A senhora Secretária de Estado da Educação, Drª Alexandra Leitão, numa tentativa de manipular o incauto ou o tolo, resolveu escrever um artigo no jornal Público (24 de Junho de 2018), intitulado “Factos sobre a recuperação do tempo de serviço dos professores”.
A
intenção da senhora não foi esclarecer. É certo que nesta questão as estruturas
sindicais, sobretudo as grandes confederações, têm grandes responsabilidades –
para se não utilizar a palavra “culpa” – porque quando em 2007, num governo
sinistro, deveriam ter dito “não” defendendo a classe laboral sua associada,
resolveram “negociar” (por questões ideológicas) com gente obscura, sem
carácter.
É
claro que sabendo disto, porque se tratava de um governo socialista, a Drª
Leitão está à vontade para “manobrar” a coisa. E é o que pretende fazer neste
artigo. Os objectivos essenciais do mesmo são dois: a questão da avaliação dos
professores e a equivalência da carreira docente às outras carreiras da Função Pública.
Quanto
à primeira, a senhora Leitão sabe muito bem de quem é a culpa. E ficamo-nos por
aqui (por agora); quanto à segunda, além dos recursos económicos (que tanto
criticaram na governação de Passos e Portas), está em cima da mesa uma questão
asquerosa ideológica. Em nenhum país decente, desenvolvido, se trata por igual
aquilo que é diferente. E a carreira docente é diferente das outras carreiras
da Função Pública – pelas suas especificidades. E ficamo-nos por aqui (por
agora).
Vamos
agora à questão essencial. O congelamento da carreira. Quem a congelou, que
fique bem claro, foi um governo socialista, onde António Costa era o número 2.
E onde a senhora Leitão já rabiscava umas coisas.
A carreira dos professores foi congelada
durante dois períodos que correspondem a cerca de 10 anos. Ora à época, a da
Troika, o Tribunal Constitucional considerou que apenas aceitava estas medidas
se estas fossem transitórias, pois se fossem decretadas de forma permanente
seriam inconstitucionais.
E o que pretendem então os professores,
num período em que o governo (PS, BE, e PCP) e acólitos dizem que terminou a
austeridade? Ou seja, depois da Troika, de Passos Coelho e Portas?
Pretendem que o tempo de serviço que foi
prestado de forma efectiva lhes seja contabilizado de acordo com as regras
legais em vigor. E que os efeitos transitórios considerados pelo Tribunal
Constitucional sejam aceites por esta governança, a da senhora Leitão.
Nem sequer pretendem que lhes sejam pagos
os retroactivos relativos aos cortes sofridos ou a progressões não realizadas,
ou alterar regras que foram legisladas pelo partido da senhora Leitão,
incluindo um Estatuto da Carreira Docente.
Assim sendo, é bom que a senhora Leitão
escreva a verdade inteira e que o “Komentariado”, todo ele habilidoso a
defender quem lhe unta as mãos, tenha alguma vergonha, demonstrando algum
carácter. Como é bom que esta governança (PS, BE e PCP) desista de vez dos seus comportamentos FASCISTAS / ESTALINISTAS, sobrecarregando os docentes em greve, através de directivas ("Notas informativas") ilegais.
Nota à margem:
As forças sindicais não têm que negociar coisa alguma com esta governança. O que têm que exigir é que esta cumpra as recomendações do Tribunal Constitucional!
Nota à margem:
As forças sindicais não têm que negociar coisa alguma com esta governança. O que têm que exigir é que esta cumpra as recomendações do Tribunal Constitucional!
Sem comentários:
Enviar um comentário