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| BARROSO da FONTE |

Filomena Martins, que não
conheço mas que não teve papas na língua, respondeu-lhe à letra nas redes
sociais, chamando a atenção para o «relatório da péssima qualidade da
governação». Aí lhe devolveu o espirro ao dizer-lhe que «o problema do
relatório sobre o drama de Pedrógão «não é da péssima qualidade da nossa
informação, mas sim da péssima qualidade da sua governação».
Depois das sucessivas trapalhadas dramático-grotescas, de
Pedrógão e de Tancos, sabendo-se que o principal político estava e se manteve
de férias, até às primeiras vítimas; conhecendo-se a gabarolice do ministro do
ambiente que uma semana antes dos incêndios já cantava vitória por falta deles;
depois das piruetas do desaparecimento das armas, granadas e outros materiais
de guerra, do depósito de Tancos, das exonerações dos comandos e da sua
readmissão, semanas depois que moral têm António Costa e seus pares para
descarregar as culpas de tantos e tão
ofensivos falhanços naqueles que formam e informam, com base em factos
indesmentíveis?
António Costa não pode
acusar os jornalistas, nem os órgãos onde eles trabalham. São eles e é o
Presidente da República que nos dois anos que o seu governa leva de mandato
que, através de comentadores residentes em todos as rádios nacionais,
televisões e imprensa escrita lhe cultivam a imagem de bonzinho, ao contrário
do que acontecia no governo anterior, onde as esquerdas, os sindicatos e os
fiéis devotos socratinos, se revezavam nas greves, nas arruadas, nos tumultos
por cada medida que esse governo legítimo e legitimado pelas eleições
seguintes, tomava para devolver aos portugueses a credibilidade que andava
pelas ruas da amargura?
Não acuse os jornalistas
pelos seus fracassos sistemáticos e pelo incumprimento de promessas feitas,
antes, durante e depois da sua chegada ao poder. Foi finório quanto baste para
converter as esquerdas ao seu redil. E, mais que finório, foi bafejado por
qualquer força extra-terrestre por ter sido aluno do atual PR, que o abrigou da
chuva, desde a primeira hora que não só em Paris. Veja se tem astúcia, como
teve em 2014, para manter silenciada a esquerda, os sindicatos, e os socratinos
que estiveram com António José Seguro, quando
foi desleal para com esse seu camarada. Veja se não é «péssima a informação» que o move a
enterrar mais uns milhões no Montepio.


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