Foi hoje a sepultar uma
jovem que cedo partiu deste mundo, mas durante o tempo que por cá andou deixou
rasto da missão cumprida e nos mais diversos pontos que uma sociedade
civilizada exige. Quer como filha dedicada, no serviço à comunidade, no
escutismo, na música, escola e na paróquia, a Filipa Soares era um rosto
destacado pela competência e responsabilidade. Nascida a 22 de Novembro de
1998, a saudosa jovem faleceu em Lisboa a 10 de Maio de 2018, ocorrendo o seu
funeral na Bajouca (Leiria) pelas 15h00 do dia 13.
A estudar em Lisboa, a
morte surpreendeu-a inesperadamente no seu quarto e deixou surpresos todos os
familiares e amigos que não contavam com tal desenlace. Mas a verdade é que
aconteceu e a nossa prezada Filipa partiu para o além celeste, e baixou à terra
no dia que tantas vezes em Fátima ajoelhou como devota que era da Virgem Santa
Maria. Que por certo já a recebeu nos seus braços maternais. Humanamente foi
uma perda física que deixou a comunidade bajouquense muito triste e os pais em
lágrimas de dor pela falta de uma filha amorosa que muito amavam, mas como
verdadeiros cristãos que são aceitam os desígnios vindos da lei que rege o
ciclo da nossa passagem por este mundo.
Ela agora vai ajudar
ainda mais os pais e avós a empenharem-se no apoio às iniciativas de benemerência
que a comunidade bajouquense promove habitualmente e que na qualidade de Amigos
do Verbo Divino (AMIVD), tanto os avós maternos, como os paternos estão na
primeira linha, e a Filipa partilhava afincadamente. Ainda na última visita que
fiz à Bajouca me foi levar a casa um pão da cozedura da avó Fernanda do Zé
Ferreira Soares. Neste mês em que está a decorrer em Leiria, a Feira de Maio,
também a Filipa estava integrada na mesma e era precisamente neste fim-de-semana
que lhe estava destinado trabalhar na tasquinha que representa a Bajouca.
Faltou. Em honra da falha neste fim-de-semana a tasquinha encerrou. Ora como
por morrer uma andorinha não acaba a Primavera, nem a nosso Filipa desejava,
aqui deixo algumas das mensagens que ao acaso recolhi: de Maria Lucia Rodrigues
– “ Os meus sinceros sentimentos pela perda da tua amiga. Sinto muito as minhas
condolências a toda a família essencialmente aos pais pela perda da sua
filhinha querida. A vida é um caminho que nós todos temos de percorrer. Força
minha querida a amiga tu és uma pessoa muito forte que Deus te ajude. Um forte
abraço”. – Está a dirigir-se à Sãozita do Virgílio Alberto, que foi quem
primeiro anunciou na net o infausto acontecimento. A Sãozita é catequista na paróquia
de Santo Aleixo da Bajouca com o pai da Filipa, o Nelson Ferreira, daí também
as boas e más notícias que acontecem de vez em quando virem à baila. Como foi
agora o caso.
Outro que vem do
CNE-Agrupamento 1226 Bajouca e reza: “Há momentos na vida que a única coisa que
nos alenta é a Fé. Querida Filipa, 13 anos de escutismo, horas incontáveis a
dares de ti aos outros. Vamos guardar para sempre a tua alegria, o teu sorriso
e o amor que metias no que fazias. Vais fazer-nos sempre falta, mas
levar-te-emos sempre no coração. O nosso Agrupamento está profundamente triste
e sem palavras”. Também a Sociedade Artística e Musical da Bajouca adiantou:
“Hoje a notícia não é feliz. Perdemos uma grande música, a Filipa Soares.
Juntou-se a nós com 12 anos, cresceu connosco, mas acima de tudo nunca perdeu o
seu sorriso. Vamos sentir muito a sua falta. Paz à sua alma”.
Não foi por acaso que a
Bajouca ficou de luto e para receber as últimas homenagens dos conterrâneos e
amigos teve de se recorrer ao salão Paroquial, onde a urna esteve exposta desde
que chegou até à hora da missa de corpo presente. Sobrinha do Padre Soares do
Verbo Divino, a paroquiar em Almodôvar (Beja), a Filipa Ferreira Soares teve a
despedir-se dela uma multidão imensa de amigos, que nem na igreja couberam
todos. Se lá no assento Etéreo onde já te encontras foi possível Deus te deixar
dar uma espreitadela para a Bajouca, nesta tarde do dia 13 de Maio, por certo
que ficarias contente por ver que eras amada de verdade por todos com quem neste
mundo terrestre te cruzaste.
Na celebração tivestes
11 sacerdotes a concelebrar e nem os teus colegas da Escola Superior de
Educação de Lisboa deixaram que baixasses à terra sem se despedirem de ti e
vieram em autocarro fazê-lo. Não há memória de nenhum funeral na capital do
barro leiriense, como este. Da minha parte os meus mais sentidos pêsames a toda
a família mormente aos pais Nelson Ferreira e à Inês Soares. À Filipa
que descanse em Deus.
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