Fernando Rosas anda para
aí a fazer uma série de programas sobre a África Portuguesa. Num desses
episódios, o que sintetiza a história da Diamang,
afirma (quase categoricamente) que em Angola houve Apartheid! É uma paranoia dessa
malta que pertence a essas minúsculas “seitas” vermelhuscas. Como o dr. Cunhal,
diria: Olhe que não dr., olhe que não. Nem em Angola nem em nenhuma província
da então África Portuguesa.
O
Doutor Barroso da Fonte comentou os nossos comentários. Que agora publicamos
como artigo de página central, porque vem mesmo a propósito. E como Barroso da Fonte,
um dos maiores autores vivos transmontanos, alicerçou o seu comentário naquilo
que mais de perto conheceu, seguem algumas fotos para se contrapor a asquerosa
teoria do dr. Rosas.
Aplaudo com pés e mãos
os comentários do Doutor Armando Palavras. Este esteve lá, porque lá nasceu e
se criou. Por causa do Fernando Rosas que não foi lá para conhecer primeiro a
realidade e falar depois. Rosas perdeu dois zero: a) Armando Palavras fez-se
homem à sua custa. É a experiência dessa aprendizagem testemunhada pelas fotos
com que ilustra a discordância contra Rosas. E tem obrigação de saber que cada
uma dessas fotos vale mais do que mil palavras. b) Fernando Rosas fez idêntico
percurso, (académico) cá no «puto» numa universidade pública, à custa dos meus
impostos, enquanto eu que também lá fui, tive de fazer depois, à minha custa, o
que ele fez à custa de nós todos. Teve tempo e sossego para fazer o que bem
quis. Se conhecesse a realidade não engolia, agora, este entulho que a Celeste
Pitta-groz, o Armando Palavras, eu e milhares que comigo lá foram para lhe
dizer que a sua «teoria sem prática é um carro sem eixo». Era bom que dissesse
quanto foi ganhar por esse passeio turístico a Angola, porque não penetrou em
Nambuangongo, Mata Sanga ou Pedra Verde, limitando-se a ser filmado junto de
uma sanzala dos arredores do hotel, onde pernoitou. Se contasse o que viu não
teria mentido com todos os dentes, talvez postiços. Acaso viu ou fotografou as
provas do Apartheid Angolano? Era isso o que deveria mostrar se a revolucionarite não falasse mais alto do
que a realidade. Vá passear macacos... B da Fonte
Em 1955, o insuspeito Amílcar Cabral, quando chegou a Angola escreveu assim à sua esposa Lena : "Só para pensares, fica sabendo que aqui(Luanda), os choferes de taxi, os criados de hotel, restaurantes e cafés, etc. a raia miúda da sociedade é constituída por europeus." in Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena - Editora Rosa Porcelana - 2016
ResponderEliminarTem toda a razão,vivi 40 anos em Moçambique, conheço o pais de cima abaixo como a palma das minhas mãos e desde a escola primária nunca deixei de ter colegas de todas as raças e sempre nos demos muito bem, tanto que ainda hoje conservo amizade com muitos deles!
ResponderEliminarFui Soldado na Guiné numa companhia Africana,nunca fui maltratado ou vi Aficanos(pretos brancos ou mestiços )o serem .Agora aqui no nossos Portugal sou descreminado e não só eu como muita gente désta terra querida ,sabe sr;Rosas tenha Vergonha so diz Mentiras ,também foi um Preveligiado do antigamente se calhar tirou o curso á custa dos meus inposto e dos meus Pais ,Gora continua a SER UM CHICO ESPERTO .VÁ para um sitio que eu não digo porque tenho educação ,mesmo tendo so a quarta classe .Um Abraço PRÁ MAUTA .
ResponderEliminarFoi para Angola como Melitar,compri a minha comissão como tantos outros,nada levei e nada trousse,deixei tudo aos Africanos,hora não posso deixar de dizer, que entre afrcanos de côr e africanos brancos,havia descrinação,por exemplo na Policia e em postos publicos,depois o pobre africano de côr,vivia em bairros bairros de palhotas ou quimbos,o branco,esse vivia em boas casas,servidos pelos pobres africanos de côr,não me digam que não hvia descrminão,por essas e por outras os afrcanos se revoltaram e com razão,hoje se vivem màl,ou bem, estão como sempre estiveram,na terra deles e o resto é trêta,
ResponderEliminarMeu caro Joaquim Rodrigues, me explique a mim que nasci lá e vivi até aos 14 anos e frequentei escolas publicas e tive AMIGOS Africanos de cor na mesma sala de aula se isso é descriminação? Eu estudei em Luanda na Escola 15, na Liga Nacional Africana, na escola preparatória João Crisóstomo e na Escola Industrial de Luanda.
