de conforto e partir como diz o nosso documento Água da Rocha, para lugares onde ninguém quer ir (cf. AdR, 149).


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