terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Os cristãos árabes


Entre os cerca de 300 milhões de Árabes, 5% serão cristãos. Ou seja, cerca de 15 milhões. Na verdade, hoje são muito poucos, em consequência do que tem acontecido nos Crescente Fértil e no Médio Oriente.
Os Cristãos Iraquianos, há cerca de 30/40 anos eram cerca de dois milhões, hoje não ultrapassarão o meio milhão. Se com Saddam Hussein eram protegidos pelo seu ministro cristão Tarek Aziz, após a sua morte, a vaga de atentados contra as igrejas cristãs foi enorme. O arcebispo caldeu foi assassinado em Mossul no ano de 2008, mais de meia centena de crentes foram assassinados em Bagdad, na Igreja de Nossa Senhora do Socorro (Sayiada an Nayá em árabe), em 2010. A própria Al-Qaeda proclamou ser legítimo matar cristãos.
Por essa razão os Cristãos Sírios não mostraram grande entusiasmo pela rebelião contra Bachar al-Assad, pois muitos foram perseguidos e assassinados. E por essa razão monsenhor Yohana Ibrahim, o metropolita siríaco de Alepo, figura de uma das 12 igrejas do país, algumas ligadas a Roma, como a sua, alertou que "As revoluções nunca nos trazem vantagens".
O profeta Maomé conviveu com cristãos e judeus. O islão sempre tolerou os povos do livro. Jesus (Isa), aparece no Alcorão como um dos principais profetas. O Islão, como civilização, ficará mais pobre com o desaparecimento dos cristãos, que nessa região do globo continuam a manter rituais muito próximos do Cristianismo Primitivo. E juntam-se como antes se juntavam na ágape.

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