EliminarSe entende-se de cultura percebia o porquê das coisas mas como não percebe faz juizo errado de valores
Joaquim Rodrigues, a sua passagem por Angola deveu-se a uma circunstância ocasional - serviço militar - que provavelmente o terá contrariado, o que até se compreende. Não me parece, contudo, que o pouco tempo que lá esteve (provavelmente circunscrito a uma aquartelamento numa qualquer lugarejo dos muitos que havia naquela imensa Angola e sem contacto, a não ser ocasionalmente, com a "civilização")não lhe dá qualquer sapiência, conhecimento ou direito a formular tão ignora opinião. Se conhecesse ou se tivesse o mínimo interesse em conhecer a cultura angola (ou até mesmo a africana) não viria para aqui bolsar a sua tremenda ignorância. Não são os seus (quando muito) 24 meses de comissão que lhe terão permitido conhecer as gentes (africanos e portugueses) que conviviam naquele imenso território. Porque não se limita à sua (tremenda) ignorância e se coíbe de opinar sobre questões que não domina?
Eliminaro resto é treta? Com uma conclusão dessas nem sei se devia responder...mas ok
EliminarEstão na terra deles? Como assim? As fronteiras de Angola foram feitas por e para Portugal. A única ideia de nação, e de identidade nacional que existe ali foi incutida por Portugal. No tempo que esteve em África não viu patrões mulatos ou mesmo negros com empregados brancos? Se quiser eu dou-lhe exemplos...Hoje a elite angolana não tem criados negros?? Hoje os portugueses não têm empregados domésticos em Portugal? A sua opinião é preconceituosa. E muito me espanta que alguém que esteve na guerra não consiga perceber que a mesma foi fomentada pelo comunismo internacional e que a maioria dos africanos negros estavam com Portugal. O que não significa que não houvesse mt trabalho a fazer e mt injustiça que precisava de continuar a ser combatida.
Amigo BARROSO da FONTE o que dizes é uma verdade. Pois eu e tu e oiutros tais como Pimenta (2), Chaves, Maçussa, Passos, Machado (Madeirense) Freitas (Madeirense), Cardina etc etc, até fizemos o COM em 1964 em Mafra, no mesmo pelotão, comandado naquela altura pelo então Tenente Santos Clara . Quanto a mim, até estive em Nambuangongo até ser Ferido em Combate
ResponderEliminarJorge,acabei de ler os 20 comentários que «tempo caminhado» suscitou. E de imediato te respondo, porque me dizes, termos feito o mesmo COM em Janeiro/Junho de 1964. Foi um curso experimental de 6 meses. Citas nomes que me são familiares, a começar pelo Tenente Santos Clara que foi o n/Comandante de Pelotão. Creio que chegou a General. Tenho vaga ideia do Pimenta, Passos, Machado e Cardina. Fala-me mais de ti para falarmos depois, em linguagem mais familiar. Com o Chaves continuo em ligação (ele em Lisboa),eu em Guimarães.A Tropa(apesar de tudo) foi a UNIVERSIDADE da vida.Quero dar-te um abraço daqueles que teremos dado à despedida de Mafra.meu endereço: rgv@mail.pt 253 412319.Valeu a pena esta troca de comentários para reencontrar um «quase» irmão.Com ansiedade,53 anos depois, o B. da Fonte
EliminarSenhor Joaquim Rodrigues há verdades nas suas palavras; não nego. Mas dizer que foi por isso que os africanos se revoltaram, deixa um pouco a desejar. Felizmente em Portugal não é assim; verdade senhor Joaquim Rodrigues? Na sua "Metrópole" não há pré conceitos. Nã; de maneira nenhuma. Sou ANGOLANO com muita honra; filho de pais portugueses que nunca se deram ao desplante de maltratar ou explorar fosse quem fosse. Eu escrevi fosse quem fosse. Nasci na Donga, fazenda Nova Aurora, Bailundo, onde o meu pai foi explorado por portugueses; mudámo-nos para a Chipipa, a 22 km de Nova Lisboa, para um a fazenda de um tal Palminhas onde continuámos a ser explorados; fomos para Nova Lisboa onde comprámos um terreno por vinte e cinco escudos no bairro do Cavongue onde cresci, trabalhei, servi a defesa civil, o exército e quando não dava mais, abandonámos tudo o fomos para a sua Metrópolole onde eu, por ser natural de Angola, fui tratado co o BRANCO DE SEGUNDA; onde por não ter documentos do liceu onde estudei (Liceu Nacional General Norton de Matos), fui considerado analfabeto; nem por ter mostrado a carta de condução para a qual era preciso o segundo ano; onde a minha certidão de casamento não teve validade (casamento na metrópole não é para sempre?); onde no registo civil fui considerado indigente por não ter nenhum documento. Realmente, na sua metrópole, as coisas são bem melhores até agora em novembro de 2017. Por outro lado foi-me dito que andei em África a roubar negros e agora ía para a metrópole roubar brancos. Ao que eu simplesmente respondi que nunca tinha roubado ninguém; mas que na metrópole eram todos brancos e, aí sim, roubavam-se uns aos outros. Palhotas? Eu nasci numa casa de pau a pique e coberta de capim; a segurar a porta tinha uma pedra que se o leão ou a hiena forçasse estávamos todos cozinhados. Provas? Família Almeida Gomes, algum dos Aurora, família Mota Veiga, população de Nova Lisboa, Franklim Ferrão, familiares do comandante Carquejo. Já agora... O que foi que deixou aos africanos se só foi lá cumprir a missão? Valha-o Deus senhor Joaquim Rodrigues... Fique com Deus.
