Por BARROSO da FONTE |
Leio no blogue «Tempo
caminhado» do Transmontano Armando Palavras que em Maio de 2018 se realizará em
Lisboa, o IV Congresso dos Transmontanos e Alto-durienses (e amigos das terras
Transmontanas).
Alegra-me, sobremodo esta mensagem. E anunciada por Armando Palavras é uma
quase certeza porque, este Angolano por nascimento (1960), mas oriundo de
Trás-os-Montes, onde fez os primeiros estudos, de uma carreira académica
exemplar, até ao topo, já me deu provas de que temos, nos seus méritos e obras
realizadas, um paladino que merecia estar no Parlamento da AR, onde deveriam
estar aqueles que a seleção natural vai revelando.
Não conheço pessoalmente o Dr. Hirondino Isaías que atualmente preside à
centenária Casa de Trás-os-Montes de Lisboa, a Mãe de todas aquelas que têm o
mesmo nome, para acolherem o mesmo tipo de Gente que nasce acima do Rio Douro
ou a partir das suas margens. Nenhuma outra Gente, nenhum outro Povo, nenhuma
outra Raça revelou na Diáspora, hoje mais conhecida pela Lusofonia, a
ancestralidade lusa. Basta contar as associações, os clubes, as Casas que
fundaram, que registaram suas, que nelas «põem o ovo», como as galinhas, para
fecundarem «pintos caseiros», já que os de aviário não têm pátria, nem eira,
nem beira. Só nós temos esse timbre, aposto no umbigo de quem nos trouxe ao
mundo, inconfundivelmente!
Mas diz-me o “Tempo Caminhado” que o Presidente da «Maternidade
Transmontana de Lisboa», chegou, viu e quer fazer, aquilo que essa Instituição
pode e deve, para honrar os seus pioneiros e continuadores e até hoje. Muitas e
boas ações, em prol das Terras e das Gentes que representam.
Em 1920 foram os seus associados que vieram à Província que os
identificava, para ensinarem aos poderosos de Lisboa e arredores, os caminhos
da interioridade. Muitos ali nascem, crescem e morrem, sem se aperceberem de
que muito do que comem, bem e auferem, vai de cá de cima lá para baixo. Vão os
melhores vinhos, a melhor batata, o melhor presunto. Vai a energia elétrica dos
Rios Cávado, Rabagão, Tâmega e Douro. Vai a inteligência que por lá fica e que
gera progresso em quase tudo o que faz. Vão: o vinho do Porto, o néctar do
Douro, o Moscatel de Favaios!
Essa viagem organizada, voltou em 1941. Nele apresentou Miguel Torga o
texto que proverbiou «o Reino Maravilhoso». A III Jornada. Deveria ter sido em
1960, Mas houve fatores exógenos que foram adiando, até 2002. Em dez páginas do
III Volume do dicionário dos mais ilustres Transmontanos (58/68) diz-se tudo de
quem, do que e para que lá estiveram cerca 1.200 congressistas. Escrito e
assinado por quem fez parte dessa nunca igualada manifestação de
Transmontanismo. Estão vivos: o autarca que mais fez pelo Congresso, quem mais
o divulgou desde aos anos oitenta, os dirigentes das diversas (sete) Casas
Regionais. Das várias conclusões algumas cumpriram-se. Outras ficaram
engavetadas. Uma delas era o IV congresso que ficara marcado, de cinco em cinco
anos. Já passaram 15. Vamos a isso?
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