sábado, 4 de novembro de 2017

Não sabe o que quer, mas sabe o que não quer


Por: Costa Pereira  Portugal, minha terra

Sempre resultou em alguma coisa a voz do Sr. Presidente da Republica se ter alterado, e do coração das Beiras dar um safanão no seu pupilo que tanto tem protegido, e até tomando a dianteira ao aparecer nos locais onde a falta dele foi notória. Como por exemplo nos fogos de Pedrógão Grande e concelhos limítrofes, onde além dos prejuízos materiais perderam a vida mais de seis dezenas de seres humanos, e depois em Outubro, onde o governo que temos acabou por se afundar pelo desinteresse em proteger o que é mata nacional, ou propriedade privada. Neste último foram contabilizados mais de quatro dezenas de vidas perdidas que são razão suficiente para dizer “não” a um governo que tem por PM um aluno muito fraco em relação ao Professor Marcelo Rebelo de Sousa que foi seu mestre. Mas por incrível que pareça bastou o Sr. Presidente erguer mais alto a voz, quando de visita a um dos cenários da tragédia dos incêndios que foi Oliveira do Hospital, para logo o jornal oficial do PS vir acusar o Presidente de “populismo” e de estar a seguir uma “caminhada preocupante e perigosa”. Logo previ que isso iria acontecer e em partilha que fiz, comentei: “Ai, aí que isto está a aquecer…”. E em força, aconteceu dado que a treta estendeu-se para além do discurso presidencial. Ainda as próximas eleições estão afastadas e já a campanha do PS começa com este remate: “António Costa no lugar de primeiro-ministro. Ninguém o vai trocar por Rui Rio e, muito menos, por Santana Lopes! “. Esta gente tem certezas ou é bruxa. Ainda que o PCP, a minar a sua sepultura, e o BE a tentar convencer os sonhadores se deixem enrolar por acomodação ou conveniência, estou mais que convencido que as próximas legislativas não vão ter nada a ver com as autárquicas. O povo não sabe o que quer, mas sabe o que não quer.

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