ResponderEliminarSr. Fernando Rosas, estive na Guiné de Março de 72 a Junho de 74. De Janeiro de 73 aa Junho de 74 - 18 meses - fiz parte de uma Companhia Africana, a CCAÇ 18 em Aldeia Formosa. O meu grupo de combate tinha 30 homens negros. Passei muitas noites no mato e além de mim só o homem das transmissões eraa branco. Não havia alferes e eu, furriel miliciano, é que comandava o grupo. Fazia parte do grupo outro furriel miliciano, o Guineense Cuíno. Eu comandava por ser o graduado mais antigo.
ResponderEliminarRacismo? Nunca. Apartheid?
Este Sr. ROSAS não passa dum pretenso intelectual esquerdoide oportunista,que com uma visita de 3 ou 4 dias a Angola à custa do erário público,se julga dono da verdade.Ouça quem lá nasceu,viveu e trabalhou e ficará a conhecer a realidade,em vez de alinhar em teorias actualmente em "moda".Atrevo-me a dizer-lhe que se pratica muito racismo no actual Portugal do que se praticava em Angola,por ser aquela que melhor conheço.
EliminarEu que nunca saí da metrópole, num regime ditatorial como nas Colónias, na minha terra, ainda hoje toda a gente diz que a PID-DGS nunca fez mal a ninguém, mas lá, numa aldeia a 12 Km de Lamego onde todos trabalhavam de sol a sol na agricultura, avós, pais, filhos e netos.
EliminarE agora eu pergunto: Havia ou não havia, repressão? Havia ou não havia, exclusão? Matavam ou não matavam pessoas trabalhadoras e inocentes? Se nas Colónias era tudo tão pacifico, porque era obrigatório aceitar morrer para defender as costas a quem andava lá a roubar "honestamente"?
por que não experimentam ler, de Isabela Figueiredo, CADERNO DE MEMÓRIAS COLONIAIS e um outro livro da mesma cor, amarela, ambos da Caminho, e que se intitula A GORDA... está lá tudo, preto no branco... ela nasceu lá e lá viveu a meninice e a infancia, leiam o seu testemunho desinteressado, leiam
ResponderEliminarporque Fernando Rosas pode estar errado mas Barroso da Fonte é mais cego ainda...
nao e facil falar destes temas,sem cometer algumas imprecisoes,ate porque aquilo que poderia passar-se no norte de Angola,poderia ser bem diferente mais a sul como no lobito,benguela,ou huambo (nova lisboa)falar de apartheid tal como ele existia na Africa do Sul,e no minimo falar de um assunto com uma determinada maldade,especialmente com pessoas que estao conotadas com tendencias de direita,ou de esquerda.ate para pessoas como eu que nao tenho cor politica,falar deste assunto sem uma certa paixao,nao e facil. nao existia racismo ofecial,(ate porque mais tarde foi proibido assumir-se como tal!)no entanto,assim como agora,(quem ainda nao assistiu a uma sena de racismo em Portugal depois do 25 de abril?)no entanto,haviam pessoas que tinham um comportamento proximo do racismo,mais no norte,e menos no sul,onde por exemplo eu namorei com uma bonita negra,e nao vi que fosse despresado por nenhum branco.agora:haviam sim,situacaoes individuais,tal como existem hoje em Portugal de brancos que nao querem morar juntos a pessoas de cor,ou de situacoes em parques infantis,passadas nas zonas de lisboa e outros locais,com frases de vai pra tua terra preto.Ai,sim.o tal senhor rosa e a tal isabela poderiam prestar um bom servico decomentando aquilo que ainda se passa no Pais apos tantos anos da dita democracia,que para mim, esta muito longe de ser!
EliminarNormalmente, os profs. são tidos como mais sérios que os outros.
