sábado, 4 de novembro de 2017

O mérito luso

 Deputado do CDS, Michael Seufert

A semana passada Daniel Bessa, antigo ministro socialista, deu uma entrevista excelente ao jornal Público. A dado passo, quando a jornalista refere o descongelamento das carreiras da função pública, o entrevistado diz, com alguma razão, que a partir de agora (com o descongelamento das carreiras, que até entende, justificando-o), deixa de haver mérito na progressão. E que qualquer funcionário público que a partir de agora não progrida vai “arranjar o diabo”!
Contam-se pelos dedos os indígenas lusos que têm subido por mérito. Normalmente, nos processos de avaliação, arranjam-se esquemas para que sejam sempre os mesmos a progredir, logo a prosperar. E se não se arranjam esquemas, arranjam-se “leis”. A dada altura no consulado de José Sócrates congelaram-se as carreiras dos docentes. Um ano antes das eleições que o levou a ganhar um segundo mandato, descongelou-as para que um grupo de amigos e amigas pudessem progredir, prosperando. Os do costume ficaram, como sempre, a marcar passo!
Uma noticia desta semana diz que inspectores de educação iriam ser obrigados a apresentar registo criminal. Porque razão só agora? Se os professores há muito que eram obrigados a isso? Esquemas destes, defendem sempre os mesmos, os do costume.
Ainda esta semana se veio a conhecer o caso do deputado do CDS, Michael Seufert, da Comissão de Educação, Ciência e Cultura. Pelos vistos a criatura possui o 12º e quer testar os professores.
Alguém neste país pode prosperar por mérito com gente desta a testar os professores, ou com esquemas terceiro-mundistas?

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