Nos próximos dias 25, 26 e 27 de Maio,
vai realizar-se no Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva, no Parque das Nações em Lisboa, o IV
Congresso de Trás-os-Montes e Alto Douro, 16 anos depois de se ter realizado o
III em Bragança (o 1.º Congresso foi realizado em 1920 e o 2.º em 1941).
Para que nenhum Município da Região
ficasse sentido com uma escolha diferente do seu concelho, a Direção da CTMAD
optou por realizar o IV Congresso em território neutro. E
decidiu fazê-lo na sua área de influência, onde 90% dos seus Associados
trabalham, residem e estudam - no Distrito de Lisboa.
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Às 19H do dia 25 vai ser lançada a
público uma Antologia de Autores da
região transmontana, duriense e da Beira transmontana, com 145 autores, dos
quais 36
senhoras, num total de 928 páginas.
Questões éticas levaram-nos a dizermos
pouco, até hoje, sobre a mesma. Julgamos, porém, chegada a hora de lhe dedicar
escrito. E assim sendo, nada melhor que tornarmos público o nosso prefácio (no
qual se disse o essencial, não tudo) e a capa/contra capa da mesma.
PREFÁCIO
Antologia de Autores,
um projecto colectivo
Em boa hora o presidente da direcção da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro
de Lisboa, Dr. Hirondino Isaías, se lembrou da formulação desta Antologia, para
nela constarem autores dos 35 concelhos que fazem parte da geografia que a
agremiação agregou desde a sua fundação, aproveitando-se para, em síntese, se
fazer referência à cultura e História de cada um dos municípios.
Pensou-se a seguir ligá-la ao IV CONGRESSO de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Por essa razão, como se verifica, não se trata de uma Antologia tradicional,
onde apenas cabe a Literatura. Os princípios orientadores da mesma são
conhecidos de todos, desde o início, com a maior transparência.
Entre um pequeno ensaio de 30 páginas, produzido por meia dúzia de autores
para representar uma região imensa no quadro geográfico de um país como o
nosso, em primeiro prazo que seguiu para três instituições prestigiadas –
Grémio Literário Vila-realense, Academia de Letras de Trás-os-Montes e
Associação de Escritores Portugueses (31 de Julho de 2017), e um volume como o
que agora têm em mãos, embora com custos acrescentados, a escolha foi óbvia.
Em segundo prazo (31 de Agosto de 2017) aceitaram-se textos de maior
dimensão, a pedido de alguns autores. Porque era para isso que indicavam os
objectivos do projecto. Que não seria possível sem a sua participação e sem a
disponibilidade da agremiação.
Agregar os Transmontanos e Alto-durienses em antologia, era o objectivo
maior. E a Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa, casa mãe das casas
transmontanas do país e da diáspora, e a mais antiga agremiação do género do
país, conseguiu-o. Mas para isso, o volume atingiu dimensões imprevisíveis,
ultrapassando as mil páginas. O que nos obrigou, pelos custos e complexidade do
mesmo, reduzi-lo às dimensões actuais.
Colocou-se a liberdade ao sabor do pensamento de cada um. Aliás, a
liberdade é condição natural para os transmontanos: “Este sentido da liberdade
acho que é importante no estereótipo do transmontano. A relativa pobreza é
também condição de liberdade, como muito bem se exprime no apanágio que tantas
vezes ouvi repetir: “lobo magro, mas sem coleira” (Telmo Verdelho, Trás-os-
Montes e Alto Douro, Mosaico de Ciência e Cultura, 2010/11, p.32). Chega e
sobeja para defender a nossa posição. E nem é preciso a referência aos
clássicos da Antiguidade (como Tucídides), ou aos Modernos como Stuart Mill.
Como nos diz Flávio Vara, o mordaz escritor de Rio Frio (Bragança), em memória
a Nuno Nozelos (Revista Tellus, Grémio Literário Vila-Realense, p. 25), apenas
para citarmos um dos nossos: “ Um escritor, qualquer que seja a sua terra, não
tem necessariamente de escrever sobre ela. Só quando é obrigado pelo coração”.
Sendo um projecto colectivo, não foi restringida a liberdade individual. E
nesse sentido se organizou um volume constituído por diversidade temática e
género, com os autores distribuídos por concelho de origem (por ordem
alfabética). Um projecto aberto.
Às mentes abertas que nele participaram, o nosso muito obrigado. A elas, ao
colectivo de autores, à agremiação e a sua Exª. o Senhor Presidente da
República, Professor Doutor Marcelo Rebelo de Sousa que para ele contribuiu com
texto de abertura.
Individualmente queremos referir os contributos de A.M. Pires Cabral,
António Lopes (Sa Gué), Carlos D’Abreu, Isabel Viçoso, Jorge Golias, Maria dos
Anjos Pires e Maria Otília Lage. Mas é de inteira justiça, destacar o
contributo incomensurável de Jorge Lage.
Não sendo já da circunscrição da agremiação transmontana, Sernancelhe
figura no volume com a participação de Alberto Correia, autor convidado de um
concelho limítrofe da Beira Transmontana.
Foi ainda criada uma secção em memória de autores recentemente falecidos
com trabalhos inéditos. Nela se incluíram Abílio Gomes, Carlos Sambade e Nuno
Nozelos, ladeados por trabalhos inéditos de João de Lemos e Monteiro Ramalho, ombreados pelo inigualável escritor argentino Jorge Luís Borges,
cujos ancestrais se julga serem oriundos de Trás-os-Montes, concretamente de
Torre de Moncorvo.
Na capa e contracapa tivemos em conta aspectos unicamente estéticos,
direccionados para a cultura da Região - e graficamente a “escolha” foi
aleatória.
Ao feminino deu-se a importância devida, assim como a autores da diáspora.
Armando Palavras
Nota: É de inteira justiça
salientar que Aires Antunes Diniz
não colabora nesta Antologia de Autores por questões inexplicáveis. Ele pensou
que havia enviado o texto (que enriqueceria o conteúdo do volume), e nós nunca
o recebemos.
JÁ INTRODUZI . N SEI SE ESTÁ EM MEMÓRIA . PEMSO QUE SIM !!
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