EliminarNão é por acaso que o Cavaco Silva, quando apareceu, foi sempre chamado de prof., o Passos Coelho, quando apareceu, também lhe tentaram colar o mesmo rotulo de prof. mas não colou. Ele próprio numa entrevista que eu segui em directo, em resposta à pergunta, o que vai fazer se não chegar a líder do governo ou do partido, "já não sei", disse que ia voltar a dar aulas.
A verdade é que ele nessa altura tinha acabado, ou estava para acabar com o seu curso que não lhe deu para nada e ainda hoje não sabe fazer nada com base no curso que supostamente tirou, muito menos dar aulas, ou mesmo ser assistente de professor, nem isso ele poderia ter sido, porque na altura eu falei com pessoas do PSD que alguns, são mesmo professores, e disseram isso mesmo!
EliminarOlhe que não, olhe que não meu caro Humberto Baião. Apesar de usar óculos, Barroso da Fonte vê muito bem. E esteve em Angola como oficial dos comandos. Tem, por essa razão, um conhecimento razoável do território e das gentes. Conheço bem os “Caderno de Memórias Coloniais” (2009) de Isabela Figueiredo, onde denuncia situações de descriminação que observou, entre os oito e os doze anos, por parte de seu pai, mas em Moçambique. Mas é um caso que pode ser contraposto por milhares, idênticos aos que são descritos, por exemplo, numa obra universal como “África Minha” de Karen Blixen.
Os meus cumprimentos (Tiro tb a boina,para não dizer chapéu), que usei 24meses como Alf. num Batalhão de Caçadores, em aplauso, ás palavras de Barroso da Fonte e Armando Palavras...
EliminarSem ser muito esperto nem grande pesquisador , como vulgus mortal fui a este local ver o que reza sobre este palavrão : citando ,origem: Wikipédia, a enciclopédia livre: O apartheid [apartáid] (pronúncia em africâner: [ɐˈpɐrtɦəit], significando "separação") foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.
ResponderEliminarRepetindo : África do Sul , África do Sul ...tome atenção que é um Pais que faz fronteira com Angola, não faz parte do território...convém tomar bem atenção ás fronteiras territoriais dos Países e já agora ...ao significado dos adjetivos ...este termo que não gosto de pronunciar (e nasci em Angola, filho de Portuguesa já nascida em Benguela falecida com 90 anos ...) não pertence ao nosso vocabulário ,( pronúncia em africâner: [ɐˈpɐrtɦəit] ) é um estrangeirismo com aplicação naquele Pais e não extrapolado para mais nenhum outro local no " MUNDO" ... China tem ? USA tem ? Brasil tem ? "pobre Portugal que tais filhos tem ... " Se fosse seu professor tinha de aprender de castigo o canto I dos Lusíadas todinho de cor ...
Se porventura era sua intenção provocar esta polémica por qualquer motivo que não vislumbro , como politico hábil que pretende ser ...conseguiu , está de PARABÉNS ...leve a taça ...
BEM, EU ESTIVE NA GUINÉ, E NUNCA EU POR LÁ VI RACISMO. P'LO CONTRARIO, EU PROPRIO DIVIDI AS MINHAS REFEIÇÕES COM O FILHO DA MINHA LAVADEIRA. ESTES INTELECTUAIS DE TRAZER POR CASA, SÓ ESTUDARAM PARA FALAR BONITO, DA REALIDADE , NADA SABEM...
ResponderEliminarA melhor prova da harmonia e confiança que existiu entre africanos e europeus (falo do que conheci em Luanda durante 10 anos) foi o facto de tantos milhares de africanos terem seguido os europeus aquando o forçado êxodo de 1975!
ResponderEliminarNasci em Nampula Moçamnbique em 68 , vim para Portugal em 75 onde me foi retirada ( a min e a muitas crianças na mesma situação) a nacionalidade Moçambicana para poder ir á escola e ter cuidados de saude pois a ãgua do poço que bebia me causava lombrigas . Fui alvo de racismo por parte das crianças brancas que nao me deixavam jogar á bola e mandavam ir esplorar os pretos para a minha terra ,sem sequerer sonharem que os pretos eram os meus melhores amigos . Eramos apontados como retornados pois as unicas roupas que usavam eram do IARN nos denunciavam .
ResponderEliminarTrinta e quatro anos depois regresso a Moçamnbique e faço uma viagem de 10.000 km de Jeep para voltar a ver a minha terra amáda onde conheço um juiz negro que me diz . " VOÇES PORTUGUESES FIZERAM A MELHOR CONOLIZAÇAO E A PIOR DESCONOLIZAÇAO " .
Entretanto, 43 anos depois vejo o Dr. Fernando Rozas na RTP" ainda a destilar Odio contra os " retornados".
Maldito sejas intectualoide de suspensorios Armani e a tua esquerda caviar !
Rui Soares
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