Deputado do CDS, Michael Seufert |
A semana passada Daniel
Bessa, antigo ministro socialista, deu uma entrevista excelente ao jornal
Público. A dado passo, quando a jornalista refere o
descongelamento das carreiras da função pública, o entrevistado diz, com alguma
razão, que a partir de agora (com o descongelamento das carreiras, que até
entende, justificando-o), deixa de haver mérito na progressão. E que qualquer
funcionário público que a partir de agora não progrida vai “arranjar o diabo”!
Contam-se pelos dedos os
indígenas lusos que têm subido por mérito. Normalmente, nos processos de
avaliação, arranjam-se esquemas para que sejam sempre os mesmos a progredir,
logo a prosperar. E se não se arranjam esquemas, arranjam-se “leis”. A dada
altura no consulado de José Sócrates congelaram-se as carreiras dos docentes.
Um ano antes das eleições que o levou a ganhar um segundo mandato,
descongelou-as para que um grupo de amigos e amigas pudessem progredir,
prosperando. Os do costume ficaram, como sempre, a marcar passo!
Uma
noticia desta semana diz que inspectores de educação iriam ser obrigados a
apresentar registo criminal. Porque razão só agora?
Se os professores há muito que eram obrigados a isso? Esquemas destes, defendem
sempre os mesmos, os do costume.
Em
2015, num estudo promovido pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos, concluiu-se que o mérito não
tem grande relevância na evolução profissional dos portugueses. Nesse
estudo, são indicados como preponderantes para o sucesso, factores como as
ligações pessoais, a partidos políticos, a organizações católicas e a
associações secretas.
Ainda esta semana se veio
a conhecer o caso do deputado do CDS, Michael Seufert, da Comissão de Educação,
Ciência e Cultura. Pelos
vistos a criatura possui o 12º e quer testar os professores.
Alguém neste país pode
prosperar por mérito com gente desta a testar os professores, ou com esquemas
terceiro-mundistas?
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